Acordei
rodeada pelos livros e com um sobre meu estômago. Fiquei um pouco na cama
encarando as estrelas no teto e pensando que nunca mais queria ter de levantar
da cama. Tudo estava tão confortável, que, apesar de querer retornar para
Stanford, não queria me mexer. Fiquei até altas horas com os olhos vidrados nos
livros, enquanto Joe ficou sentado no chão assistindo à televisão que eu havia
ligado somente para ele. Fiquei surpresa por ouvir meus pais subindo as escadas
tarde da noite, e eles foram até meu quarto e minha mãe perguntou o que eu
poderia estar lendo àquela hora da noite.
— Deixe a
menina ler em paz, amor — ordenou meu pai dando-me uma piscadela quando fechava
a porta e me deixava sozinha com Joe.
Deus, como
eu estava bem por pelo menos uma pessoa saber o que estava acontecendo comigo.
Estava mais que grata por ter alguém como meu pai na vida. Acho que nunca o
amei mais, a não ser talvez naquela vez em que ele me presenteou com a fantasia
completa da Ariel.
— Descobri
algo muito útil — disse para Joe que estava deitado no chão olhando para as
estrelas, assim como eu.
— O quê? —
resmungou ele.
— Sei por
que eu consegui tocar você — fiz uma breve pausa. — E podemos fazer isso
novamente.
Ouvi-o
respirar fundo e se levantar. O que foi estranho porque ele não podia respirar.
Joe sentou-se na ponta de minha cama e me olhou seriamente.
— Você não está
brincando? — ele perguntou.
— Por que
eu faria isso? Nunca brincaria com uma coisa dessas — sussurrei sem olhar para
ele. Mas pude vê-lo sorrir pelo canto do olho.
— Eu não
acredito que você conseguiu. Eu realmente achava que nunca mais aquilo iria acontecer
— disse ele sorrindo. Sentei na cama e a luz do sol bateu em mim, fechei os
olhos para me acostumar com aquela luz forte repentina. Meu cabelo estava todo
emaranhado, para todos os lados. Mas quando abri os olhos... Joe me olhava
tão... digamos que ele parecia estar hipnotizado. Seus olhos não saíam de mim.
De todo o meu corpo. Uma garota simples e quase normal que podia vê-lo.
— Você é
tão... tão... tão... linda — murmurou ele com paixão. Eu lhe dei um meio
sorriso, minhas bochechas provavelmente estariam mais vermelhas que pimenta. Eu
iria dizer alguma coisa, mas ele se levantou e foi se sentar bem em minha
frente, a centímetros de mim. — Eu quero que você saiba uma coisa — ele
sussurrou. Meu pulso acelerou.
— O quê?
— Naquela
noite em que eu adormeci na sua porta — ele começou.
— Sim?
— Eu não
parei lá por acaso.
Eu franzi a
testa, estava prestes a perguntar o que ele queria dizer com aquilo quando ele
disse:
— Eu estava
lá por sua causa. Quando esbarrei em você no seu primeiro dia... eu senti algo.
Não sei o que era, era algo forte. Por isso eu não te ajudei a juntar suas
coisas que haviam caído. Eu apenas segui em frente. E depois... — ele fez uma
pequena pausa. — Aquilo não saía mais da minha cabeça, então eu perguntei para
algumas pessoas onde era seu quarto e fui até lá. Bati na porta de propósito na
esperança que fosse você que abrisse — ele parou. Eu queria ouvir mais.
— Você
sentiu mais alguma coisa quando eu apareci? — eu perguntei e ele assentiu. Meu
coração batia tão forte, eu sabia que ele poderia ouvi-lo. — Conte-me — pedi. Ele
fechou os olhos, seja o que fosse, era difícil para ele me dizer.
— Desde que
meus pais morreram tudo que eu sentia em relação às pessoas era tudo menos
amor. Quando abri meus olhos eu vi você com uma camiseta do Superman... ele
riu. — Foi como se você fosse meu sol. Tudo o que eu sentia perto de você era
apenas amor, bondade, tudo aquilo que eu havia trancado dentro de mim por anos.
— Por que
você não me disse nada? Pelo contrario, você me tratou mal.
— Eu não
queria que aquilo fosse verdade, então eu fiz o que eu sempre fiz com as
pessoas. Tratei-a mal.
— E quanto
à outra coisa? Por que não me contou?
— Depois
daquela noite eu pensei que você não me daria uma segunda chance. Não podia
simplesmente lançar pra você um “Ei, você faz meu mundo brilhar, quer ficar
comigo?” E depois descobri aquilo tudo com o Brian, e em seguida eu estava
morto — seus olhos estavam molhados e tristes. Ouvi-o com toda a minha
concentração e eu comecei a me sentir cada vez menor. Por que tudo na vida era
tão difícil?
— Eu iria —
disse depois de um tempo de puro silêncio.
— Iria o
quê?
— Dar uma
segunda chance a você. Eu sabia de alguma maneira que a sua rudeza era apenas
uma máscara. E que por trás dela havia um homem puro e cheio de amor e sinceridade
— eu olhei profundamente em seus olhos. — Eu estava certa — disse seriamente.
Ele, no entanto, sorriu.
— Como você
faz isso? — ele perguntou enquanto esfregava seus olhos para secar as lágrimas
que não haviam caído.
— Isso o quê?
— perguntei confusa.
— Me faz
feliz mesmo sendo um cara morto.
— Pra mim
você nunca esteve tão vivo.
— QUERIDA,
CAFÉ DA MANHÃ! — minha mãe gritou do andar de baixo.
Era de
tardezinha quando meu pai me levou para o campus. Ele me acompanhou até meu
quarto e pôs minha mochila em cima da cama.
Observou
bem meu alojamento antes de me dar um beijo na testa.
— Cuide-se
princesa — ele murmurou, soando preocupado. Antes de sair e fechar minha porta,
disse: — Vou conversar com o policial Lewis para ver como vão as coisas.
Talvez, quando pegarem o assassino, Joe deixe você em paz — ele disse e eu
sorri falsamente, porque eu NÃO queria que Joe fosse embora. Isso me assustou e
eu me senti estúpida.
Eu teria
que deixá-lo ir quando fosse a hora certa e não sabia se poderia suportar.
— Então me
fala qual é o segredo? — perguntou Joe atrás de mim. Quando me virei ele estava
esparramado em minha cama como se fosse dono do lugar.
— Pra
começar, pode ir tirando seus pés de minha cama e sente-se como uma pessoa
normal — respondi brincalhona.
Fui até meu
armário e tirei de lá uma caixa contendo um jogo de quebra-cabeça. Juntei
vários cadernos sobre a cama para ter algo plano para montarmos. O resultado
final seria a Monalisa.
— Então o
segredo é montar um quebra-cabeça?! — disse ele com divertimento.
— Cale a
boca — sentei-me em frente ao Joe em posição de índio, somente o jogo nos
separava. Eu só posso te tocar quando você está com muita, muita raiva... ou
quando você está totalmente relaxado. Não pode TER muitas coisas em sua mente.
Ficamos jogando xadrez horas antes do nosso primeiro toque acontecer, a sua
mente só tinha uma coisa em mente: o jogo.
— Hum — ele
não acreditou assim tão facilmente.
Montamos
por algumas horas, pois o quebra-cabeça era enorme e as peças, muito pequenas.
Tentei tocá-lo três vezes, mas minha mão o atravessou em todas as tentativas.
— Já está
relaxado? — perguntei quase que caindo sono. Ele parecia estar entediado.
— Se você
ficar me perguntando isso a cada cinco segundos eu nunca vou relaxar.
— Ei, não
use esse tom comigo — pedi, com uma leve irritação.
— Que tom?
— Ah,
esquece — resmunguei e bufei. Comecei a segurar a cabeça com a mão direita que
estava apoiada na perna. Fui dar um tapinha na testa de Joe, mas minha mão a
atravessou. Ele ficou irritado.
— Não faça
mais isso — Joe quase gritou. — Isso não está funcionando. Vamos parar.
— Eu digo
quando podemos parar — minha voz soou com autoridade.
Quando ele
fez cara feia eu me ajoelhei bem em cima de nosso jogo quase completo e comecei
a lhe dar vários tapas pelo corpo. Ou a tentar lhe dar tapas, mas minha mão
sempre o atravessava.
— Demi,
pare — ele pediu. Eu continuei, ele não sentia dor mesmo, então eu podia ficar
fazendo aquilo o dia inteiro.
Quando
minha mão foi em direção de seu rosto apenas ouvi um “Aí!” e senti minha mão
doer. Levei a outra indo para lhe dar um tapa, mas ele me impediu. Ficou ali
parado segurando meu pulso enquanto me encarava. Minha respiração era pesada,
meu coração batia a mil por hora.
Sem pensar
duas vezes sua mão livre foi até minha nuca e ele me puxou até seus lábios.
percebendo que os ataques de violência haviam acabado ele soltou meu pulso e
sua mão foi para debaixo de minha blusa. Nossas línguas se entrelaçavam
enquanto sua mão passeava pela minha barriga e ia subindo. Sua mão tocou em meu
seio por cima do sutiã e eu fiquei toda arrepiada. Tentei soltar minha boca da
sua para soltar um gemido, mas ele começou a beijar ainda mais apaixonadamente
do que antes.
— Você
quer? — perguntou ele entre as pausas de nossos beijos.
— Sim. Eu
quero você — sussurrei ofegante. Sentei-me sobre ele novamente, como na
primeira vez, e tirei sua camiseta. Quando a joguei para o chão, ela
simplesmente desapareceu. Se fosse em outra ocasião, eu iria tentar entender o
que havia acontecido, mas minha mente estava em outro lugar.
Pela
primeira vez, vi seu peito nu e aquilo me fascinou. Ele era tão... perfeito! Totalmente
musculoso e havia uma cicatriz reta e branca na horizontal em cima de seu
mamilo esquerdo. Enquanto eu tocava seu peito nu, ele beijava meu ombro, meu
pescoço... Ele estava prestes a tirar minha camiseta rosa quando...
— Por que
toda vez que eu abro a porta eu pego você estatelada em algum lugar? —
perguntou Vanessa seriamente quando abriu a porta do nosso quarto compartilhado
em Stanford.
— Ah, meu
Deus, eu estou sangrando! — quase grite quando vi sangue em minhas mãos. Minha
cara foi e direção à beirada direita da cama, meu nariz sangrava sem parar. Vanessa
estendeu um montinho de papel higiênico, quando levantei aos tropeços. — Você
quer mesmo saber, você quer mesmo saber o porquê dessas minhas maluquices? — perguntei
quase parecendo uma bêbada.
— Claro, vá
em frente — ordenou Vanessa enquanto parava em frente a sua cama e cruzava os
braços. Claro que foi depois que ela jogou a sua mala imensa sobre a própria
cama.
— O culpado
de tudo isso é o Joe. Pronto, falei. Eu me sinto melhor — disse, fanha por
enfiar uma boa porção de papel higiênico em minha narina direita.
— Você só
pode estar brincando. Isso é impossível, o carinha tá mortinho da silva Demi —
retrucou Vanessa permanecendo no mesmo lugar e com os braços cruzados. Escolhi
justo o dia em que ela estava séria de morrer. Seus cabelos ruivos encrespados
e os óculos de grau enormes pareciam até ameaçadores.
— Dã! É óbvio
que ele está morto. Estou dizendo que o fantasma dele ainda está aqui — disse
como se fosse a coisa mais normal do mundo.
Como meu
pai havia aceitado a história numa boa, eu concluí então que poderia acontecer
a mesma coisa com a Vanessa.
— Hum. Você
disse fantasma? — perguntou ela descruzando seus braços. Naquele momento ela
estava tensa.
— Sim.
Fantasma, Vanessa — quando disse isso ela soltou uma longa gargalhada. Eu
apenas fiquei olhando para ela com papel enfiado em meu nariz seriamente.
Somente quando Joe apareceu e eu comecei a falar com ele na frente dela que Vanessa
começou a prestar atenção em mim.
— Por onde
você andou, seu frangote? — perguntei irritada. As risadas de Vanessa cessaram
e Joe percebeu o que estava havendo.
— Eu não
acho que essa seja uma boa ideia — disse ele assustado.
— Tarde
demais pra isso, colega.
— Ei, não
foi culpa minha, tá legal? Quando eu fico nervoso eu meio que desapareço —
retrucou Joe irritado.
— Mas você
podia ter avisado antes. Ë a segunda vez que eu me machuco por sua causa — eu
disse, fanha, com o dedo indicador apontado para ele. Joe soltou uma risada por
causa de minha voz.
— Não se
atreva... — falei assustadoramente e ele parou.
— Então ele
está aqui? — perguntou Vanessa se aproximando mais de mim.
—
Infelizmente sim — murmurei ainda irritada... e fanha. Era para eu estar
irritada com Vanessa, era ela afinal que havia pela segunda vez nos interrompido
bem no momento que as coisas estavam esquentando...
— Demi,
você sabe que eu te amo, mas isso é uma loucura total — sussurrou ela parecendo
uma psicóloga nerd.
— Faça
alguma coisa — ordenei para Joe. Ele apenas franziu as sobrancelhas e fez uma
careta.
— Fazer o
quê?
— Pisque as
luzes, mova alguma coisa. Qualquer coisa. — Vanessa apenas me olhava com
atenção.
— Somente
faço essas coisas quando estou muito irritado.
Eu revirei
os olhos e disse para a Vanessa:
— Ele só
faz isso quando está muito irritado — ela apenas um sorrisinho falso. Eu bufei
e me voltei para Joe novamente. — Joe faça qualquer coisa, ela não acredita em
mim — pedi.
— Ótimo, eu
vou tentar — disse ele por fim.
— Ele vai
tentar — eu anunciei sorrindo para Vanessa. —Mas, se você não acreditar em mim,
pode perguntar Brian, o assassino, e especialmente para Aaron. Eles viram o que
Joe pode fazer. Eles pensam que eu tenho tipo de poder... o que na verdade é
legal — sorri mais ainda.
— Bom,
Aaron me disse o que aconteceu. Ele ficou apavorado — disse ela pensando no
assunto.
— Não estou
conseguindo — Joe proclamou entre- dentes.
— Que tipo
de fantasma você é? Nossa, não consegue nem mexer um lápis. Deus do céu! — fiz
de propósito só para ele ficar irritado. E funcionou. A minha cama e a de Vanessa
começaram a tremer, a porta do banheiro se fechou e todos os meus livros voaram
pelo quarto. Até eu fiquei impressionada. — Hum, nada mal — murmurei ainda
fanha.
Joe apenas
encarava o chão. E Vanessa, bom... ela estava com os olhos esbugalhados e
olhava para mim. Foi arrepiante.
— Ele está
mesmo aqui? — sussurrou ela ainda apavorada.
— Foi o que
eu estava tentando te dizer desde o começo. Mas não se preocupe, ele não é do
mal. Pelo menos não para você.
— Me
desculpe, Demi. Não foi minha intenção te machucar, eu prometo que não vai
acontecer outra vez — anunciou ele tristemente. Eu levei um tempo até dizer
algo de volta.
— Tudo bem,
desde que não aconteça novamente — eu disse, e ele assentiu com a cabeça. Eu
finalmente tirei o papel do nariz.
— O que ele
está dizendo? — perguntou Vanessa olhando para todos os lados para ver se ela
podia ver ele também.
— Ele está
pedindo desculpas por ter me machucado.
— Como,
exatamente... — ela começou a perguntar, mas eu a interrompi, respondendo o que
ela tinha em mente.
— Estávamos
nos beijando, ele desapareceu e eu me desequilibrei — se Vanessa não estava tão
assustada antes, isso mexeu com ela.
— Você
beija um fantasma? Como isso é possível?
— Eu achei
esse livro super maneiro da minha avó que também via fantasmas e decidimos
tentar o que ele indicava pra ver se funcionava. Já havíamos nos beijado antes,
então apenas estávamos tentando que acontecesse de novo.
— Hum.
Estou sem palavras — disse ela por fim, totalmente amedrontada. Ela foi
caminhando até mim ligeiramente, e sinceramente eu pensei que ela ia me
esfaquear com alguma faca invisível, mas tudo o que ela fez foi atirar seus
braços em minha volta. — MUITO OBRIGADO PELO PÔSTER! — gritou ela sorrindo e me
abraçando apertado. — Foi o melhor presente do ano — continuou ela feliz da
vida. Naquele momento era eu quem estava sem palavras.
Quando o
abraço se desfez ela me deu um rápido beijo na bochecha (com um grande smack) e
correu até sua mala. Tirou de dentro o pôster que eu havia lhe dado e começou a
grudá-lo ao lado do pôster do filme O diário da nossa Virei-me para ver Joe e
ele também estava sem palavras apenas nos encaramos por um tempo e viramos para
Vanessa que guardava seu pôster toda faceira. Enquanto recolhia os livros que Joe
havia espalhado por todo o quarto, eu perguntei a Vanessa.
— Então
você não se...
— Se eu não
me incomodo que você e Jonaszinho ficam se entrosando aqui e ali? Para a sua
informação, Demizinha, eu já vi um fantasma uma vez. Eu tive certeza porque eu
podia ver através dele, então eu sei com certeza que fantasmas são reais.
— Então
porque ficou tão assustada quando falei?
— Porque eu
sinceramente pensei que você tinha enlouquecido. Quais as chances de uma pessoa
do campus realmente ver o espírito de Joe? Quase zero. Mas não se preocupe,
depois do showzinho que ele deu, você para mim parece totalmente sã.
— Nossa,
que alívio — não sei se isso saiu da maneira que deveria ter saído. — Por
favor, não conte a Aaron, ele já está tão apavorado com tudo que está
acontecendo, ele não precisa de outra coisa bizarra em sua vida. E não fale ao Ster
também...
— Relaxe, Demizinha,
seu segredo está guardado comigo.
— Ah,
obrigada, Van — disse enquanto a abraçava. Não sei por que algum dia eu pensei
que Vanessa não entenderia.
— Você é a
minha melhor amiga. Amo você.
— Amo você
— ela disse e eu sorri de felicidade.
— Agora me
conte como foi seu Natal — pedi para Vanessa. Sentamos em sua cama e ela
começou a me contar os melhores momentos. Pude sentir Joe nos observando, e,
quando olhei para ele, seu rosto estava radiante. Ele parecia brilhar, e
sorria. Sorri de volta, ele fez um sinal de que voltaria depois e ele foi
desaparecendo aos poucos.
— Meus pais
adoraram o Aaron. Acho que pela primeira vez eles sentiram orgulho de mim. Não
os vi assim tão orgulhosos e felizes com minha escolha, nem quando fui aceita na
faculdade. Que decepção, meus pais são um caso perdido. A única coisa que
ganhei de Natal foi roupas, então imagine o meu surto quando abri o seu
presente. Comecei a gritar e toda a minha família me olhava como se eu fosse
uma louca varrida. Mas eu não liguei, fiquei feliz naquele momento por ter
ganho algo que eu realmente queria. Graças a você, meu Natal foi salvo — disse
ela sorrindo.
— E o seu?
— Foi legal
— não quis dizer “maravilhoso” porque não queria que ela se sentisse
desafortunada por ter uma família tão desapegada e eu sabia como ela não
gostava de reuniões de família. — Meu pai montou a melhor árvore de Natal do
planeta, ganhei o iPod de 60 gigas que eu queria de minha mãe, Joe conheceu meus
pais e eu contei o segredo sobre o Joe ao meu pai. Foi aí que ele me disse que
minha avô Marylin também podia vê-los, mas ela via a todos, eu apenas vejo Joe...
por alguma razão.
— Ele
aceitou numa boa?
— Com
certeza ele aceitou mais facilmente que você — respondi sorrindo. — Ele acha
que Joe me assombra.
— Não
acredito — ambas soltamos uma gargalhada alta — Eu quis te contar tantas outras
vezes, mas...
— Pare. Eu
sei que isso deve ser difícil pra você. Eu entendo, então não precisa se
desculpar por nada — murmurou ela muito compreensiva.
— Obrigada
— agradeci por fim.
— Por quê?
— Por me
aguentar por todos esses meses, me aceitar da maneira que eu sou. Não existem
muitas pessoas boas como você — confessei com seriedade.
— Fico
feliz de ter você como amiga. Você arrasa, Cachinhos.
— Nossa,
não ouço essa desde os tempos de escola, ugh — ela sorriu.
XOXO Neia *-*
Chegou um novo capitulo :) disse que não ia demorar gente.
ESTOU EM ÊXTASE!! ELES TOCARAM-SE OUTRA VEZ!! E A VANESSA INTERROMPEU DE NOVO!!! Kkkk desculpem, fiquei entusiasmada :p
Então a Vanessa interrompeu (de novo) e a Demi magoou-se (de novo), tadinha né gente....mas eu gosto muito da amizade delas duas, vocês não?? Afinal o "poder" da Demi já vem de familia, quem diria??
Previsões para o próximo cap. gente?? Deixem nos comentários :)
Respondendo ao coment: respondi no poste anterior mas volto a responder (até é melhor) sei sim que vai haver encontro de lovatics em Lisboa mas não vou porque é muito longe para mim e não conheço lá nada e não me iria aventurar sozinha a ir pra lá....tenho mesmo muita pena de não poder ir :(
Prontos gente, fiquem bem e comentem muito para mais
Kiss <3
posta logo, essa vanessa sempre atrapalhando a Demi e o Joe
ResponderEliminarAdorei. Desculpe por não comentar muito mas as vezes leio no trabalho rapidinho. :P
ResponderEliminarAmei!!
ResponderEliminarPosta logo
Ficou perfeito esse capítulo. Gente essa Vanessa não cansa não? Toda vez ela atrapalha... Pelo menos ela acredita na Dem né? Posta mais :)
ResponderEliminarFabíola Barboza
POOOOOOOOOSSSSSSSTTTTTTTTTAAAAAAAAAAAAAAAAA porfavor
ResponderEliminarPosta por favor
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