domingo, 29 de junho de 2014

O Sussurrar de Uma Garota Apaixonada – Capitulo 15


Acordei rodeada pelos livros e com um sobre meu estômago. Fiquei um pouco na cama encarando as estrelas no teto e pensando que nunca mais queria ter de levantar da cama. Tudo estava tão confortável, que, apesar de querer retornar para Stanford, não queria me mexer. Fiquei até altas horas com os olhos vidrados nos livros, enquanto Joe ficou sentado no chão assistindo à televisão que eu havia ligado somente para ele. Fiquei surpresa por ouvir meus pais subindo as escadas tarde da noite, e eles foram até meu quarto e minha mãe perguntou o que eu poderia estar lendo àquela hora da noite.
— Deixe a menina ler em paz, amor — ordenou meu pai dando-me uma piscadela quando fechava a porta e me deixava sozinha com Joe.
Deus, como eu estava bem por pelo menos uma pessoa saber o que estava acontecendo comigo. Estava mais que grata por ter alguém como meu pai na vida. Acho que nunca o amei mais, a não ser talvez naquela vez em que ele me presenteou com a fantasia completa da Ariel.
— Descobri algo muito útil — disse para Joe que estava deitado no chão olhando para as estrelas, assim como eu.
— O quê? — resmungou ele.
— Sei por que eu consegui tocar você — fiz uma breve pausa. — E podemos fazer isso novamente.
Ouvi-o respirar fundo e se levantar. O que foi estranho porque ele não podia respirar. Joe sentou-se na ponta de minha cama e me olhou seriamente.
— Você não está brincando? — ele perguntou.
— Por que eu faria isso? Nunca brincaria com uma coisa dessas — sussurrei sem olhar para ele. Mas pude vê-lo sorrir pelo canto do olho.
— Eu não acredito que você conseguiu. Eu realmente achava que nunca mais aquilo iria acontecer — disse ele sorrindo. Sentei na cama e a luz do sol bateu em mim, fechei os olhos para me acostumar com aquela luz forte repentina. Meu cabelo estava todo emaranhado, para todos os lados. Mas quando abri os olhos... Joe me olhava tão... digamos que ele parecia estar hipnotizado. Seus olhos não saíam de mim. De todo o meu corpo. Uma garota simples e quase normal que podia vê-lo.
— Você é tão... tão... tão... linda — murmurou ele com paixão. Eu lhe dei um meio sorriso, minhas bochechas provavelmente estariam mais vermelhas que pimenta. Eu iria dizer alguma coisa, mas ele se levantou e foi se sentar bem em minha frente, a centímetros de mim. — Eu quero que você saiba uma coisa — ele sussurrou. Meu pulso acelerou.
— O quê?
— Naquela noite em que eu adormeci na sua porta — ele começou.
— Sim?
— Eu não parei lá por acaso.
Eu franzi a testa, estava prestes a perguntar o que ele queria dizer com aquilo quando ele disse:
— Eu estava lá por sua causa. Quando esbarrei em você no seu primeiro dia... eu senti algo. Não sei o que era, era algo forte. Por isso eu não te ajudei a juntar suas coisas que haviam caído. Eu apenas segui em frente. E depois... — ele fez uma pequena pausa. — Aquilo não saía mais da minha cabeça, então eu perguntei para algumas pessoas onde era seu quarto e fui até lá. Bati na porta de propósito na esperança que fosse você que abrisse — ele parou. Eu queria ouvir mais.
— Você sentiu mais alguma coisa quando eu apareci? — eu perguntei e ele assentiu. Meu coração batia tão forte, eu sabia que ele poderia ouvi-lo. — Conte-me — pedi. Ele fechou os olhos, seja o que fosse, era difícil para ele me dizer.
— Desde que meus pais morreram tudo que eu sentia em relação às pessoas era tudo menos amor. Quando abri meus olhos eu vi você com uma camiseta do Superman... ele riu. — Foi como se você fosse meu sol. Tudo o que eu sentia perto de você era apenas amor, bondade, tudo aquilo que eu havia trancado dentro de mim por anos.
— Por que você não me disse nada? Pelo contrario, você me tratou mal.
— Eu não queria que aquilo fosse verdade, então eu fiz o que eu sempre fiz com as pessoas. Tratei-a mal.
— E quanto à outra coisa? Por que não me contou?
— Depois daquela noite eu pensei que você não me daria uma segunda chance. Não podia simplesmente lançar pra você um “Ei, você faz meu mundo brilhar, quer ficar comigo?” E depois descobri aquilo tudo com o Brian, e em seguida eu estava morto — seus olhos estavam molhados e tristes. Ouvi-o com toda a minha concentração e eu comecei a me sentir cada vez menor. Por que tudo na vida era tão difícil?
— Eu iria — disse depois de um tempo de puro silêncio.
— Iria o quê?
— Dar uma segunda chance a você. Eu sabia de alguma maneira que a sua rudeza era apenas uma máscara. E que por trás dela havia um homem puro e cheio de amor e sinceridade — eu olhei profundamente em seus olhos. — Eu estava certa — disse seriamente. Ele, no entanto, sorriu.
— Como você faz isso? — ele perguntou enquanto esfregava seus olhos para secar as lágrimas que não haviam caído.
— Isso o quê? — perguntei confusa.
— Me faz feliz mesmo sendo um cara morto.
— Pra mim você nunca esteve tão vivo.
— QUERIDA, CAFÉ DA MANHÃ! — minha mãe gritou do andar de baixo.
Era de tardezinha quando meu pai me levou para o campus. Ele me acompanhou até meu quarto e pôs minha mochila em cima da cama.
Observou bem meu alojamento antes de me dar um beijo na testa.
— Cuide-se princesa — ele murmurou, soando preocupado. Antes de sair e fechar minha porta, disse: — Vou conversar com o policial Lewis para ver como vão as coisas. Talvez, quando pegarem o assassino, Joe deixe você em paz — ele disse e eu sorri falsamente, porque eu NÃO queria que Joe fosse embora. Isso me assustou e eu me senti estúpida.
Eu teria que deixá-lo ir quando fosse a hora certa e não sabia se poderia suportar.
— Então me fala qual é o segredo? — perguntou Joe atrás de mim. Quando me virei ele estava esparramado em minha cama como se fosse dono do lugar.
— Pra começar, pode ir tirando seus pés de minha cama e sente-se como uma pessoa normal — respondi brincalhona.
Fui até meu armário e tirei de lá uma caixa contendo um jogo de quebra-cabeça. Juntei vários cadernos sobre a cama para ter algo plano para montarmos. O resultado final seria a Monalisa.
— Então o segredo é montar um quebra-cabeça?! — disse ele com divertimento.
— Cale a boca — sentei-me em frente ao Joe em posição de índio, somente o jogo nos separava. Eu só posso te tocar quando você está com muita, muita raiva... ou quando você está totalmente relaxado. Não pode TER muitas coisas em sua mente. Ficamos jogando xadrez horas antes do nosso primeiro toque acontecer, a sua mente só tinha uma coisa em mente: o jogo.
— Hum — ele não acreditou assim tão facilmente.
Montamos por algumas horas, pois o quebra-cabeça era enorme e as peças, muito pequenas. Tentei tocá-lo três vezes, mas minha mão o atravessou em todas as tentativas.
— Já está relaxado? — perguntei quase que caindo sono. Ele parecia estar entediado.
— Se você ficar me perguntando isso a cada cinco segundos eu nunca vou relaxar.
— Ei, não use esse tom comigo — pedi, com uma leve irritação.
— Que tom?
— Ah, esquece — resmunguei e bufei. Comecei a segurar a cabeça com a mão direita que estava apoiada na perna. Fui dar um tapinha na testa de Joe, mas minha mão a atravessou. Ele ficou irritado.
— Não faça mais isso — Joe quase gritou. — Isso não está funcionando. Vamos parar.
— Eu digo quando podemos parar — minha voz soou com autoridade.
Quando ele fez cara feia eu me ajoelhei bem em cima de nosso jogo quase completo e comecei a lhe dar vários tapas pelo corpo. Ou a tentar lhe dar tapas, mas minha mão sempre o atravessava.
— Demi, pare — ele pediu. Eu continuei, ele não sentia dor mesmo, então eu podia ficar fazendo aquilo o dia inteiro.
Quando minha mão foi em direção de seu rosto apenas ouvi um “Aí!” e senti minha mão doer. Levei a outra indo para lhe dar um tapa, mas ele me impediu. Ficou ali parado segurando meu pulso enquanto me encarava. Minha respiração era pesada, meu coração batia a mil por hora.
Sem pensar duas vezes sua mão livre foi até minha nuca e ele me puxou até seus lábios. percebendo que os ataques de violência haviam acabado ele soltou meu pulso e sua mão foi para debaixo de minha blusa. Nossas línguas se entrelaçavam enquanto sua mão passeava pela minha barriga e ia subindo. Sua mão tocou em meu seio por cima do sutiã e eu fiquei toda arrepiada. Tentei soltar minha boca da sua para soltar um gemido, mas ele começou a beijar ainda mais apaixonadamente do que antes.
— Você quer? — perguntou ele entre as pausas de nossos beijos.
— Sim. Eu quero você — sussurrei ofegante. Sentei-me sobre ele novamente, como na primeira vez, e tirei sua camiseta. Quando a joguei para o chão, ela simplesmente desapareceu. Se fosse em outra ocasião, eu iria tentar entender o que havia acontecido, mas minha mente estava em outro lugar.
Pela primeira vez, vi seu peito nu e aquilo me fascinou. Ele era tão... perfeito! Totalmente musculoso e havia uma cicatriz reta e branca na horizontal em cima de seu mamilo esquerdo. Enquanto eu tocava seu peito nu, ele beijava meu ombro, meu pescoço... Ele estava prestes a tirar minha camiseta rosa quando...
— Por que toda vez que eu abro a porta eu pego você estatelada em algum lugar? — perguntou Vanessa seriamente quando abriu a porta do nosso quarto compartilhado em Stanford.
— Ah, meu Deus, eu estou sangrando! — quase grite quando vi sangue em minhas mãos. Minha cara foi e direção à beirada direita da cama, meu nariz sangrava sem parar. Vanessa estendeu um montinho de papel higiênico, quando levantei aos tropeços. — Você quer mesmo saber, você quer mesmo saber o porquê dessas minhas maluquices? — perguntei quase parecendo uma bêbada.
— Claro, vá em frente — ordenou Vanessa enquanto parava em frente a sua cama e cruzava os braços. Claro que foi depois que ela jogou a sua mala imensa sobre a própria cama.
— O culpado de tudo isso é o Joe. Pronto, falei. Eu me sinto melhor — disse, fanha por enfiar uma boa porção de papel higiênico em minha narina direita.
— Você só pode estar brincando. Isso é impossível, o carinha tá mortinho da silva Demi — retrucou Vanessa permanecendo no mesmo lugar e com os braços cruzados. Escolhi justo o dia em que ela estava séria de morrer. Seus cabelos ruivos encrespados e os óculos de grau enormes pareciam até ameaçadores.
— Dã! É óbvio que ele está morto. Estou dizendo que o fantasma dele ainda está aqui — disse como se fosse a coisa mais normal do mundo.
Como meu pai havia aceitado a história numa boa, eu concluí então que poderia acontecer a mesma coisa com a Vanessa.
— Hum. Você disse fantasma? — perguntou ela descruzando seus braços. Naquele momento ela estava tensa.
— Sim. Fantasma, Vanessa — quando disse isso ela soltou uma longa gargalhada. Eu apenas fiquei olhando para ela com papel enfiado em meu nariz seriamente. Somente quando Joe apareceu e eu comecei a falar com ele na frente dela que Vanessa começou a prestar atenção em mim.
— Por onde você andou, seu frangote? — perguntei irritada. As risadas de Vanessa cessaram e Joe percebeu o que estava havendo.
— Eu não acho que essa seja uma boa ideia — disse ele assustado.
— Tarde demais pra isso, colega.
— Ei, não foi culpa minha, tá legal? Quando eu fico nervoso eu meio que desapareço — retrucou Joe irritado.
— Mas você podia ter avisado antes. Ë a segunda vez que eu me machuco por sua causa — eu disse, fanha, com o dedo indicador apontado para ele. Joe soltou uma risada por causa de minha voz.
— Não se atreva... — falei assustadoramente e ele parou.
— Então ele está aqui? — perguntou Vanessa se aproximando mais de mim.
— Infelizmente sim — murmurei ainda irritada... e fanha. Era para eu estar irritada com Vanessa, era ela afinal que havia pela segunda vez nos interrompido bem no momento que as coisas estavam esquentando...
— Demi, você sabe que eu te amo, mas isso é uma loucura total — sussurrou ela parecendo uma psicóloga nerd.
— Faça alguma coisa — ordenei para Joe. Ele apenas franziu as sobrancelhas e fez uma careta.
— Fazer o quê?
— Pisque as luzes, mova alguma coisa. Qualquer coisa. — Vanessa apenas me olhava com atenção.
— Somente faço essas coisas quando estou muito irritado.
Eu revirei os olhos e disse para a Vanessa:
— Ele só faz isso quando está muito irritado — ela apenas um sorrisinho falso. Eu bufei e me voltei para Joe novamente. — Joe faça qualquer coisa, ela não acredita em mim — pedi.
— Ótimo, eu vou tentar — disse ele por fim.
— Ele vai tentar — eu anunciei sorrindo para Vanessa. —Mas, se você não acreditar em mim, pode perguntar Brian, o assassino, e especialmente para Aaron. Eles viram o que Joe pode fazer. Eles pensam que eu tenho tipo de poder... o que na verdade é legal — sorri mais ainda.
— Bom, Aaron me disse o que aconteceu. Ele ficou apavorado — disse ela pensando no assunto.
— Não estou conseguindo — Joe proclamou entre- dentes.
— Que tipo de fantasma você é? Nossa, não consegue nem mexer um lápis. Deus do céu! — fiz de propósito só para ele ficar irritado. E funcionou. A minha cama e a de Vanessa começaram a tremer, a porta do banheiro se fechou e todos os meus livros voaram pelo quarto. Até eu fiquei impressionada. — Hum, nada mal — murmurei ainda fanha.
Joe apenas encarava o chão. E Vanessa, bom... ela estava com os olhos esbugalhados e olhava para mim. Foi arrepiante.
— Ele está mesmo aqui? — sussurrou ela ainda apavorada.
— Foi o que eu estava tentando te dizer desde o começo. Mas não se preocupe, ele não é do mal. Pelo menos não para você.
— Me desculpe, Demi. Não foi minha intenção te machucar, eu prometo que não vai acontecer outra vez — anunciou ele tristemente. Eu levei um tempo até dizer algo de volta.
— Tudo bem, desde que não aconteça novamente — eu disse, e ele assentiu com a cabeça. Eu finalmente tirei o papel do nariz.
— O que ele está dizendo? — perguntou Vanessa olhando para todos os lados para ver se ela podia ver ele também.
— Ele está pedindo desculpas por ter me machucado.
— Como, exatamente... — ela começou a perguntar, mas eu a interrompi, respondendo o que ela tinha em mente.
— Estávamos nos beijando, ele desapareceu e eu me desequilibrei — se Vanessa não estava tão assustada antes, isso mexeu com ela.
— Você beija um fantasma? Como isso é possível?
— Eu achei esse livro super maneiro da minha avó que também via fantasmas e decidimos tentar o que ele indicava pra ver se funcionava. Já havíamos nos beijado antes, então apenas estávamos tentando que acontecesse de novo.
— Hum. Estou sem palavras — disse ela por fim, totalmente amedrontada. Ela foi caminhando até mim ligeiramente, e sinceramente eu pensei que ela ia me esfaquear com alguma faca invisível, mas tudo o que ela fez foi atirar seus braços em minha volta. — MUITO OBRIGADO PELO PÔSTER! — gritou ela sorrindo e me abraçando apertado. — Foi o melhor presente do ano — continuou ela feliz da vida. Naquele momento era eu quem estava sem palavras.
Quando o abraço se desfez ela me deu um rápido beijo na bochecha (com um grande smack) e correu até sua mala. Tirou de dentro o pôster que eu havia lhe dado e começou a grudá-lo ao lado do pôster do filme O diário da nossa Virei-me para ver Joe e ele também estava sem palavras apenas nos encaramos por um tempo e viramos para Vanessa que guardava seu pôster toda faceira. Enquanto recolhia os livros que Joe havia espalhado por todo o quarto, eu perguntei a Vanessa.
— Então você não se...
— Se eu não me incomodo que você e Jonaszinho ficam se entrosando aqui e ali? Para a sua informação, Demizinha, eu já vi um fantasma uma vez. Eu tive certeza porque eu podia ver através dele, então eu sei com certeza que fantasmas são reais.
— Então porque ficou tão assustada quando falei?
— Porque eu sinceramente pensei que você tinha enlouquecido. Quais as chances de uma pessoa do campus realmente ver o espírito de Joe? Quase zero. Mas não se preocupe, depois do showzinho que ele deu, você para mim parece totalmente sã.
— Nossa, que alívio — não sei se isso saiu da maneira que deveria ter saído. — Por favor, não conte a Aaron, ele já está tão apavorado com tudo que está acontecendo, ele não precisa de outra coisa bizarra em sua vida. E não fale ao Ster também...
— Relaxe, Demizinha, seu segredo está guardado comigo.
— Ah, obrigada, Van — disse enquanto a abraçava. Não sei por que algum dia eu pensei que Vanessa não entenderia.
— Você é a minha melhor amiga. Amo você.
— Amo você — ela disse e eu sorri de felicidade.
— Agora me conte como foi seu Natal — pedi para Vanessa. Sentamos em sua cama e ela começou a me contar os melhores momentos. Pude sentir Joe nos observando, e, quando olhei para ele, seu rosto estava radiante. Ele parecia brilhar, e sorria. Sorri de volta, ele fez um sinal de que voltaria depois e ele foi desaparecendo aos poucos.
— Meus pais adoraram o Aaron. Acho que pela primeira vez eles sentiram orgulho de mim. Não os vi assim tão orgulhosos e felizes com minha escolha, nem quando fui aceita na faculdade. Que decepção, meus pais são um caso perdido. A única coisa que ganhei de Natal foi roupas, então imagine o meu surto quando abri o seu presente. Comecei a gritar e toda a minha família me olhava como se eu fosse uma louca varrida. Mas eu não liguei, fiquei feliz naquele momento por ter ganho algo que eu realmente queria. Graças a você, meu Natal foi salvo — disse ela sorrindo.
— E o seu?
— Foi legal — não quis dizer “maravilhoso” porque não queria que ela se sentisse desafortunada por ter uma família tão desapegada e eu sabia como ela não gostava de reuniões de família. — Meu pai montou a melhor árvore de Natal do planeta, ganhei o iPod de 60 gigas que eu queria de minha mãe, Joe conheceu meus pais e eu contei o segredo sobre o Joe ao meu pai. Foi aí que ele me disse que minha avô Marylin também podia vê-los, mas ela via a todos, eu apenas vejo Joe... por alguma razão.
— Ele aceitou numa boa?
— Com certeza ele aceitou mais facilmente que você — respondi sorrindo. — Ele acha que Joe me assombra.
— Não acredito — ambas soltamos uma gargalhada alta — Eu quis te contar tantas outras vezes, mas...
— Pare. Eu sei que isso deve ser difícil pra você. Eu entendo, então não precisa se desculpar por nada — murmurou ela muito compreensiva.
— Obrigada — agradeci por fim.
— Por quê?
— Por me aguentar por todos esses meses, me aceitar da maneira que eu sou. Não existem muitas pessoas boas como você — confessei com seriedade.
— Fico feliz de ter você como amiga. Você arrasa, Cachinhos.
— Nossa, não ouço essa desde os tempos de escola, ugh — ela sorriu.









XOXO Neia *-*
Chegou um novo capitulo :) disse que não ia demorar gente.
ESTOU EM ÊXTASE!! ELES TOCARAM-SE  OUTRA VEZ!! E A VANESSA INTERROMPEU DE NOVO!!! Kkkk desculpem, fiquei entusiasmada :p 
Então a Vanessa interrompeu (de novo) e a Demi magoou-se (de novo), tadinha né gente....mas eu gosto muito da amizade delas duas, vocês não?? Afinal o "poder" da Demi já vem de familia, quem diria??
Previsões para o próximo cap. gente?? Deixem nos comentários :)

Respondendo ao coment: respondi no poste anterior mas volto a responder (até é melhor) sei sim que vai haver encontro de lovatics em Lisboa mas não vou porque é muito longe para mim e não conheço lá nada e não me iria aventurar sozinha a ir pra lá....tenho mesmo muita pena de não poder ir :(

Prontos gente, fiquem bem e comentem muito para mais 
Kiss <3

segunda-feira, 23 de junho de 2014

O Sussurrar de Uma Garota Apaixonada – Capitulo 14


Nos dias que se passaram, antes de minha mãe aparecer para me buscar para passar o feriado com ela, Joe não apareceu para mim. Eu o sentia me vigiando toda vez que eu saia de meu quarto, mas ele nunca se dirigia a palavra para mim, eu nunca conseguia vê-lo. Eu meio que sabia o motivo, porque eu sentia a mesma coisa.
Quando você ama alguém, tudo o que você quer é ficar com essa pessoa. Tocar sua mão, beijar seus lábios, entre- laçar seus dedos, sussurrar no ouvido um do outro e cair na gargalhada no meio do refeitório para todos verem que vocês dois estão felizes juntos. Eram esses os pensamentos que me vinham, me assombrando. E provavelmente estariam assombrando Joe também. Não sabíamos o que havia acontecido naqueles parcos segundos para eu conseguir tocá-lo, senti-lo sobre minha pele. Será que foi a lua? O alinhamento das estrelas? Ou foi somente algo que Joe sentiu ou deixou de sentir? Eu pensava nisso. O que Joe pensava? Eu podia ver em seus olhos qual era a última coisa que ele queria estar fazendo: ficar longe de mim, isso estava me matando. Por que não podemos simplesmente ter o que queremos? Por que tudo tem que ser tão difícil?
Eu estava me sentindo como Lois Lane sem Clark Kent.
Depois que vi o rosto feliz de minha mãe pareceu que tudo voltou para o lugar. Pelo menos naquele momento. Seus olhos castanhos, como os meus, me fizeram sentir segura. Quando olhava para ela eu me sentia em casa. E era para onde eu estava indo, o que me deixou de bom humor. Eu levava minha mochila nas costas com poucas roupas, presentes e os acessórios de que precisaria para passar o feriado. Não vi Joe em lugar nenhum quando eu e minha mãe íamos para o carro. Joguei minha mochila no banco de trás do Audi A4 prateado e me sentei no banco da frente.
Era uma viagem tranquila, de mais ou menos meia hora. Eu observava as árvores com neve, como a luz do sol refletia nelas, deixando tudo em um ótimo clima de Natal. Minha mãe pegou esse tempo de viagem para me fazer perguntas. Eu sinceramente não gostava quando ela fazia esses interrogatórios, me sentia como na sala de Lewis outra vez.
— A polícia tem mais alguma notícia sobre os assassinatos? — perguntou ela.
— Algumas coisinhas, mas eles estão fazendo de tudo pra descobrir, mãe. Lewis é gente boa.
— Hum. E o seu amigo, Aaron, como ele está?
— Bem. Ele ainda está rouco, por causa, você sabe, do estrangulamento.
— Dou graças a Deus por você e aquele garoto estarem bem. Não sei o que seu pai e eu faríamos se alguma coisa acontecesse a você, querida — disse minha mãe tristonha. Será que ela pensaria a mesma coisa se ela soubesse o que Aaron havia feito comigo? Ou quase feito? Mas isso não importava, eu o havia perdoado. Disse isso a ele quando o visitei no hospital, e ele quase chorou de alegria. Ele até me envolveu em seus braços e me abraçou forte, agradeceu por eu ter salvado a sua vida.
— Estou ótima mãe, está tudo bem — levou alguns minutos até ela começar com as perguntas novamente.
— E os estudos? Vão bem?
— Sim. Tiro nota máxima em quase tudo.
— Essa é a minha garota — disse ela sorridente. A minha mãe não era daquelas que dizia — Não fez mais do que sua obrigação. Não, ela ficava mesmo feliz por mim e ainda colocava pendurado na geladeira meus melhores trabalhos. Mas, como agora estou na faculdade e ela não pode ver meus trabalhos e provas, essa fase provavelmente acabou.
— Como está o papai? Quero muito vê-lo — perguntei ansiosa.
Seu pai não aguenta mais esperar. Abriu um sorriso dos grandes quando viu que eu vinha te pegar. Ele iria vir, mas você conhece seu pai. Ele está lá arrumando a arvore de Natal da maneira que você gosta — respondeu ela sorrindo. Eu fiquei mais ansiosa ainda para chegar em casa.
Meu pai, que você possa imaginar. Parece até mágico.
Quando minha mãe e eu chegamos, corri para a varanda. A casa era branca e de dois andares, grande para somente três pessoas, mas gostávamos do espaço. Olhei para trás antes de abrir a porta e notei que Joe estava parado em frente a minha casa. Ele olhava para cima, admirando. Eu sorri e virei a maçaneta, fui recebida pelos latidos de Shelby, o labrador da casa. Beijei seu focinho e em seguida ouvi alguém chamando por mim. De repente me senti a pessoa mais feliz da Terra. Eu estava em casa, com meus pais, e com Joe.
— Onde está minha princesa Ariel? — chamou uma voz doce. Fui até a sala onde meu pai se encontrava, perto da lareira onde estavam penduradas três meias de Natal com nossos nomes. Dianna, Eddie e Demi.
Corri para meu pai com um sorriso largo e o abracei forte. Ele me tirou do chão como se eu ainda fosse uma menininha.
— Senti sua falta — eu disse. Ele beijou minha testa quando o abraço acabou e disse o mesmo para mim. Meu pai era alto, o alto da família. Seu cabelo era castanho como o meu, e o achei diferente e mais jovem por seu cabelo estar comprido até as orelhas. Ele nunca havia deixado seu cabelo crescer antes, mas combinava com ele.
— Ah MEU DEUS! — gritei. — Papai, é a coisa mais linda que vi na vida — disse espantada. Acho que fiquei um longo tempo encarando aquela paisagem linda à minha frente. A árvore de Natal mais bonita que alguém poderia ter feito. A árvore era grande, com quase três metros de altura, e havia luzes coloridas brilhantes em volta dela, enfeites maravilhosos, bolas vermelhas e verdes. Havia um pouco de neve de isopor em alguns galhos e até pequenos Papais Noéis. Encontrei no topo da árvore uma das minhas bonecas de quando era ainda menina, uma Ariel para substituir o anjo tradicional. De repente meus olhos se encheram de lágrimas, esse era com certeza o melhor presente que alguém havia me dado. Quando me virei para elogiar meu pai novamente, Joe estava parado perto da porta da sala, provavelmente estivera ali por todo aquele tempo que eu admirava a árvore. — É simplesmente maravilhoso, papai, é mágico — disse por fim.
— Tudo pela minha princesinha.
Essa é a história. Quando eu era menina, eu me apaixonei pelo desenho da Disney, A pequena sereia. Eu queria ser uma sereia, desejava ser uma sereia. Queria ser ruiva e ser princesa. Tinha provavelmente uma dúzia de bonecas da Ariel e do Linguado, que eu guardo até hoje. Meu pai um dia chegou em casa com uma fantasia da Ariel, com as barbatanas, o bustiê de conchas e uma peruca ruiva. Fato completo. Quando eu as vesti, meu pai começou a me chamar de princesa Ariel. E nunca mais parou. Eu poderia ficar envergonhada por isso, mas a minha infância foi uma época linda e amorosa. Algo que eu gostaria sim de lembrar de vez em quando, e meu pai fazia isso por mim. EIe sabe que eu cresci, que virei mulher, mas isso não o impede de chamar a filha de princesa Ariel. Eu o amava por isso.
Fui para meu quarto e me atirei na cama. Olhei para teto e encarei as estrelas grudadas no teto. Senti um vento vindo de minha janela e olhei para esquerda, encontrando Joe. Não pude deixar de sorrir.
— Você estava certa — ele disse.
— Sobre o quê?
— Seus pais. Você tem sorte em tê-los — ele disse parecendo um pouco tristonho. Lembrei-me que os pais dele haviam morrido e isso me fez estremecer. Pobre Joe.
— Eu sei.
Ele começou a passar os olhos por todo o meu quarto. Minhas paredes eram de um rosa muito claro, minha cama era de casal, havia uma escrivaninha com o computador do lado esquerdo perto da janela, o armário do lado direito perto da porta, muitas prateleiras com livros e bonecas Ariel. Ele sorriu quando as encarou.
— Não acredito que você gostava da Ariel. Pra mim essa é a pior das princesas da Disney — confessou ele sorrindo
— Eí, não fale isso da Ariel.
— Estou brincando — ele levou as mãos para cima como se estivesse se rendendo, e sorriu.
— Ótimo. De quem você gostava quando era criança?
— Superman — ele disse, e eu sorri com a resposta.
— Adoro Superman — ambos sorrimos e ouvi uma batida na porta.
Minha mãe entrou com um pequeno prato com biscoitos de Natal feitos em casa.
— Seu pai os fez. Estão deliciosos. Daqui a pouco desça para contar as novidades para seu pai, ele quer saber de tudo — e ela saiu. Joe a observou com felicidade.
— Eu o apresentaria a ela se pudesse — eu lhe disse enquanto comia o biscoito de chocolate.
— Eu sei — murmurou ele com um tom doce. Depois de muito tempo em silêncio eu soltei algo que ele não esperaria que eu pudesse dize. Isso chocou até a mim:
— Vou descobrir como podemos nos tocar novamente — disse, confiante. Minhas mãos estavam entrelaçadas enquanto eu estava sentada em minha cama. Ele estava perto da janela, e me dirigiu um olhar que parecia ser de decepção. Ele passou sua mão entre seus cabelos e fechou os olhos, tenho certeza que se ele pudesse respirar fundo o teria feito.
— Não, você não vai — ele falou sério.
— Vou sim. Aconteceu uma vez, pode acontecer novamente — ele bufou e se aproximou de mim, sentou-se em minha frente.
— Pode nunca mais acontecer — ele sussurrou. Isso me deixou triste.
— Eu não acredito nisso — anunciei novamente, confiante.
— Eu quero te ver feliz. Você nunca vai ser feliz comigo — murmurou Joe quase como se estivesse envergonhado.
— Eu sou feliz com você — insisti. — Você acha que eu não ficaria trancada em meu quarto por toda eternidade somente para ficar com você? Eu ficaria.
— Eu sei. E é disso que eu tenho medo — ele disse com frustração e levantou-se de minha cama. — Eu não quero que você perca sua vida por minha causa. Quero que você seja uma ótima médica, encontre um marido e crie uma família. Eu quero que você seja feliz.
Meus olhos se encheram de lágrimas e sussurrei com dor.
— Sou feliz com você. Você é meu Clark Kent.
Ele iria me dizer alguma coisa, mas minha mãe gritou do andar de baixo.
— ESTAMOS ESPERANDO VOGÊ, QUERIDA!
— ESTOU INDO — gritei de volta. Passei as costas de minha mão em meus olhos e saí de meu quarto sem olhar para Joe.
Os dias seguintes foram agradáveis. O Natal foi ótimo e Joe estava presente, mas nada do assunto anterior foi mencionado. A maior parte dos presentes que cercavam  a linda árvore de Natal eram para mim. Todos meus parentes se lembravam de mim, ou melhor, meu pai os fazia lembrarem-se de mim. Ganhei um porta-retrato cor-de-rosa com plumas de minha tia Nancy, uma camiseta fashion de meu tio Marcos, o livro Escola de espias, da escritora Ally Carter, dos meus primos, um iPod de 60Gb de minha mãe (quase pirei quando o abri... ok, eu realmente pirei e dei pulinhos de felicidade quando o abri) e, por último, ganhei o box da série que eu amava,  Glee.
O jantar foi delicioso, assim como todo o tempo que passamos juntos. Meu pai e eu seguimos em direção a biblioteca, eu porque queria encontrar um livro para ler na faculdade, e meu pai porque queria encontrar um livro sobre direito.
Nossa biblioteca era razoável, nada muito grande, mas também nada muito pequeno. Eu e minha mãe tínhamos um gosto bem parecido, particularmente em romances. E era o que eu ia procurar, mas acabei encontrando algo muito mais interessante.
— Pai.
— Hum? — resmungou ele enquanto folhava um livro sentado no sofá marrom.
— Por que todos esses livros de fantasmas? — perguntei curiosa.
Havia mais de dez deles. Como conversar com um fantasma, Como ajudar um fantasma, Fantasmas são amigos? E muitos outros. Não sei se já os tinha visto antes, porque na realidade eu nunca havia ido naquela parte antes, parecia ser nova.
Meu pai franziu a testa e demorou um pouco até me responder. Eu apenas o encarava com atenção. Em que será que ele estava pensando tanto?
— Eles eram da sua avó querida, Marylin — respondeu ele seriamente. Eu continuei encarando-o, pedindo mais informações, então assim ele o fez. — Ela acreditava que podia vê-los. Minha mãe sempre queria ajudá-los. Quando ela morreu, eu herdei os livros, pensei que pudessem ser úteis algum dia — terminou. Meus olhos encaravam o chão, como uma criança envergonhada. Então eu não era a única da família que podia vê-los. Eu me sentia melhor, apesar de tudo.
— E você já os viu? — perguntei sem pensar, quase mura murando.
Meu pai largou seu livro que antes folhava em seu lado e começou a me avaliar. Eu por alguma razão não consegui olhar em seus olhos, e ele percebeu.
— O que está errado, princesa? — meu pai me perguntou com um tom triste.
— Nada — resmunguei e cruzei os braços.
— Eu sei quando algo está errado com você — afirmou ele. — Me conte.
Eu revirei os olhos, tentando pensar em uma alternativa para escapar dessa. Mas meu pai me conhecia demais para deixar aquilo passar. Bufei e fiquei encarando as prateleiras cheias de livros velhos e novos. Abri a boca para dizer algo, mas tornei a fechá-la rapidamente. Será que meu pai entenderia se eu dissesse a verdade? Será que ele pensaria em mim como uma aberração? Sua mãe podia vê-los, será que ele aceitava isso nela? Peguei uma cadeira e a postei em frente a ele, sentei-me.
—Eu...
—Você pode vê-los — afirmou. Meus olhos, que antes encaravam seus pés foram até olhos claros de meu pai. Seu tom não foi de reprovação em nenhum sentido. Ele fez uma afirmação sem nenhum tipo de rejeição, e isso me fez sentir mais segura e... aliviada. Meus olhos se encheram de água e balancei a cabeça em um sim.
— Oh, querida — sussurrou ele tristemente. Seu olhar em direção  mim não mudou. Eu era a sua princesinha, não importava o que eu visse. Seu tom foi de tristeza, como se ele não quisesse o fardo em meus ombros. Como se Fosse ele o culpado. Ele estendeu seus braços e eu o abracei com força. Algumas lágrimas caíram, mas não foi de tristeza e nem de infelicidade, muito pelo contrário.
— Não é tão ruim — disse depois do término do abraço. Limpei as lágrimas de meu rosto e sorri.
— Desde quando você consegue vê-los?
— Não muito tempo... quando começou a faculdade — ele pareceu aliviado com minha resposta. Acho que a pessoa que pode ver fantasmas desde nascimento seria uma aberração maior?
— Eles te incomodam? -. perguntou ele curioso.
— Santos é que eles não são — respondi, já gargalhando. Meu pai sorriu e eu gostei daquilo. Mas uma coisa me incomodou. — Eu não vejo todos eles. Apenas um — isso prendeu a atenção dele. — Eu o conhecia. Ele... — respirei fundo antes de continuar. — Ele foi a primeira vítima do serial killer do campus.
Meu pai me olhava com atenção e seriamente. Que será que ele estava pensando?
— Somente ele? Mais ninguém? — E eu disse que não com a cabeça. — Ele é perigoso?
— Não, apenas irritante — resmunguei.
— Qual é, eu não sou tão mal assim.
Digamos que eu dei um pulo da cadeira em que estava e até meu pai se sobressaltou. Isso não foi nada legal. A biblioteca estava tão silenciosa e uma conversa séria e importante estava em andamento e então Joe aparece e quase grita aquilo no meu ouvido.
—Jesus! — eu disse irritada. — Vá embora — mandei, mas ele ficou parado ali. Meu pai me observava com divertimento, ele até sorriu.
— Ele está aqui? — perguntou meu pai com uma excitação. Eu disse que sim e ele continuou. — Espero que você não perturbe muito a minha filha, rapaz. Caso contrário, terei que chutar você, seu fantasma — disse ele com autoridade.
— Ele sabe que eu salvei a sua vida uma vez, não sabe? — Joe perguntou. Eu tive que rir.
— O que ele está dizendo? — quis saber papai.
— Ele quer primeiro se apresentar, O nome dele é Joe. Joe este é meu pai, Eddie — eu os apresentei. Foi uma cena estranha. Joe apenas olhava para ele com as sobrancelhas franzidas e meu pai ficava procurando alguém pela sala.
— Muito bem. Joe então... espero que não faça mal à minha filha — disse meu pai.
— Pelo menos ele aceitou a ideia sobre mim. Já é algo positivo, mas não fale nada sobre as coisas que você está pretendendo fazer comigo. Isso, eu posso garantir, ele não vai aceitar numa boa. Principalmente toda a história de encontrar meu assassino e principalmente a história de nossos beijos. Ele não iria gostar de saber que sua princesinha está beijando um cara mortinho da...
— CALE A BOCA! - gritei para Joe e sorri para meu pai. É, algumas coisas meu pai com certeza não poderia saber. E virei-me para ele: — Me prometa uma coisa pai.
— Claro, querida.
— Não conte a mamãe sobre isso. Se não ela vai ficar louca. Principalmente com todos esses assassinatos acontecendo no campus... ela já está planejando em me manter aqui até o resto do semestre, posso ver em seus olhos.
Demorou um pouco, mas meu pai acabou concordando.
— Ótimo. E quando ela me pegar falando sozinha pode, por favor, falar pra ela que estou ensaiando para alguma apresentação da faculdade? — meu pai sorriu e assentiu. Eu, pela primeira vez em muito tempo, fiquei aliviada. Como se um peso enorme tivesse saído de minhas costas. — Posso pegar esses livros? — perguntei apontando para os livros de fantasmas.
— Claro, assim você pode entender melhor esse rapaz que te persegue.
Joe não gostou disso, apesar de ser verdade. Eu peguei os livros e subi para meu quarto.
— Você não vai encontrar nada aí. Tenho certeza de que é tudo pura bobagem — disse Joe quando espalhei os livros em minha cama.
Sentei e peguei um para começar uma tarde de leitura. Tenho que admitir que aqueles livros eram assustadores. Havia histórias reais de fantasmas que usavam seu “poder” para ferir e assustar outras pessoas. Fiquei feliz por ter somente o fantasma Joe em minha vida. E na realidade tem certas pessoas que até caçam fantasmas para sobreviver. Nossa, isso sim era bizarro.










 XOXO Neia *-*
SORRY SORRY GENTE!!! Desculpem ficar tanto tempo sem postar, não pensei que iria demorar tanto, mas a semana passada e hoje foram os meus exames e eu tive de estudar. Mais uma vez desculpem meus amores :/
Mais um capitulo está postado...e então que acharam?? Será que a Demi irá conseguir encontrar uma maneira de tocar no Joe novamente??? Veremos no proximo capitilo ;)

Respondendo ao coment: bem entrei oficialmente de férias hoje...maratona?? não sei, talvez quando a fic estiver na reta final, que dizem?? agora não irei demorar tanto assim para postar...tudo depende de voces e dos vossos comentários gente

Fiquem bem...comentem, divulguem e sigam pff, faço isto para voces e gostava de ter o vosso apoio 
Kiss <3 <3

domingo, 15 de junho de 2014

O Sussurrar de Uma Garota Apaixonada – Capitulo 13


O Natal estava chegando, portanto quase metade dos alunos estava na casa de seus entes queridos, inclusive a minha colega de quarto e melhor amiga Vanessa. Ela foi para casa de sua grande família havia uns três dias e eu já estava começando a sentir sua falta. Estava sozinha naquele quarto por dias que pareciam não passar, e estava quase enlouquecendo.
Se ao menos Joe aparecesse eu não ficaria nessa frustração. É claro que eu saía para o café da manhã, quando não estava com preguiça, e para o almoço e o jantar, mas não era a mesma coisa quando Vanessa e Ster não estavam ali para me contar as fofocas do dia ou todas as besteiras que eles diziam para deixar meu dia melhor.
Joe não passava mais todo o tempo comigo. Ele não conseguiu alcançar o assassino, afinal de contas. Se punia diariamente por ter fracassado. Passava então quase que dia e noite observando as pessoas, observando se alguma coisa estava fora do comum. Ele talvez esperasse que, assim com naquela noite, pudesse topar com o assassino no ato. Para mim o herói daquela noite havia sido Troy, porque se não fosse ele eu não estaria lá para salvar Aaron, em primeiro lugar. Eu ainda estaria catalogando papéis enquanto Aaron era sufocado até a morte.
A história de Aaron sobre o acontecimento foi breve. Um momento ele estava naquela ruazinha indo encontrar Vanessa e no segundo depois ele estava acordando no hospital. A chave de tudo foi o clorofórmio: isso explicava o porquê de os rapazes não reagirem ao assassino.
Eu ainda não estava com a minha família por uma questão muito, muito simples. Eles eram advogados muito famosos e bem pagos, os clientes requeriam mais tempo deles e eu acabava ficando sozinha até alguns dias antes do Natal. Naquele momento, então, eu me encontrava na cama jogando xadrez comigo mesma, o quão idiota isso era? Eu tinha lido Amanhecer, de Stephenie Meyer, quase que o todo, então logicamente eu precisava tratar de fazer alguma coisa, não importando o quão idiota pudesse parecer.
— Acho que você está totalmente perdida aí.
— AH MEU DEUS, QUAL O SEU PROBLEMA? — gritei para Joe, que apareceu ao meu lado sem eu sequer nota-lo e quase me matou de susto. — Já disse pra você parar de fazer isso. Qual é a sua? Tem prazer de me ver morrendo de susto toda vez que você aparece? Deus do céu!
— Nossa, já vi que você está nervosinha. Acho que vou embora — ele disse virando-se para a porta, como se estivesse vivo e pudesse atravessá-la.
— NÃO! — gritei com desespero quase que me levantando da cama para impedi-lo. Respirei fundo antes de dizer: — Desculpe-me, tá legal? Eu estou sozinha por tanto tempo que parece que eu surtei. Sinto muito mesmo — murmurei timidamente e vi que ele andava para mais perto de mim, o que me deixou feliz e menos deprimida pela minha solidão.
Por que ainda está aqui? Não deveria estar com seus pais, como todo mundo? — perguntou ele sentando-se na ponta de minha cama. Joe estava vestindo a mesmíssima roupa de sempre, uma calça jeans preta largada com uma camiseta branca e com tênis Adidas, mas quando ele se sentou em minha cama a luz refletiu nele de uma maneira angelical. Seu rosto gentil naquele momento parecia brilhar, seus olhos ficaram mais claros que o normal, pude ver os braços fortes pela musculação diária de quando estava vivo e bem. Ele parecia estar mais vivo do que nunca.
— Hum, eu deveria, mas meus pais são pessoas ocupadas demais — respondi bufando lenta e tristemente.
— Eles podiam fazer um esforço para ficarem mais com você, ainda mais com tudo o que você está passando. EIes deveriam trabalhar menos — murmurou ele delicadamente e mais sutil que nunca. Hoje devia ser um dia bom para ele, geralmente seu humor variava, o que me deixava à flor da pele. Nunca sabia quando ele iria começar a ser rude comigo.
— Você não entenderia. Eles me amam, é claro, faze de tudo para me verem feliz. Eu posso dizer que eles são os melhores país do mundo. Você os amaria.
— Adoraria conhecê-los — disse Joe. — Ou melhor, adoraria observá-los quando você for para lá. Posso ir? Você não ficaria envergonhada comigo na presença deles? — e pude perceber quando ele limpou sua garganta na hora dai perguntas, com medo de ser rejeitado.
Seus olhos não me olhavam e ele encarou o chão. Como se algum dia eu pudesse negar alguma coisa para ele. Por que ele não sabia disso?
— Hum, deixe-me pensar... É claro que você pode ir engraçadinho. Quero que você conheça a minha mãe, ela a pessoa mais divertida e amorosa da face da terra. E me pai é a pessoa mais doce — respondi animada e com um sorriso largo no rosto, isso o fez sorrir, ou melhor, soltou umas gargalhadas fofas. Depois de um momento de silêncio ele começou a encarar meu jogo de xadrez; eu não sou nisso, estava esperando que ele não notasse.
— Então você costuma jogar xadrez... sozinha? — ele perguntou franzindo a testa e com um divertimento em sua voz, como se estivesse prestes a cair na gargalhada novas mente. Eu assenti sem me importar com o que ele poderia pensar de mim. — Isso é estranho.
— Uau, como você é esperto. É óbvio que isso é estranho, mas isso não me impede de jogar... nunca — disse sorridente, e ele soltou o sorriso que estava guardando de dentro de si. Ele sentou com as pernas cruzadas como índio, como eu, na frente do tabuleiro. Eu podia sentir o que aconteceria depois.
— Vamos ver se você pode me vencer — ele desafiou levantando apenas uma sobrancelha e fazendo uma careta que me fez abrir um enorme sorriso. O que estava acontecendo? Será que estávamos mesmo trocando sorrisos idiotas feito um casal de apaixonados?
— Você vai ganhar todas, eu não sou muito boa nisso — confessei, mas ele nem ligou. Pediu que eu colocasse as peças nos lugares iniciais e eu o fiz. Eu era a cor branca e ele, o preto. Eu comecei movimentando meu peão, ele pediu que eu movimentasse um dele também. E assim fomos jogando xadrez, pelo menos eu não estava jogando sozinha e nem estava quase entrando em depressão por estar tão solitária.
Eu estava com uma das pessoas que mais amava nesse mundo. Pela primeira vez fiquei feliz por Vanessa não estar ali comigo.
Jogamos xadrez por horas a fio até chegar à noite e eu não estava nem um pouco cansada, na verdade estava me divertindo à beca.
— Assim não vale, você não disse xeque-mate antes de me vencer — o ameacei com o indicador de uma maneira brincalhona.
— Você disse que era ruim e já ganhou quase todas as partidas. Estamos quites — disse Joe.
— Na verdade você é tão ruim quanto eu. Posso ser ruim, mas você é pior — ele sorriu e eu dei um soquinho de leve em seu ombro como um bom amigo camarada provavelmente o faria. O rosto sorridente de Joe se transformou em algo aterrorizante, como se acabasse de saber que alguém conhecido dele tivesse morrido. Eu não entendi aquela expressão, e o olhei confusa por um certo tempo. Somente quando ele olhou para seu próprio ombro e para mim que eu me dei conta da situação que havia se passado.
Minha respiração começou a se elevar rapidamente, meu peito até doía de tão forte que o coração batia. Eu estava tão distraída que nem havia me dado conta de que eu realmente havia tocado em Joe. Eu tinha dado um soquinho nele e nem tinha me passado pela cabeça que ele estava morto e que nada daquilo poderia sequer acontecer.
— Isso aconteceu não é? Eu realmente toquei em você — sussurrei lentamente e estremeci. Ele assentiu com a cabeça e eu praticamente perdi o controle. Joguei todo meu jogo de xadrez no chão em um ato de desespero me sentei a meros centímetros dele. Eu queria me certificar de que eu podia tocar nele novamente antes de pular em seu pescoço.
Minha mão tremia quando a levantei para tocá-lo, Joe dessa vez não me impediu. Ele sempre me impedia quando tentava tocá-lo, sempre.
A questão de ele não estar me impedindo deixou-me mais nervosa. Ele não se mexia, não mexia um único músculo, como se o efeito pudesse passar se ele se mexesse. Minha mão esquerda foi lentamente até seu peito, eu tremia mais ainda quando estava quase, quase o tocando. Quando senti o tecido de sua roupa em minha mão trêmula uma lágrima caiu em meu rosto e respirei fundo, como se o pior já tivesse passado. Joe fechou seus olhos agora aliviados e felizes e sentiu minha não passando de seu peito e indo até seu ombro. Ele abriu os olhos com desejo quando descansei minha mão em seu braço musculoso debaixo de sua camiseta.
Joe finalmente se mexeu e levou sua mão direita até meu rosto, e tirou a lágrima que eu não havia secado.
— Isso realmente está acontecendo? — perguntei aos sussurros, ele assentiu rapidamente e chegou mais perto de mim. Pôs uma mão em minha cintura e a outra mão passava em meu rosto sem parar. Seus olhos pareciam satisfeitos, até mesmo realizados.
— Sua pele é tão... macia. Você é perfeita — ele disse sinceramente quase que hipnotizado. — Eu nunca pensei que poderia tocá-la, eu... — eu percebi que ele estava prestes a atropelar as palavras, que não sabia o que dizer. Ele estava sem palavras, ele me olhava como se eu fosse um diamante raro que nunca poderia perder. Aquele olhar, aquela sensação me fez sentir a pessoa mais feliz e sortuda de todo o planeta. E como eu poderia pensar assim se ele estava morto? Eu não sabia o que estava acontecendo, eu com certeza não havia pedido nada assim de Natal e nem havia feito pedido algum para qualquer realizadora de desejos.
Eu queria senti-lo em mim, levantei-me me posicionei em cima dele. Ele separou as pernas para que eu me encaixasse perfeitamente no centro dele. Ele me envolveu com seus braços, apertando-me mais contra ele, como se nunca pudéssemos estar perto o suficiente. Eu toquei em seu rosto pela primeira vez, no seu belo rosto que muitas garotas matariam para sentir. Nossas testas e narizes se tocavam e meus olhos se fecharam.
— Beije-me, Joe, por favor — sussurrei em desespero. Senti sua mão passar para minha nuca e então aconteceu. Nossos lábios se moviam devagarzinho para conhecer o território, mas isso não durou muito tempo. Queríamos nos beijar havia tanto tempo que movimentos gentis e doces não seriam suficiente para nós. Ele colocou primeiro a língua dentro de minha boca e eu gemi quando nossas línguas se tocaram. Levei minha mão para passar entre seus cabelos macios e trouxe mais para perto de mim. Como se já não estivéssemos perto o bastante. Mas eu o queria, eu nunca pensei que isso poderia acontecer. Será que estava acontecendo? Será que eu estava sonhando? Diante do que aconteceu depois, eu soube realmente que não era sonho algum.
— Eu te amo. Tanto... tanto — confessou Joe quando parou ofegante depois de nossos beijos. Meu coração derreteu, mas ainda assim batia desesperadamente como se quisesse fugir. Eu peguei a mão de Joe que descansava em minha coxa e a levei até meu coração acelerado. Eu queria que ele soubesse como ele estava fazendo me sentir.
— Eu te amo... mais que tudo nesse mundo — sussurrei em seu ouvido e depois encarei seus olhos brilhantes e felizes. Eu queria que aquele momento durasse para sempre. Eu vou me lembrar daquele momento para sempre. Ele entrelaçou seus dedos nos meus e voltamos a nos beijar ferozmente. Eu não queria parar de beijar nunca aqueles lábios carnudos e perfeitos. Joe sabia o que fazia, e o mais estranho ainda era que ele sabia o que me deixava mais excitada. Ele colocou sua mão por debaixo de minha camiseta e tocou em minhas costas. Eu tive que deixar sua boca e soltar um alto gemido, segundos depois seus lábios estavam em meu pescoço. Eu estava à beira da loucura, mas isso não durou muito tempo. Ouvi alguém abrindo minha porta com um tilintar de uma chave.
Eu e Joe nos olhamos rapidamente e ele desapareceu. Quando a porta se abriu eu perdi o equilíbrio por não estar mais em cima de Joe e me estatelei toda no chão gelado.
— O que você está fazendo no chão desse jeito como uma louca doida? — perguntou Vanessa espantada quando me viu com uma perna ainda na cama, mas o resto todo no chão. Aquilo doeu, realmente doeu muito. Joe podia ter me avisado que ele cairia fora, mas que covarde.
— VANESSA, VOCÊ VOLTOU — gritei como se eu estivesse surda de um ouvido, ou talvez dos dois. Ela se espantou ainda mais com a minha gritaria.
— Você está drogada, Demi? Bebeu alguma coisa? Ou isso é natural? Meu Deus, realmente não entendo essas suas viradas de humor e loucura — perguntou ela indo até seu armário e o abrindo. Enquanto isso, eu me movimentava devagarzinho para não doer tanto minhas costas. Eu não respondi ao comentário de Vanessa, ela riu depois de perguntar, então ela devia estar brincando, foi o que pensei.
— Por que voltou tão cedo? — perguntei sentando me novamente em minha cama devagarzinho como se eu fosse uma velhinha.
— Como sou a pessoa mais inteligente da face desse lindo planeta, me esqueci completamente dos presentes de Natal. Dá pra acreditar? — e com isso ela tirou várias caixas de presente bem do fundo do armário e colocou mochila, que parecia ser maior que ela. — Eu jurava que eles já estavam na mala, mas quando fui pegá-los para deixa-los sob a árvore de Natal, não os encontrei e pirei. Vim correndo pra cá.
— Ah, ainda bem que isso não aconteceu na véspera Natal, você nunca iria vir pra cá e voltar a tempo — conclui, e ela concordou. Depois de um tempo parada na porta olhando para mim e em seguida para o canto do meu lado  do quarto, ela disse:
— O que você estava fazendo quando entrei, afinal? Perguntou desconfiada. Eu sorri um pouco para ter tempo de inventar algum tipo de desculpa, e o que eu consegui encontrar em alguma parte de meu cérebro foi:
— Ah, você sabe que eu adoro Natal, Vanessa. Eu estava pulando na cama e quando vi alguém entrando me assustei — isso não me pareceu muito convincente, mas aparentemente Vanessa acreditou. A minha habilidade de mentir estava ficando cada vez melhor, e isso graças a Joe Jonas.
— Hum, tome cuidado na próxima vez. Você pode, sei lá, bater a cabeça em algum lugar. E se isso acontecer, ninguém vai estar aqui pra te ajudar — disse ela muito séria.
— Vou tomar cuidado... eu prometo.
Vanessa largou a mochila de presentes no chão e veio até mim, abraçou-me fortemente e me desejou um Feliz Natal, e me entregou um pacote bem embrulhado com árvores de Natal como estampa.
— Obrigado por pensar em mim — agradeci sorridente.
— Sempre — Vanessa respondeu, como se nunca pudesse me esquecer, e isso me fez parar de querer mata-la por ter interrompido o amasso com Joe.
— Comprei algo para você também — eu corri para meu armário e tirei um tubo embalado, que continha um pôster de Titanic. Eu sabia que Lucy amava romances e que tinha uma grande coleção de pôsteres dos seus filmes preferidos. Ela me disse há algumas semanas atrás que nunca conseguia achar o pôster de Titanic, que era impossível. Desde e então, eu revirei praticamente todos os lugares de pôsteres que eu podia pensar e encontrei um bem conservado em uma lojinha quase que caindo aos pedaços. Eu sabia que Vanessa iria pirar quando o abrisse. — Espero que goste — ela sorriu feliz e depois de outro abraço ela saiu do quarto. Eu fiquei parada onde estava e me vi sozinha novamente. Havia apenas alguns minutos tudo estava tão perfeito... como um sonho.









XOXO Neia :)
AHHHHH ELES TOCARAM-SE FINALMENTE!!!!! VANESSA PQ TINHAS DE TER ENTRADO LOGO NESSA ALTURA!!! Kkkkk desculpem....prontos mais um capitulo :)
Desculpem não ter postado mais cedo mas voces não estavam comentando :( e (respondendo ao comentário) ainda não entrei de ferias infelizmente, ainda tenho exames. Mas não há de ser nada. Continuem a comentar a sigam  pff
Kiss <3

terça-feira, 10 de junho de 2014

O Sussurrar de Uma Garota Apaixonada – Capitulo 12


Eu estava em uma rua bem parecida com um beco, estreita e escura. A luz da lua iluminava mal aquela escuridão. Uma única luz pendia naquela ruazinha. Havia uma caçamba de lixo azul muito grande atrás do assassino e de sua vítima. Havia uma pessoa sobre o corpo imóvel de um garoto. Sabia disso que a vítima era um garoto pelas calças e tênis masculinos. Não conseguia ver nenhum dos rostos.
Minha respiração aumentou, uma rajada de vento frio veio em minhas costas, o que me fez gemer. Se eu pensava que aquela cena era assustadora, eu não poderia achar uma palavra tão horripilante para descrever o aconteceu em seguida.
Com meu gemido por causa do frio, o assassino reparou em minha presença. Sua cabeça virou para trás com uma rapidez impressionante, o que me fez querer correr e gritar, Ele levantou-se devagarzinho e simplesmente ficou parado ao lado do corpo, me encarando. Por algum motivo eu ainda estava ali, parada diante do assassino. Joe me pediu novamente para que corresse, mas eu não podia fazer isso eu: conhecia o garoto que estava ao chão, não poderia deixá-lo para morrer nas mãos de um lunático.
Você deve estar se perguntando se eu conhecia o assassino. Eu não poderia responder a essa pergunta. Por quê? Bom, ele vestia um sobretudo preto, tênis comuns pretos, luvas pretas e, além de tudo, uma máscara preta, sabe o que os ladrões usam quando vão assaltar um banco ou qualquer outra coisa? Como uma touca preta que vai até o pescoço, deixando somente buracos para os olhos e talvez a boca. Mas nenhum buraco mostrava sua boca, somente dois furinhos mínimos para os olhos, tornando-os impossíveis de reconhecer.
Ele deu dois passos em minha direção e parou. Talvez me avaliando, ou pensando se iria até mim ou não. Ele se decidiu. Deu outro passo para minha direção, e outro.
— Não chegue perto de mim ou vou gritar — anunciei confiante.
Peguei minhas chaves em meu bolso e deslizei suas partes afiadas entre meus dedos. Ele escutou o tintilar de chaves e viu o que estava fazendo. Foi quando ele parou.
Com isso olhei rapidamente para Joe. Sua expressão me fez ter medo, seus punhos estavam fechados. Fiquei feliz em estar ao lado dele, porque eu temia o que ele poderia lazer para a pessoa que havia tirado sua vida.
Quando o assassino deu outro passo cm minha direção, duas lâmpadas da rua de trás explodiram, e eu ele soltei um rito rouco, sobressaltada. A única luz que havia naquela ruazinha piscava feito louca, dois jornais que descansavam no chão levantaram voo. A caçamba imensa começou a tremer violentamente, a tampa se abriu com um forte estalo. O assassino, assim como eu, observava todos aqueles acontecimentos. Depois que a caçamba saiu do chão ele virou o rosto mascarado para mim, seu peito arfando. Ele virou as costas e correu para o fundo da ruazinha.
— Peça ajuda — disse Joe e começou a correr atrás do seu próprio assassino.
E quanto a mim? Eu corri até o garoto apagado no chão e me atirei a seu lado. Seu pescoço estava muito vermelho, com as marcas das luvas pretas do assassino que acabara de correr. Encostei a cabeça em seu peito e senti uma respirada, soltei um sorriso de alívio. Coloquei a mão direita no bolso mas não encontrei o que estava procurando. Ótimo, justo hoje meu celular estava em cima de minha cama carregando e eu ali precisando dele! O que poderia fazer agora?
— Preciso de ajuda — soltei não muito alto. — ALGUEM ME AJUDE! POR FAVOR! EU PRECISO DE AJUDA - gritei dessa vez com todas as minhas forças. Deve ter sido um milagre que Aaron não houvesse acordado. Sim, Aaron. Vanessa iria surtar quando soubesse que seu  Boy Toy quase tinha se tornado a próxima vítima do serial killer do  campus.
— ALGUÉM! POR FAVOR! — gritei e nada, ALGUÉM ME AJUDE! — apenas silêncio. Comecei a choram. Peguei a mão de Aaron e a apertei na minha. — Vai ficar tudo bem — sussurrei para ele. Olhei para ambos os lados com alguma esperança e nada. Sabe aqueles filmes de terror quando a mulher gostosa grita por ajuda e ninguém aparece? , conheço a sensação. E não, eu não me acho gostosa. Decidi tentar novamente e o que saiu foi assustador até para mim. Eu poderia ser contratada para qualquer filme de terror sendo a garota que grita por ajuda.
Ouvi passos quase que silenciosos vindos em minha direita. Olhei assustada e um rosto amável apareceu para meu resgate das sombras.
— Liv — disse seu nome com uma voz chorosa e fui correndo até ela. Abracei-a com muita força, mas ela não reclamou. Ela me abraçou de volta e disse que tudo ficaria bem. Sua voz estava muito assustada e seu coração batia a mil por hora. Tirei minha cabeça de seu peito quando duas viaturas de policia chegaram quase que se batendo. Senti uma pontada de felicidade quando vi o rosto de autoridade do policial Lewis, e fiquei sabendo naquele momento que ele iria, sim, de fato, pegar o assassino. E eu podia sentir que estava próximo, muito próximo, de isso acontecer.
Uma ambulância chegou momentos depois, antes mesmo de Lewis conseguir chegar até mim e Olivia, a professora de Anatomia Descritiva. Dois paramédicos correram até Aaron e o colocaram em uma maca. Quando um deles veio até mim, que ainda permanecia nos braços amorosos de Olivia, eu disse que estava bem. Isso feito, a sirene começou a tocar e levaram Aaron para o hospital em segurança. Um peso saiu de meus ombros.
— Você está bem, menina? — perguntou Lewis seriamente enquanto tocava em meu rosto delicadamente.
— Estou bem — murmurei e escondi meu rosto no peito de Olivia.
Eu parecia uma criança assustada, e, na verdade, me sentia como uma.
Olivia passou as mãos entre meus cabelos e disse para Lewis:
— Ela está apenas muito assustada.
Lewis entendeu e eu o ouvi caminhando para onde Aaron estava desmaiado. Enquanto ele caminhava para lã e para cá tive tempo de me recompor. Respirei fundo e me desapeguei de Olivia. Ela olhou-me nos olhos tristonha e passou uma mão muito quente em meu rosto.
— Melhor? — perguntou. Eu apenas assenti com um movimento de cabeça.
Observei Lewis até ele querer falar comigo novamente. Olivia passou o braço sobre meu ombro e aguardou comigo. Senti uma imensa afeição por ela. Olivia poderia me deixar sozinha com aquele frio intenso.
Ela não tinha visto nada de fato, então ela não precisaria contar muita coisa para polícia, mas mesmo assim ela estava ali comigo.
As perguntas de Lewis foram diretas. Como ele era? Assustador. Alto ou baixo? Nem alto nem baixo, médio. Gordo ou magro? Magro. Homem ou mulher? Pensei muito e fiquei indecisa. Tudo estava muito coberto, poderia ser uma mulher ou um homem. Que roupa usava? Absolutamente tudo preto, não vi pele alguma para saber se era branco ou negro. Ele tocou em alguma coisa? Somente em Aaron, mas isso não importaria, ele usava luvas, senhor policial. Porque ele fugiu? Essa eu tive que pensar por alguns segundos, disse que eu iria gritar muito se ele se aproximasse e o ameacei com minha chave. Eu não fui muito convincente nesta parte, mas, ei, eu não podia simplesmente dizer que meu amigo camarada chamado Joe o assustou. Mas de uma coisa eu tinha certeza absoluta: a pessoa que eu vi não era Brian, de maneira alguma poderia ser ele. Brian era muito musculoso, grande como uma parede. Os dois maiores suspeitos de Lewis foram descartados na mesma noite.
Depois disso Olivia me levou para meu quarto. Eu disse que não era necessário, mas ela me levou mesmo assim. Ela foi útil, porque quando me atirei em minha cama branca como papel Vanessa ficou fazendo perguntas.
Eu hesitei e contar sobre Aaron, então Olivia contou tudo a ela. Apesar de eu estar supercansada, fui até Vanessa e a abracei fortemente quando ela começou a soluçar. Ela me beijou na boca quando Olivia disse que eu havia salvado o homem dela. Foi meio constrangedor, mas com esse ato eu percebi o quanto ela amava Aaron. E com isso eu havia decidido que iria perdoá-lo totalmente pelo dia que ele me atacou.
No fim eu não consegui dormir. Depois que Olivia saiu de nosso quarto, Vanessa me pediu para ligar para Lewis e perguntar para qual hospital Aaron havia sido levado. Fomos de táxi até o hospital Mercy e esperamos até que alguém nos trouxesse notícias sobre Aaron. Vanessa estava muito inquieta e não parava de roer as recém-pintadas de preto. Dei um leve tapa em sua mão para ela parar, e ela estava prestes a gritar comigo quando um médico nos chamou.
As notícias eram boas. Aaron iria se recuperar totalmente  sem nenhum dano permanente. Vanessa e eu sorrimos e nos abraçamos, ficamos no hospital até o horário de visita. Aaron iria ficar no hospital pelo menos por mais um dia.

Somente uma coisa me incomodava. Onde Joe estava, e se ele tinha sido capaz de saber quem era a pessoa por trás da máscara preta.








XOXO Neia *-*
Uffa...ainda bem que o Aaron se safou!! Quem diria que ele iria ser o próximo escolhido pelo assassino?? Com isto já sabemos que Brian não pode ser o serial killer, mas quem será?? Porque só escolhe rapazes?? São escolhidos ao acaso ou tem alguma coisa por de trás disso??  O Joe terá visto a cara por de trás da máscara?? Muitas perguntas no ar não é gente kkkkk
Comentem e divulguem pra mim pff :)
Kiss love u babes <3