Capítulo 18
Demi
Selena e eu estávamos
sentadas na minha sala com dois copos de vinho sobre a mesa de café e uma
garrafa de Merlot entre nós. Tinha sido um longa semana. Acordava pela manhã com
pensamentos de Joe e Madison girando na minha cabeça e ia para a cama, a cada
noite, com lágrimas nos meus olhos. Eu sentia uma falta feroz deles,
embora eu nunca admitiria a Joe. O que ele fez foi imperdoável. Ele
tinha me enganado, fingindo ser um cara incrível, conheceu meus pais por amor de deus, mas
o pior de tudo, ele conquistou meu coração. Era exatamente o que Selena tinha me avisado.
Graças a Deus ela não me disse, “eu avisei”. Ela apenas ouviu quando eu
precisei desabafar, e manteve o silêncio quando eu não queria
falar, e ela tinha vindo todas as noites durante a semana passada para me
distrair.
Depois de alguns copos de vinho, Selena
tinha começado a tentar me cravar de perguntas de como era Joe na cama.
Eu não estava afim de falar
nada.
Ela tomou outro gole de vinho, e com
uma mão em seu
quadril, falou: — O inferno, eu poderia estar grávida de sete meses com o
bebê de outro homem e ainda iria quer um pedaço dele.
— Você não está me
ajudando. — Eu fiz uma careta para ela.
Ela levantou as mãos. —
Desculpe, mas essa é a verdade. Ouça, querida, você teve o seu divertimento.
Agora, apenas considere isso como ‘conseguir alguma experiência’ e siga em
frente.
O que ela não
compreendia, é que não era tão fácil. Não era apenas o Joe que havia roubado meu coração, era a
doce Mad também. Eles eram um pacote completo na minha mente.
Ouvi uma batida na porta, e depois a
chave girando. Tinha que ser Sterling entrando.
MacKenzie animou-se com o som.— É melhor
ter trazido pizza! — Ela falou.
Nós duas rimos. Ligámos para
ele 30 minutos atrás implorando-lhe para nos trazer uma pizza. Queijo extra
e pepperoni extra.
Sterling entrou na sala de estar
equilibrando um caixa de pizza na mão.
— Minhas senhoras. — Ele a colocou
sobre a mesa de café entre nós.
— Ster, você é o melhor. — Eu disse
alcançando em sua direção para um abraço de um braço só.
— Não tem problema. Vou pegar
alguns pratos e guardanapos.
Ele se dirigiu para a cozinha
enquanto Selena e eu abrimos a tampa e inalamos o aroma surpreendente que
emanava a partir da caixa. Fiquei contente de ver que não havia
qualquer constrangimento persistente entre Ster e eu. Eu sabia que ele ainda
estava chateado sobre a minha pequena aventura com Joe, mas por agora, ele
estava sendo civilizado sobre isso.
— Arranje um copo. — Eu falei para Ster.
— E traga mais uma garrafa de vinho!
— Selena acrescentou.
Sem esperar os pratos, Selena e eu
pegamos uma fatia.
Depois de terminarmos a grande pizza
e três garrafas de vinho, decidimos terminar a noite. Eu andei até a porta e
peguei a minha carteira para pagar a Ster pela pizza. Entreguei-lhe algum
dinheiro antes de abraçar a ambos em boa noite.
Quando coloquei minha carteira na
bolsa, minha mão esbarrou em algo duro. Que…?
Eu puxei a lata preta da minha bolsa
e a segurei para inspecionar.
— The Guardian? — Eu li no rótulo. —
Que diabos é isso?
Parecia ser spray de pimenta. Como
isso veio...? Oh meu Deus. Joe. Ele enfiou algo em minha bolsa naquela noite,
dizendo que tinha um presente. Eu tinha esquecido tudo sobre isso.
Coloquei a lata sobre a mesa da
cozinha e andei para a sala. Por que ele me deu isso? Por que ele tenta agir
como se ele se importasse quando, obviamente, não o fazia?
Sem esperar que a lógica
voltasse, eu peguei meu celular e disquei o número dele. Tinha passado
uma semana desde o incidente, mas a minha recém descoberta coragem graças ao
vinho me deu o que precisava para ligar.
Apesar da hora tardia, ele respondeu
ao primeiro toque.
— Que diabos você pensa que está
fazendo?
Sua risada baixa tomou conta de mim,
fazendo-me tremer por dentro.
— Você está bêbada,
docinho?
Ah, então eu sou docinho de novo?
— Não! — ‘Sim.’
— Então você vai ter que
explicar a que diabos está se referindo. Não tenho nenhuma ideia, boneca.
Ele precisava parar com os apelidos
doces agora. ‘Agora, porra.’
— Este spray que você sorrateiramente
enfiou na minha bolsa.
— É apenas pimenta. Eu não queria
me preocupar com você sozinha e desamparada. Considere isso como um presente.
Dei uma respiração
profunda. — Bem, para sua informação, eu já tenho um. Meu pai me deu uma lata há alguns
anos atrás. Está em
algum lugar na minha cozinha. E eu não estou sozinha. Comecei a ver Peter de novo.
— Ou pelo menos eu iria, quando retornasse o seu telefonema.
Joe hesitou por um momento, o
silêncio construindo uma parede entre nós.
— Isso foi bem rápido.
Bom para você. Mas a sua pimenta não vai ser de grande ajuda se estiver presa
dentro de alguma gaveta e se já tiver alguns anos, ela provavelmente terá
expirado. Além disso, a que eu comprei, é a melhor do mercado. Mantenha-a em
sua bolsa, docinho.
Revirei os olhos e enfiei o spray de
volta na minha bolsa. Mencionar o nome de Peter não tinha tido a resposta
que eu esperava.
— Tenho que ir. — Eu fechei meu
celular, mas não antes de ouvir sua risada vibrar através do
alto-falante. ‘Bastardo.’
Enterrei meu rosto em minhas mãos,
lutando contra as lágrimas. Deus, depois de falar com Joe eu percebi que ia
ser muito mais difícil do que eu imaginava.
Na manhã seguinte, uma dor de
cabeça forte e a dor de ouvir sua voz eram meus únicos lembretes das
atividades da noite passada. Eu tinha sido estúpida em ligar, mas,
obviamente, não tinha mudado nada entre nós. Então,
novamente, o que eu esperava que acontecesse? Que ele pedisse para eu voltar? Não era
provável. Mas
agora que eu tinha aberto o contato, não conseguia manter a minha mente longe de Joe
não
importa o quanto eu tentasse. Uma longa corrida pelo meu bairro com música
explodindo alto o suficiente para sacudir todos os pensamentos de minha cabeça
seguida de um longo banho quente, e em seguida, alimentar-me com sushi do meu
restaurante favorito para o almoço.
Nada disso funcionou. Quando cheguei
a casa do meu almoço, eu estava mais embaixo do que antes. Talvez houvesse
sempre alguma estranha conexão a Joe, que eu sempre sentiria, porque ele foi o
primeiro cara de quem eu realmente gostei, e o cara a quem dei a minha
virgindade. Talvez eu apenas precisava me acostumar a viver com o sentimento
dolorido sempre presente em meu peito. Deus, que pensamento deprimente.
Peguei meu telefone e,
relutantemente, liguei para Peter para marcar um outro encontro para deixar a
minha mente longe de Joe, e depois caí para trás no meu sofá.
Sentada com meu laptop, eu tive uma
ideia. Uma ideia muito, muito ruim.
Cliquei em um link intitulado
Sebastian e Britney. Enquanto eu esperava o vídeo carregar, borboletas
voaram dentro do meu estômago.
A menina era bonita. Ela tinha uma
aparência doce e normal. Eu assisti o mais recente vídeo de Joe,
o que ele provavelmente tinha feito depois de acordar na cama comigo, com lágrimas
escorrendo pelo meu rosto. O que ele fez não foi algo tão simples como fazer
asneira. Foi um erro imperdoável, que estava na internet para todos verem. E não havia
nenhuma dúvida de que era ele mesmo, especialmente por conta da
tatuagem única subindo no seu ombro.
Eu assisti com horror quando ele a
colocou no centro da cama e começou a beijá-la. Quando moveu-se entre suas coxas para
prová-la, meu
estômago deu um nó e eu forcei meus olhos a fechar. Eu sabia que era uma má ideia
assistir ao vídeo, ver com meus próprios olhos, sabendo que provavelmente
acabaria comigo, mas de alguma forma eu não conseguia parar de ver. Avancei o video
para a parte em que estavam completamente ligados, precisando ver se eles
tinham feito amor como ele fez comigo.
O que eu vi fez meu queixo cair no chão. Seus
golpes eram duros e rápidos. Ele tinha segurado uma parte de si mesmo quando
tinha estado comigo, isso era claro. Eu não podia acreditar que uma vez assitir a um vídeo de Joee
tinha me deixado excitada, agora só me irritou. Quando houve um zoom dele dentro
dela quase me fez vomitar. Fechei meu laptop e saí correndo para o meu
quarto. Caí em minha cama e chorei, abraçando um travesseiro ao meu
peito, implorando para que a dor fosse embora. Mas tudo o que eu via quando
fechava meus olhos era a expressão de desejo de Joe enquanto a fodia.
— Oh, não inferno! Eu vou matar
uma cadela.
Selena avançou através do bar para
onde um grupo de meninas estava subindo para o banco que nós tínhamos
esperado mais de 20 minutos para conseguir.
— Está tudo bem, Sel. — Eu
agarrei seu cotovelo, puxando-a de volta para evitar a cena que ela estava
prestes a criar. — Nós vamos encontrar uma outra mesa. — ‘Ou podiamos apenas
ir para casa.’ Após a segunda semana da minha depressão,
Selena e Ster decidiram fazer uma intervenção. Tudo começou com algumas bebidas prévias
no meu apartamento, e havia se mudado para algum bar lotado.
— Não. Precisamos encontrar
uma mesa perto das mesas de sinuca.
Eu não tinha ideia do que
estava acontecendo com a sua insistência.
— Essas pessoas estão
saindo. — Eu apontei para o outro lado da sala.
— Ótimo! — Selena praticamente correu,
empurrando as pessoas para fora de seu caminho enquanto ela atravessava a sala.
Eita. Eu não sabia
o que ela tinha em mente, mas Sterling e eu obedientemente a seguimos. Subi no
banco e coloquei minha bolsa sobre a mesa.
Era bom dar aos meus pés uma pausa.
Por que eu decidi usar saltos esta noite estava além de mim, especialmente
quando tudo o que eu tinha vontade de fazer era estar deitada na minha cama de
pijamas. Depois de pedir mais uma rodada de bebidas, Sterling soltou um gemido.
— E agora o quê?
Eu me virei na direção que
ele estava olhando, mas suas mãos agarraram cada lado do meu rosto, me parando.
— Não, Dê. Não olhe.
‘Que infernos?’
Tirei as suas mãos do meu
rosto e virei na direção que ele e Selena estavam ambos olhando.
‘Oh.’
Joe estava aqui.
Uma mistura de emoções
correu através de mim ao vê-lo, tudo desde raiva, ressentimento e maldito
desejo. Meu corpo era um traidor.
Joe e um amigo estavam jogando
bilhar, se divertindo entre eles.
Eu odiava que a sua presença tivesse
o poder de parar a minha respiração e acelerar meu coração no meu
peito, como se meu corpo soubesse que estávamos compartilhando o mesmo oxigênio e
estivesse se rebelando contra a ideia.
Joe estava rindo, mas quando ele
olhou para cima e me viu, seu sorriso caiu.
Eu me perguntei se ele viria
conversar comigo, e depois me perguntei como eu me sentiria se ele não
viesse. Ele disse algo a seu amigo, cujo olhar se voltou ao meu.
Ele quebrou o menor sorriso, como se
compreendesse, e empurrou Joe em minha direção. Recusando-se a ceder, Joe ficou plantado
perto da mesa de sinuca, seus olhos olhando para qualquer lugar, menos para
mim.
Selena sorriu confiante, se endireitando
na cadeira.
— Agora gente, não vamos
enlouquecer. Então Joe está aqui. Ele frequenta o mesmo bar que nós. Isso
não é
grande coisa.
— Maldita! Você planejou isso! — A
total falta de surpresa de Selena ao ver Joe me deu a dica. Ela planejou isso.
Sterling olhou ansiosamente entre nós, sem
saber o que tinha perdido.
— Você não devia
ter interferido. Deus, quem lhe disse que eu queria vê-lo? — Eu enterrei meu
rosto em minhas mãos.
Selena se inclinou mais perto,
colocando a mão no meu braço.
— Claro que não. Ouça,
você precisa tomar uma decisão. Eu só disse a ele que estariamos aqui esta noite, e que se ele
quisesse vê-la, se ele ainda tivesse algum sentimento por você, ele deveria
aparecer por volta das nove horas na sala de bilhar.
— Você é uma idiota, Sel. Isso não
funciona desta forma. Eu preciso da minha distância... — Caramba, eu precisava
era nunca mais pensar nele de novo, não que isso estivesse funcionando.
Ster acariciou minhas costas. Eu
sabia que tudo isso era armação de Selena, então eu não poderia ficar brava com ele.
— Tudo bem. Ele está aqui.
Então eu
estou saindo. — Peguei minha bolsa.
— Não, Dê. Se você sai, ele
vai achar que você não consegue ficar perto dele.
— Mas eu não
consigo. Esse é o ponto.
Ela deu um aperto na minha mão. — Ele
não
precisa saber disso. Não deixe ele te afastar. Não o deixe vencer. Você é
mais forte do que isso.
Suspirei e coloquei minha bolsa de
volta. — Tudo bem. Então eu vou ficar bêbada.
— Com isso eu concordo.
Selena sorriu e sinalizou para a
garçonete trazer uma rodada de shots com nossas outras bebidas.
Após várias rodadas de bebidas e de assistir Joe do
meu canto do olho, eu notei que ele estava se aproximando de nossa mesa.
‘Oh merda. Aja normal, aja normal!’
Ster fixou a mão no meu
antebraço. — Não, Dê. Não de novo, não com ele. — Seus olhos me imploraram.
Joe chegou, oferecendo um aceno amigável para
Selena, estreitando os olhos para Sterling e voltando seu olhar para mim.
— Talvez devêssemos dar a vocês um
minuto para falarem. — chiou Selena, levantando-se da banqueta e disparando a Ster
um olhar de Vamos. — Eu vou fazer companhia a seu amigo sexy. — Ela olhou na
direção do
amigo musculoso de Joe, de cabelos escuros e parado sozinho na mesa de sinuca, bebendo
uma cerveja. — Qual é o seu nome?
— Ian. — Joe respondeu, seus olhos não
vacilando em mim. Uma vez que meus amigos tinham ido, me abandonado, Joe chegou
mais perto. — Como você tem passado? — Ele esfregou uma mão sobre
a parte traseira de seu pescoço.
Essa foi uma pergunta estúpida.
Mas eu não ia
admitir como tinha desmoronado com o nosso rompimento.
— Tudo bem. Você?
Seus olhos se estreitaram, procurando
os meus. Eu sabia que ele podia ver através de minhas respostas ocas, mas eu não me
importava. Eu não lhe daria a satisfação de deixá-lo saber o quanto sentia a sua falta.
— Já estive melhor. — Ele
admitiu.
Eu balancei a cabeça,
surpreendendo-me ao rir. A risada borbulhou da minha garganta e escapou, apesar
de minhas intenções de não o deixar me afetar.
— Você é um pedaço de trabalho, sabe
disso? Sexo significa algo para mim. Talvez não para você, mas... — Eu
acenei para ele ir. — Me deixe em paz. Não quero falar com você.
Ele pegou meu pulso e o segurou. —
Deixe-me explicar uma coisa, docinho. — Ele nunca pronunciou meu apelido com
tal veneno, e eu odiava admitir que doeu. Ele se inclinou mais perto do meu
rosto, apenas alguns centímetros de distância de mim. — O sexo por dinheiro não tem
emoção. É como
estar no trabalho. É duro, você está cansado, suado e você só quer
terminar, mas não pode. Você tem que continuar e fingir aquela porra toda
até que algum diretor lhe diga para gozar. No comando. Você tente fazer isso
com os técnicos de iluminação, com luzes brilhantes no seu rosto, e um cara de som
com barriga de cerveja segurando um microfone sobre você enquanto tem que
ostentar uma porra de uma ereção, não é diversão. Acredite em mim. É certo
como a merda que não me orgulhoso disso. Mas você sabe que eu faria qualquer
coisa pela minha menina.
— Madison? O que isso tem a ver com Madison?
Se você é ruim o suficiente para transformar isso em algum ato cavalheiresco
para proteger a sua irmã mais nova, você é mais demente do que eu pensava. — Ele
ainda apertava meu pulso, e eu me soltei dele. — Deixe-me ir. — Eu falei
rangendo os dentes. Deslizei do meu banquinho e fugi para o banheiro.
Capítulo 19
Joe
Porra, só de
vê-la a minha decisão já estava enfraquecendo. Eu estava a dois segundos de
arrastá-la para
fora ao estilo homem das cavernas para fazer ela me dizer o que estava na sua
mente quando ela terminou comigo.
A surpresa de Demi ao me ver revelou
que Selena tinha mentido.
Caramba. Eu não podia
acreditar que tinha caído nessa merda sobre Demi estar infeliz por minha causa.
Ela parecia bem, ela estava linda. Tanto que foi como um chute no estômago,
rasgando o ar para fora dos meus pulmões. Mas ouvir a amargura em suas palavras,
ver a raiva evidente em seus olhos era como uma dura advertência para eu ficar
longe dela. Pena que eu não podia.
Sua ausência deixou um buraco doendo
em mim e eu não estava com medo de admitir isso. Agora, se eu pudesse
pensar em uma maneira de convencê-la de que eu valia seu tempo. Mas fazê-la
confiar em mim novamente? O olhar mortal que ela atirou em mim no bar, me disse
que eu iria ter uma batalha difícil. Mas valia a pena.
Ela era tudo. Porra, eu soava como um
tolo apaixonado.
Quando a assisti correr para o
banheiro, minha mente brevemente registrou que os jeans eram baixos o
suficiente para expor uma parte tonificada de suas costas, e que o tecido
abraçava as curvas de seu traseiro. Inferno, homens inferiores já teriam
cedido a essa altura.
Eu corri atrás dela
para o banheiro. Lembrei a mim mesmo que tinha sido ela a fugir naquela manhã, eu
duvidava que qualquer coisa que eu tivesse dito teria feito diferença, mas esta
noite ela estava fugindo de novo e eu tinha que tentar.
Abri a porta do banheiro das senhoras
e o encontrei vazio. Mas eu podia ouvir soluços suaves vindo da porta final do
banheiro.
— Dê? — Bati de leve na porta. —
Podemos conversar? Falar sobre a manhã que você saiu?
Ela fungou. — Não há nada
para falar, Joe. O estrago está feito.
Meus ombros caíram.
Poderia essa coisa entre nós realmente estar tão danificada além de reparo? Deus, eu
esperava que não.
Um grupo de meninas entrou no
banheiro, rindo e conversando.
— Ei, você não pode
estar aqui, — disse uma delas. — Tem dois segundos para sair.
Eu bati na porta de Demi com mais
insistência.
— Vamos lá, me
deixe entrar.
Silêncio.
— Docinho? — Pedi, minha voz já
amolecendo.
A tranca virou. Eu não esperei
que ela abrisse completamente a porta.
Empurrei a porta para o lado, e de
repente estava cara-a-cara com ela na cabine minúscula. Os escuros círculos
sob seus olhos me disseram que ela poderia não estar se saindo tão bem
quanto queria que os outros pensassem. Tracei um único dedo sobre o vazio
sob seus olhos.
— Você tem certeza de que tem estado
bem?
Ela engoliu, enrijecendo sob o meu
toque.
— Eu não posso fazer isso de
novo, sinto muito.
— Eu também. — Levantei o seu queixo,
inclinando-o mais perto para dar um beijo suave na sua boca.
Ela soltou um gemido minúsculo e
um pulso de desejo disparou em minha espinha. Deus, por que eu tive que
estragar tudo? Ela era perfeita. Ela ainda não tinha me afastado portanto inclinei-me
novamente e encontrei sua boca, desta vez separando os seus lábios
para saboreá-la. Minha língua procurou a dela, mas eu não fiquei
satisfeito até que ela começou a corresponder meu beijo. Ela podia ter raiva de
mim, mas seu corpo ainda respondia com necessidade sensual sob meu toque.
Foda-se, eu já estava
de pau duro. Empurrei meus quadris nos dela, prendendo-a contra a parede
enquanto esfregava minha ereção contra sua barriga.
Ela levou as mãos ao
meu peito e me empurrou para trás.
— Eu não posso. — Sua voz era
fraca, mas seus olhos estavam determinados.
Eu queria pressioná-la, e
sabia que provavelmente conseguiria. Mas ela provavelmente me odiaria ainda
mais na manhã se eu fizesse isso.
— O que eu posso fazer? — Perguntei.
— Não há nada
que você possa fazer. — Ela me deu as costas e saiu da cabine, deixando-me de
pau duro e muito decepcionado com a visão dela se afastando de mim mais uma vez.
Por que a minha cama de repente ficou
tão fria e
vazia sem Demi estava além de mim. Eu normalmente não tinha
problemas para dormir, geralmente caía exausto na cama a cada noite e dormia
profundamente até de manhã. Agora eu ficava deitado na cama, vendo as pás do
ventilador no teto, e me perguntando se eu tinha feito a coisa certa ao deixá-la ir
embora. Eu não sabia se ela teria ouvido se eu tentasse impedi-la. E
inferno, me colocando no lugar dela, eu não ficaria bem também com ela fazendo filme
pornô.
Desde que Demi tinha ido embora, a
comida tinha perdido o seu sabor. Os dias se transformavam em semanas. E
parecia que eu já não conseguia fazer uma única coisa certa quando se tratava de Mad. Não tinha
ideia do que havia de tão difícil em fazer almôndegas, mas Mad fez questão de
ressaltar que eu estava fazendo tudo errado,’ que não era
assim que Demi fazia’, como em outras coisas também. Minha única
tentativa de deixar Demi saber que eu ainda pensava nela foi recebida com
silêncio. A ideia me ocorreu quando eu tinha passado por essa padaria que ela e
Mad gostavam. Eu tinha comprado um único cupcake branco coberto com uma espessa
camada de glacê rosa e tinha pedido para embrulhar para presente e ser entregue
a ela. O cartão tinha simplesmente uma frase.’ Eu sinto sua falta,
docinho.’
Minha casa parecia vazia e fria sem
ela. Mad percebeu isso também, eu sei que percebeu, mas ambos tentámos
seguir em frente, apesar do peso esmagador da perda de Demi. Eu alternava o meu
tempo entre o trabalho e o ginásio, precisando de uma fuga da minha própria
casa depois que Madison ia para a cama. As memórias de estar com Demi
depois de colocarmos Madison na cama eram demais. Eu mal conseguia olhar para o
meu maldito sofá sem me lembrar de todas as coisas ruins que eu tinha feito
a ela nele.
A atividade de esforçar os músculos
até ao limite dissipava meus pensamentos, mesmo que por pouco tempo. Assim que
eu estava sozinho no chuveiro calmo depois do meu treino, ela estava de volta lá comigo
na minha mente. O doce aroma dela, seus grandes olhos azuis, seu sorriso
maroto. Meu docinho.
Eu deixei a água
gelada bater nas minhas costas, e agarrei o sabonete. Lavei meu peito, meus
braços e meu estômago, antes de minhas mãos arrastarem para baixo. Com pensamentos de Demi
ocupando o meu cérebro meu pau saltou para a vida. ‘Não faça
isso cara’, eu avisei. Eu não queria me dar prazer pela memória dela
ficando de joelhos e sacudindo sua língua para me provar antes de sugar-me profundamente
na sua boca quente. A memória era demais. Mas eu não podia evitar.
Imaginei seu rosto doce, sua boca
cheia e o jeito como ela gemia quando eu dizia uma frase suja para ela. Minha mão com
sabão
encontrou meu eixo e começou a bombear. Duro e rápido, precisando de
liberação das
memórias
dela que me assombravam. Inclinei uma mão contra a parede do chuveiro, o spray de água batendo
contra minha espinha, e fechei os olhos.
— Dê. — sussurrei quando os quentes
jatos explodiram de mim e cairam no chão de azulejos.
Deeeeemi volta pro Joe!!!
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