terça-feira, 10 de junho de 2014

O Sussurrar de Uma Garota Apaixonada – Capitulo 12


Eu estava em uma rua bem parecida com um beco, estreita e escura. A luz da lua iluminava mal aquela escuridão. Uma única luz pendia naquela ruazinha. Havia uma caçamba de lixo azul muito grande atrás do assassino e de sua vítima. Havia uma pessoa sobre o corpo imóvel de um garoto. Sabia disso que a vítima era um garoto pelas calças e tênis masculinos. Não conseguia ver nenhum dos rostos.
Minha respiração aumentou, uma rajada de vento frio veio em minhas costas, o que me fez gemer. Se eu pensava que aquela cena era assustadora, eu não poderia achar uma palavra tão horripilante para descrever o aconteceu em seguida.
Com meu gemido por causa do frio, o assassino reparou em minha presença. Sua cabeça virou para trás com uma rapidez impressionante, o que me fez querer correr e gritar, Ele levantou-se devagarzinho e simplesmente ficou parado ao lado do corpo, me encarando. Por algum motivo eu ainda estava ali, parada diante do assassino. Joe me pediu novamente para que corresse, mas eu não podia fazer isso eu: conhecia o garoto que estava ao chão, não poderia deixá-lo para morrer nas mãos de um lunático.
Você deve estar se perguntando se eu conhecia o assassino. Eu não poderia responder a essa pergunta. Por quê? Bom, ele vestia um sobretudo preto, tênis comuns pretos, luvas pretas e, além de tudo, uma máscara preta, sabe o que os ladrões usam quando vão assaltar um banco ou qualquer outra coisa? Como uma touca preta que vai até o pescoço, deixando somente buracos para os olhos e talvez a boca. Mas nenhum buraco mostrava sua boca, somente dois furinhos mínimos para os olhos, tornando-os impossíveis de reconhecer.
Ele deu dois passos em minha direção e parou. Talvez me avaliando, ou pensando se iria até mim ou não. Ele se decidiu. Deu outro passo para minha direção, e outro.
— Não chegue perto de mim ou vou gritar — anunciei confiante.
Peguei minhas chaves em meu bolso e deslizei suas partes afiadas entre meus dedos. Ele escutou o tintilar de chaves e viu o que estava fazendo. Foi quando ele parou.
Com isso olhei rapidamente para Joe. Sua expressão me fez ter medo, seus punhos estavam fechados. Fiquei feliz em estar ao lado dele, porque eu temia o que ele poderia lazer para a pessoa que havia tirado sua vida.
Quando o assassino deu outro passo cm minha direção, duas lâmpadas da rua de trás explodiram, e eu ele soltei um rito rouco, sobressaltada. A única luz que havia naquela ruazinha piscava feito louca, dois jornais que descansavam no chão levantaram voo. A caçamba imensa começou a tremer violentamente, a tampa se abriu com um forte estalo. O assassino, assim como eu, observava todos aqueles acontecimentos. Depois que a caçamba saiu do chão ele virou o rosto mascarado para mim, seu peito arfando. Ele virou as costas e correu para o fundo da ruazinha.
— Peça ajuda — disse Joe e começou a correr atrás do seu próprio assassino.
E quanto a mim? Eu corri até o garoto apagado no chão e me atirei a seu lado. Seu pescoço estava muito vermelho, com as marcas das luvas pretas do assassino que acabara de correr. Encostei a cabeça em seu peito e senti uma respirada, soltei um sorriso de alívio. Coloquei a mão direita no bolso mas não encontrei o que estava procurando. Ótimo, justo hoje meu celular estava em cima de minha cama carregando e eu ali precisando dele! O que poderia fazer agora?
— Preciso de ajuda — soltei não muito alto. — ALGUEM ME AJUDE! POR FAVOR! EU PRECISO DE AJUDA - gritei dessa vez com todas as minhas forças. Deve ter sido um milagre que Aaron não houvesse acordado. Sim, Aaron. Vanessa iria surtar quando soubesse que seu  Boy Toy quase tinha se tornado a próxima vítima do serial killer do  campus.
— ALGUÉM! POR FAVOR! — gritei e nada, ALGUÉM ME AJUDE! — apenas silêncio. Comecei a choram. Peguei a mão de Aaron e a apertei na minha. — Vai ficar tudo bem — sussurrei para ele. Olhei para ambos os lados com alguma esperança e nada. Sabe aqueles filmes de terror quando a mulher gostosa grita por ajuda e ninguém aparece? , conheço a sensação. E não, eu não me acho gostosa. Decidi tentar novamente e o que saiu foi assustador até para mim. Eu poderia ser contratada para qualquer filme de terror sendo a garota que grita por ajuda.
Ouvi passos quase que silenciosos vindos em minha direita. Olhei assustada e um rosto amável apareceu para meu resgate das sombras.
— Liv — disse seu nome com uma voz chorosa e fui correndo até ela. Abracei-a com muita força, mas ela não reclamou. Ela me abraçou de volta e disse que tudo ficaria bem. Sua voz estava muito assustada e seu coração batia a mil por hora. Tirei minha cabeça de seu peito quando duas viaturas de policia chegaram quase que se batendo. Senti uma pontada de felicidade quando vi o rosto de autoridade do policial Lewis, e fiquei sabendo naquele momento que ele iria, sim, de fato, pegar o assassino. E eu podia sentir que estava próximo, muito próximo, de isso acontecer.
Uma ambulância chegou momentos depois, antes mesmo de Lewis conseguir chegar até mim e Olivia, a professora de Anatomia Descritiva. Dois paramédicos correram até Aaron e o colocaram em uma maca. Quando um deles veio até mim, que ainda permanecia nos braços amorosos de Olivia, eu disse que estava bem. Isso feito, a sirene começou a tocar e levaram Aaron para o hospital em segurança. Um peso saiu de meus ombros.
— Você está bem, menina? — perguntou Lewis seriamente enquanto tocava em meu rosto delicadamente.
— Estou bem — murmurei e escondi meu rosto no peito de Olivia.
Eu parecia uma criança assustada, e, na verdade, me sentia como uma.
Olivia passou as mãos entre meus cabelos e disse para Lewis:
— Ela está apenas muito assustada.
Lewis entendeu e eu o ouvi caminhando para onde Aaron estava desmaiado. Enquanto ele caminhava para lã e para cá tive tempo de me recompor. Respirei fundo e me desapeguei de Olivia. Ela olhou-me nos olhos tristonha e passou uma mão muito quente em meu rosto.
— Melhor? — perguntou. Eu apenas assenti com um movimento de cabeça.
Observei Lewis até ele querer falar comigo novamente. Olivia passou o braço sobre meu ombro e aguardou comigo. Senti uma imensa afeição por ela. Olivia poderia me deixar sozinha com aquele frio intenso.
Ela não tinha visto nada de fato, então ela não precisaria contar muita coisa para polícia, mas mesmo assim ela estava ali comigo.
As perguntas de Lewis foram diretas. Como ele era? Assustador. Alto ou baixo? Nem alto nem baixo, médio. Gordo ou magro? Magro. Homem ou mulher? Pensei muito e fiquei indecisa. Tudo estava muito coberto, poderia ser uma mulher ou um homem. Que roupa usava? Absolutamente tudo preto, não vi pele alguma para saber se era branco ou negro. Ele tocou em alguma coisa? Somente em Aaron, mas isso não importaria, ele usava luvas, senhor policial. Porque ele fugiu? Essa eu tive que pensar por alguns segundos, disse que eu iria gritar muito se ele se aproximasse e o ameacei com minha chave. Eu não fui muito convincente nesta parte, mas, ei, eu não podia simplesmente dizer que meu amigo camarada chamado Joe o assustou. Mas de uma coisa eu tinha certeza absoluta: a pessoa que eu vi não era Brian, de maneira alguma poderia ser ele. Brian era muito musculoso, grande como uma parede. Os dois maiores suspeitos de Lewis foram descartados na mesma noite.
Depois disso Olivia me levou para meu quarto. Eu disse que não era necessário, mas ela me levou mesmo assim. Ela foi útil, porque quando me atirei em minha cama branca como papel Vanessa ficou fazendo perguntas.
Eu hesitei e contar sobre Aaron, então Olivia contou tudo a ela. Apesar de eu estar supercansada, fui até Vanessa e a abracei fortemente quando ela começou a soluçar. Ela me beijou na boca quando Olivia disse que eu havia salvado o homem dela. Foi meio constrangedor, mas com esse ato eu percebi o quanto ela amava Aaron. E com isso eu havia decidido que iria perdoá-lo totalmente pelo dia que ele me atacou.
No fim eu não consegui dormir. Depois que Olivia saiu de nosso quarto, Vanessa me pediu para ligar para Lewis e perguntar para qual hospital Aaron havia sido levado. Fomos de táxi até o hospital Mercy e esperamos até que alguém nos trouxesse notícias sobre Aaron. Vanessa estava muito inquieta e não parava de roer as recém-pintadas de preto. Dei um leve tapa em sua mão para ela parar, e ela estava prestes a gritar comigo quando um médico nos chamou.
As notícias eram boas. Aaron iria se recuperar totalmente  sem nenhum dano permanente. Vanessa e eu sorrimos e nos abraçamos, ficamos no hospital até o horário de visita. Aaron iria ficar no hospital pelo menos por mais um dia.

Somente uma coisa me incomodava. Onde Joe estava, e se ele tinha sido capaz de saber quem era a pessoa por trás da máscara preta.








XOXO Neia *-*
Uffa...ainda bem que o Aaron se safou!! Quem diria que ele iria ser o próximo escolhido pelo assassino?? Com isto já sabemos que Brian não pode ser o serial killer, mas quem será?? Porque só escolhe rapazes?? São escolhidos ao acaso ou tem alguma coisa por de trás disso??  O Joe terá visto a cara por de trás da máscara?? Muitas perguntas no ar não é gente kkkkk
Comentem e divulguem pra mim pff :)
Kiss love u babes <3

4 comentários:

  1. Aí carona eu achava que era o Brian de verdade. Se não é ele é quem? É alguém que a gente não imagina tipo o Sterling??? OMG
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    Fabíola Barboza

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  2. Eu to achando que pode ser o Sterling

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  3. Já entraste de férias ? .... Posta logo :)

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