domingo, 29 de junho de 2014

O Sussurrar de Uma Garota Apaixonada – Capitulo 15


Acordei rodeada pelos livros e com um sobre meu estômago. Fiquei um pouco na cama encarando as estrelas no teto e pensando que nunca mais queria ter de levantar da cama. Tudo estava tão confortável, que, apesar de querer retornar para Stanford, não queria me mexer. Fiquei até altas horas com os olhos vidrados nos livros, enquanto Joe ficou sentado no chão assistindo à televisão que eu havia ligado somente para ele. Fiquei surpresa por ouvir meus pais subindo as escadas tarde da noite, e eles foram até meu quarto e minha mãe perguntou o que eu poderia estar lendo àquela hora da noite.
— Deixe a menina ler em paz, amor — ordenou meu pai dando-me uma piscadela quando fechava a porta e me deixava sozinha com Joe.
Deus, como eu estava bem por pelo menos uma pessoa saber o que estava acontecendo comigo. Estava mais que grata por ter alguém como meu pai na vida. Acho que nunca o amei mais, a não ser talvez naquela vez em que ele me presenteou com a fantasia completa da Ariel.
— Descobri algo muito útil — disse para Joe que estava deitado no chão olhando para as estrelas, assim como eu.
— O quê? — resmungou ele.
— Sei por que eu consegui tocar você — fiz uma breve pausa. — E podemos fazer isso novamente.
Ouvi-o respirar fundo e se levantar. O que foi estranho porque ele não podia respirar. Joe sentou-se na ponta de minha cama e me olhou seriamente.
— Você não está brincando? — ele perguntou.
— Por que eu faria isso? Nunca brincaria com uma coisa dessas — sussurrei sem olhar para ele. Mas pude vê-lo sorrir pelo canto do olho.
— Eu não acredito que você conseguiu. Eu realmente achava que nunca mais aquilo iria acontecer — disse ele sorrindo. Sentei na cama e a luz do sol bateu em mim, fechei os olhos para me acostumar com aquela luz forte repentina. Meu cabelo estava todo emaranhado, para todos os lados. Mas quando abri os olhos... Joe me olhava tão... digamos que ele parecia estar hipnotizado. Seus olhos não saíam de mim. De todo o meu corpo. Uma garota simples e quase normal que podia vê-lo.
— Você é tão... tão... tão... linda — murmurou ele com paixão. Eu lhe dei um meio sorriso, minhas bochechas provavelmente estariam mais vermelhas que pimenta. Eu iria dizer alguma coisa, mas ele se levantou e foi se sentar bem em minha frente, a centímetros de mim. — Eu quero que você saiba uma coisa — ele sussurrou. Meu pulso acelerou.
— O quê?
— Naquela noite em que eu adormeci na sua porta — ele começou.
— Sim?
— Eu não parei lá por acaso.
Eu franzi a testa, estava prestes a perguntar o que ele queria dizer com aquilo quando ele disse:
— Eu estava lá por sua causa. Quando esbarrei em você no seu primeiro dia... eu senti algo. Não sei o que era, era algo forte. Por isso eu não te ajudei a juntar suas coisas que haviam caído. Eu apenas segui em frente. E depois... — ele fez uma pequena pausa. — Aquilo não saía mais da minha cabeça, então eu perguntei para algumas pessoas onde era seu quarto e fui até lá. Bati na porta de propósito na esperança que fosse você que abrisse — ele parou. Eu queria ouvir mais.
— Você sentiu mais alguma coisa quando eu apareci? — eu perguntei e ele assentiu. Meu coração batia tão forte, eu sabia que ele poderia ouvi-lo. — Conte-me — pedi. Ele fechou os olhos, seja o que fosse, era difícil para ele me dizer.
— Desde que meus pais morreram tudo que eu sentia em relação às pessoas era tudo menos amor. Quando abri meus olhos eu vi você com uma camiseta do Superman... ele riu. — Foi como se você fosse meu sol. Tudo o que eu sentia perto de você era apenas amor, bondade, tudo aquilo que eu havia trancado dentro de mim por anos.
— Por que você não me disse nada? Pelo contrario, você me tratou mal.
— Eu não queria que aquilo fosse verdade, então eu fiz o que eu sempre fiz com as pessoas. Tratei-a mal.
— E quanto à outra coisa? Por que não me contou?
— Depois daquela noite eu pensei que você não me daria uma segunda chance. Não podia simplesmente lançar pra você um “Ei, você faz meu mundo brilhar, quer ficar comigo?” E depois descobri aquilo tudo com o Brian, e em seguida eu estava morto — seus olhos estavam molhados e tristes. Ouvi-o com toda a minha concentração e eu comecei a me sentir cada vez menor. Por que tudo na vida era tão difícil?
— Eu iria — disse depois de um tempo de puro silêncio.
— Iria o quê?
— Dar uma segunda chance a você. Eu sabia de alguma maneira que a sua rudeza era apenas uma máscara. E que por trás dela havia um homem puro e cheio de amor e sinceridade — eu olhei profundamente em seus olhos. — Eu estava certa — disse seriamente. Ele, no entanto, sorriu.
— Como você faz isso? — ele perguntou enquanto esfregava seus olhos para secar as lágrimas que não haviam caído.
— Isso o quê? — perguntei confusa.
— Me faz feliz mesmo sendo um cara morto.
— Pra mim você nunca esteve tão vivo.
— QUERIDA, CAFÉ DA MANHÃ! — minha mãe gritou do andar de baixo.
Era de tardezinha quando meu pai me levou para o campus. Ele me acompanhou até meu quarto e pôs minha mochila em cima da cama.
Observou bem meu alojamento antes de me dar um beijo na testa.
— Cuide-se princesa — ele murmurou, soando preocupado. Antes de sair e fechar minha porta, disse: — Vou conversar com o policial Lewis para ver como vão as coisas. Talvez, quando pegarem o assassino, Joe deixe você em paz — ele disse e eu sorri falsamente, porque eu NÃO queria que Joe fosse embora. Isso me assustou e eu me senti estúpida.
Eu teria que deixá-lo ir quando fosse a hora certa e não sabia se poderia suportar.
— Então me fala qual é o segredo? — perguntou Joe atrás de mim. Quando me virei ele estava esparramado em minha cama como se fosse dono do lugar.
— Pra começar, pode ir tirando seus pés de minha cama e sente-se como uma pessoa normal — respondi brincalhona.
Fui até meu armário e tirei de lá uma caixa contendo um jogo de quebra-cabeça. Juntei vários cadernos sobre a cama para ter algo plano para montarmos. O resultado final seria a Monalisa.
— Então o segredo é montar um quebra-cabeça?! — disse ele com divertimento.
— Cale a boca — sentei-me em frente ao Joe em posição de índio, somente o jogo nos separava. Eu só posso te tocar quando você está com muita, muita raiva... ou quando você está totalmente relaxado. Não pode TER muitas coisas em sua mente. Ficamos jogando xadrez horas antes do nosso primeiro toque acontecer, a sua mente só tinha uma coisa em mente: o jogo.
— Hum — ele não acreditou assim tão facilmente.
Montamos por algumas horas, pois o quebra-cabeça era enorme e as peças, muito pequenas. Tentei tocá-lo três vezes, mas minha mão o atravessou em todas as tentativas.
— Já está relaxado? — perguntei quase que caindo sono. Ele parecia estar entediado.
— Se você ficar me perguntando isso a cada cinco segundos eu nunca vou relaxar.
— Ei, não use esse tom comigo — pedi, com uma leve irritação.
— Que tom?
— Ah, esquece — resmunguei e bufei. Comecei a segurar a cabeça com a mão direita que estava apoiada na perna. Fui dar um tapinha na testa de Joe, mas minha mão a atravessou. Ele ficou irritado.
— Não faça mais isso — Joe quase gritou. — Isso não está funcionando. Vamos parar.
— Eu digo quando podemos parar — minha voz soou com autoridade.
Quando ele fez cara feia eu me ajoelhei bem em cima de nosso jogo quase completo e comecei a lhe dar vários tapas pelo corpo. Ou a tentar lhe dar tapas, mas minha mão sempre o atravessava.
— Demi, pare — ele pediu. Eu continuei, ele não sentia dor mesmo, então eu podia ficar fazendo aquilo o dia inteiro.
Quando minha mão foi em direção de seu rosto apenas ouvi um “Aí!” e senti minha mão doer. Levei a outra indo para lhe dar um tapa, mas ele me impediu. Ficou ali parado segurando meu pulso enquanto me encarava. Minha respiração era pesada, meu coração batia a mil por hora.
Sem pensar duas vezes sua mão livre foi até minha nuca e ele me puxou até seus lábios. percebendo que os ataques de violência haviam acabado ele soltou meu pulso e sua mão foi para debaixo de minha blusa. Nossas línguas se entrelaçavam enquanto sua mão passeava pela minha barriga e ia subindo. Sua mão tocou em meu seio por cima do sutiã e eu fiquei toda arrepiada. Tentei soltar minha boca da sua para soltar um gemido, mas ele começou a beijar ainda mais apaixonadamente do que antes.
— Você quer? — perguntou ele entre as pausas de nossos beijos.
— Sim. Eu quero você — sussurrei ofegante. Sentei-me sobre ele novamente, como na primeira vez, e tirei sua camiseta. Quando a joguei para o chão, ela simplesmente desapareceu. Se fosse em outra ocasião, eu iria tentar entender o que havia acontecido, mas minha mente estava em outro lugar.
Pela primeira vez, vi seu peito nu e aquilo me fascinou. Ele era tão... perfeito! Totalmente musculoso e havia uma cicatriz reta e branca na horizontal em cima de seu mamilo esquerdo. Enquanto eu tocava seu peito nu, ele beijava meu ombro, meu pescoço... Ele estava prestes a tirar minha camiseta rosa quando...
— Por que toda vez que eu abro a porta eu pego você estatelada em algum lugar? — perguntou Vanessa seriamente quando abriu a porta do nosso quarto compartilhado em Stanford.
— Ah, meu Deus, eu estou sangrando! — quase grite quando vi sangue em minhas mãos. Minha cara foi e direção à beirada direita da cama, meu nariz sangrava sem parar. Vanessa estendeu um montinho de papel higiênico, quando levantei aos tropeços. — Você quer mesmo saber, você quer mesmo saber o porquê dessas minhas maluquices? — perguntei quase parecendo uma bêbada.
— Claro, vá em frente — ordenou Vanessa enquanto parava em frente a sua cama e cruzava os braços. Claro que foi depois que ela jogou a sua mala imensa sobre a própria cama.
— O culpado de tudo isso é o Joe. Pronto, falei. Eu me sinto melhor — disse, fanha por enfiar uma boa porção de papel higiênico em minha narina direita.
— Você só pode estar brincando. Isso é impossível, o carinha tá mortinho da silva Demi — retrucou Vanessa permanecendo no mesmo lugar e com os braços cruzados. Escolhi justo o dia em que ela estava séria de morrer. Seus cabelos ruivos encrespados e os óculos de grau enormes pareciam até ameaçadores.
— Dã! É óbvio que ele está morto. Estou dizendo que o fantasma dele ainda está aqui — disse como se fosse a coisa mais normal do mundo.
Como meu pai havia aceitado a história numa boa, eu concluí então que poderia acontecer a mesma coisa com a Vanessa.
— Hum. Você disse fantasma? — perguntou ela descruzando seus braços. Naquele momento ela estava tensa.
— Sim. Fantasma, Vanessa — quando disse isso ela soltou uma longa gargalhada. Eu apenas fiquei olhando para ela com papel enfiado em meu nariz seriamente. Somente quando Joe apareceu e eu comecei a falar com ele na frente dela que Vanessa começou a prestar atenção em mim.
— Por onde você andou, seu frangote? — perguntei irritada. As risadas de Vanessa cessaram e Joe percebeu o que estava havendo.
— Eu não acho que essa seja uma boa ideia — disse ele assustado.
— Tarde demais pra isso, colega.
— Ei, não foi culpa minha, tá legal? Quando eu fico nervoso eu meio que desapareço — retrucou Joe irritado.
— Mas você podia ter avisado antes. Ë a segunda vez que eu me machuco por sua causa — eu disse, fanha, com o dedo indicador apontado para ele. Joe soltou uma risada por causa de minha voz.
— Não se atreva... — falei assustadoramente e ele parou.
— Então ele está aqui? — perguntou Vanessa se aproximando mais de mim.
— Infelizmente sim — murmurei ainda irritada... e fanha. Era para eu estar irritada com Vanessa, era ela afinal que havia pela segunda vez nos interrompido bem no momento que as coisas estavam esquentando...
— Demi, você sabe que eu te amo, mas isso é uma loucura total — sussurrou ela parecendo uma psicóloga nerd.
— Faça alguma coisa — ordenei para Joe. Ele apenas franziu as sobrancelhas e fez uma careta.
— Fazer o quê?
— Pisque as luzes, mova alguma coisa. Qualquer coisa. — Vanessa apenas me olhava com atenção.
— Somente faço essas coisas quando estou muito irritado.
Eu revirei os olhos e disse para a Vanessa:
— Ele só faz isso quando está muito irritado — ela apenas um sorrisinho falso. Eu bufei e me voltei para Joe novamente. — Joe faça qualquer coisa, ela não acredita em mim — pedi.
— Ótimo, eu vou tentar — disse ele por fim.
— Ele vai tentar — eu anunciei sorrindo para Vanessa. —Mas, se você não acreditar em mim, pode perguntar Brian, o assassino, e especialmente para Aaron. Eles viram o que Joe pode fazer. Eles pensam que eu tenho tipo de poder... o que na verdade é legal — sorri mais ainda.
— Bom, Aaron me disse o que aconteceu. Ele ficou apavorado — disse ela pensando no assunto.
— Não estou conseguindo — Joe proclamou entre- dentes.
— Que tipo de fantasma você é? Nossa, não consegue nem mexer um lápis. Deus do céu! — fiz de propósito só para ele ficar irritado. E funcionou. A minha cama e a de Vanessa começaram a tremer, a porta do banheiro se fechou e todos os meus livros voaram pelo quarto. Até eu fiquei impressionada. — Hum, nada mal — murmurei ainda fanha.
Joe apenas encarava o chão. E Vanessa, bom... ela estava com os olhos esbugalhados e olhava para mim. Foi arrepiante.
— Ele está mesmo aqui? — sussurrou ela ainda apavorada.
— Foi o que eu estava tentando te dizer desde o começo. Mas não se preocupe, ele não é do mal. Pelo menos não para você.
— Me desculpe, Demi. Não foi minha intenção te machucar, eu prometo que não vai acontecer outra vez — anunciou ele tristemente. Eu levei um tempo até dizer algo de volta.
— Tudo bem, desde que não aconteça novamente — eu disse, e ele assentiu com a cabeça. Eu finalmente tirei o papel do nariz.
— O que ele está dizendo? — perguntou Vanessa olhando para todos os lados para ver se ela podia ver ele também.
— Ele está pedindo desculpas por ter me machucado.
— Como, exatamente... — ela começou a perguntar, mas eu a interrompi, respondendo o que ela tinha em mente.
— Estávamos nos beijando, ele desapareceu e eu me desequilibrei — se Vanessa não estava tão assustada antes, isso mexeu com ela.
— Você beija um fantasma? Como isso é possível?
— Eu achei esse livro super maneiro da minha avó que também via fantasmas e decidimos tentar o que ele indicava pra ver se funcionava. Já havíamos nos beijado antes, então apenas estávamos tentando que acontecesse de novo.
— Hum. Estou sem palavras — disse ela por fim, totalmente amedrontada. Ela foi caminhando até mim ligeiramente, e sinceramente eu pensei que ela ia me esfaquear com alguma faca invisível, mas tudo o que ela fez foi atirar seus braços em minha volta. — MUITO OBRIGADO PELO PÔSTER! — gritou ela sorrindo e me abraçando apertado. — Foi o melhor presente do ano — continuou ela feliz da vida. Naquele momento era eu quem estava sem palavras.
Quando o abraço se desfez ela me deu um rápido beijo na bochecha (com um grande smack) e correu até sua mala. Tirou de dentro o pôster que eu havia lhe dado e começou a grudá-lo ao lado do pôster do filme O diário da nossa Virei-me para ver Joe e ele também estava sem palavras apenas nos encaramos por um tempo e viramos para Vanessa que guardava seu pôster toda faceira. Enquanto recolhia os livros que Joe havia espalhado por todo o quarto, eu perguntei a Vanessa.
— Então você não se...
— Se eu não me incomodo que você e Jonaszinho ficam se entrosando aqui e ali? Para a sua informação, Demizinha, eu já vi um fantasma uma vez. Eu tive certeza porque eu podia ver através dele, então eu sei com certeza que fantasmas são reais.
— Então porque ficou tão assustada quando falei?
— Porque eu sinceramente pensei que você tinha enlouquecido. Quais as chances de uma pessoa do campus realmente ver o espírito de Joe? Quase zero. Mas não se preocupe, depois do showzinho que ele deu, você para mim parece totalmente sã.
— Nossa, que alívio — não sei se isso saiu da maneira que deveria ter saído. — Por favor, não conte a Aaron, ele já está tão apavorado com tudo que está acontecendo, ele não precisa de outra coisa bizarra em sua vida. E não fale ao Ster também...
— Relaxe, Demizinha, seu segredo está guardado comigo.
— Ah, obrigada, Van — disse enquanto a abraçava. Não sei por que algum dia eu pensei que Vanessa não entenderia.
— Você é a minha melhor amiga. Amo você.
— Amo você — ela disse e eu sorri de felicidade.
— Agora me conte como foi seu Natal — pedi para Vanessa. Sentamos em sua cama e ela começou a me contar os melhores momentos. Pude sentir Joe nos observando, e, quando olhei para ele, seu rosto estava radiante. Ele parecia brilhar, e sorria. Sorri de volta, ele fez um sinal de que voltaria depois e ele foi desaparecendo aos poucos.
— Meus pais adoraram o Aaron. Acho que pela primeira vez eles sentiram orgulho de mim. Não os vi assim tão orgulhosos e felizes com minha escolha, nem quando fui aceita na faculdade. Que decepção, meus pais são um caso perdido. A única coisa que ganhei de Natal foi roupas, então imagine o meu surto quando abri o seu presente. Comecei a gritar e toda a minha família me olhava como se eu fosse uma louca varrida. Mas eu não liguei, fiquei feliz naquele momento por ter ganho algo que eu realmente queria. Graças a você, meu Natal foi salvo — disse ela sorrindo.
— E o seu?
— Foi legal — não quis dizer “maravilhoso” porque não queria que ela se sentisse desafortunada por ter uma família tão desapegada e eu sabia como ela não gostava de reuniões de família. — Meu pai montou a melhor árvore de Natal do planeta, ganhei o iPod de 60 gigas que eu queria de minha mãe, Joe conheceu meus pais e eu contei o segredo sobre o Joe ao meu pai. Foi aí que ele me disse que minha avô Marylin também podia vê-los, mas ela via a todos, eu apenas vejo Joe... por alguma razão.
— Ele aceitou numa boa?
— Com certeza ele aceitou mais facilmente que você — respondi sorrindo. — Ele acha que Joe me assombra.
— Não acredito — ambas soltamos uma gargalhada alta — Eu quis te contar tantas outras vezes, mas...
— Pare. Eu sei que isso deve ser difícil pra você. Eu entendo, então não precisa se desculpar por nada — murmurou ela muito compreensiva.
— Obrigada — agradeci por fim.
— Por quê?
— Por me aguentar por todos esses meses, me aceitar da maneira que eu sou. Não existem muitas pessoas boas como você — confessei com seriedade.
— Fico feliz de ter você como amiga. Você arrasa, Cachinhos.
— Nossa, não ouço essa desde os tempos de escola, ugh — ela sorriu.









XOXO Neia *-*
Chegou um novo capitulo :) disse que não ia demorar gente.
ESTOU EM ÊXTASE!! ELES TOCARAM-SE  OUTRA VEZ!! E A VANESSA INTERROMPEU DE NOVO!!! Kkkk desculpem, fiquei entusiasmada :p 
Então a Vanessa interrompeu (de novo) e a Demi magoou-se (de novo), tadinha né gente....mas eu gosto muito da amizade delas duas, vocês não?? Afinal o "poder" da Demi já vem de familia, quem diria??
Previsões para o próximo cap. gente?? Deixem nos comentários :)

Respondendo ao coment: respondi no poste anterior mas volto a responder (até é melhor) sei sim que vai haver encontro de lovatics em Lisboa mas não vou porque é muito longe para mim e não conheço lá nada e não me iria aventurar sozinha a ir pra lá....tenho mesmo muita pena de não poder ir :(

Prontos gente, fiquem bem e comentem muito para mais 
Kiss <3

6 comentários:

  1. posta logo, essa vanessa sempre atrapalhando a Demi e o Joe

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  2. Adorei. Desculpe por não comentar muito mas as vezes leio no trabalho rapidinho. :P

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  3. Ficou perfeito esse capítulo. Gente essa Vanessa não cansa não? Toda vez ela atrapalha... Pelo menos ela acredita na Dem né? Posta mais :)
    Fabíola Barboza

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  4. POOOOOOOOOSSSSSSSTTTTTTTTTAAAAAAAAAAAAAAAAA porfavor

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