Eu estava
em uma rua bem parecida com um beco, estreita e escura. A luz da lua iluminava
mal aquela escuridão. Uma única luz pendia naquela ruazinha. Havia uma caçamba
de lixo azul muito grande atrás do assassino e de sua vítima. Havia uma pessoa
sobre o corpo imóvel de um garoto. Sabia disso que a vítima era um garoto pelas
calças e tênis masculinos. Não conseguia ver nenhum dos rostos.
Minha
respiração aumentou, uma rajada de vento frio veio em minhas costas, o que me
fez gemer. Se eu pensava que aquela cena era assustadora, eu não poderia achar
uma palavra tão horripilante para descrever o aconteceu em seguida.
Com meu
gemido por causa do frio, o assassino reparou em minha presença. Sua cabeça
virou para trás com uma rapidez impressionante, o que me fez querer correr e
gritar, Ele levantou-se devagarzinho e simplesmente ficou parado ao lado do
corpo, me encarando. Por algum motivo eu ainda estava ali, parada diante do
assassino. Joe me pediu novamente para que corresse, mas eu não podia fazer
isso eu: conhecia o garoto que estava ao chão, não poderia deixá-lo para morrer
nas mãos de um lunático.
Você deve
estar se perguntando se eu conhecia o assassino. Eu não poderia responder a
essa pergunta. Por quê? Bom, ele vestia um sobretudo preto, tênis comuns
pretos, luvas pretas e, além de tudo, uma máscara preta, sabe o que os ladrões
usam quando vão assaltar um banco ou qualquer outra coisa? Como uma touca preta
que vai até o pescoço, deixando somente buracos para os olhos e talvez a boca.
Mas nenhum buraco mostrava sua boca, somente dois furinhos mínimos para os
olhos, tornando-os impossíveis de reconhecer.
Ele deu
dois passos em minha direção e parou. Talvez me avaliando, ou pensando se iria
até mim ou não. Ele se decidiu. Deu outro passo para minha direção, e outro.
— Não
chegue perto de mim ou vou gritar — anunciei confiante.
Peguei
minhas chaves em meu bolso e deslizei suas partes afiadas entre meus dedos. Ele
escutou o tintilar de chaves e viu o que estava fazendo. Foi quando ele parou.
Com isso
olhei rapidamente para Joe. Sua expressão me fez ter medo, seus punhos estavam
fechados. Fiquei feliz em estar ao lado dele, porque eu temia o que ele poderia
lazer para a pessoa que havia tirado sua vida.
Quando o
assassino deu outro passo cm minha direção, duas lâmpadas da rua de trás
explodiram, e eu ele soltei um rito rouco, sobressaltada. A única luz que havia
naquela ruazinha piscava feito louca, dois jornais que descansavam no chão levantaram
voo. A caçamba imensa começou a tremer violentamente, a tampa se abriu com um
forte estalo. O assassino, assim como eu, observava todos aqueles
acontecimentos. Depois que a caçamba saiu do chão ele virou o rosto mascarado
para mim, seu peito arfando. Ele virou as costas e correu para o fundo da ruazinha.
— Peça
ajuda — disse Joe e começou a correr atrás do seu próprio assassino.
E quanto a
mim? Eu corri até o garoto apagado no chão e me atirei a seu lado. Seu pescoço
estava muito vermelho, com as marcas das luvas pretas do assassino que acabara
de correr. Encostei a cabeça em seu peito e senti uma respirada, soltei um
sorriso de alívio. Coloquei a mão direita no bolso mas não encontrei o que
estava procurando. Ótimo, justo hoje meu celular estava em cima de minha cama
carregando e eu ali precisando dele! O que poderia fazer agora?
— Preciso
de ajuda — soltei não muito alto. — ALGUEM ME AJUDE! POR FAVOR! EU PRECISO DE
AJUDA - gritei dessa vez com todas as minhas forças. Deve ter sido um milagre
que Aaron não houvesse acordado. Sim, Aaron. Vanessa iria surtar quando
soubesse que seu Boy Toy quase tinha se
tornado a próxima vítima do serial killer do
campus.
— ALGUÉM!
POR FAVOR! — gritei e nada, ALGUÉM ME AJUDE! — apenas silêncio. Comecei a
choram. Peguei a mão de Aaron e a apertei na minha. — Vai ficar tudo bem —
sussurrei para ele. Olhei para ambos os lados com alguma esperança e nada. Sabe
aqueles filmes de terror quando a mulher gostosa grita por ajuda e ninguém
aparece? , conheço a sensação. E não, eu não me acho gostosa. Decidi tentar
novamente e o que saiu foi assustador até para mim. Eu poderia ser contratada
para qualquer filme de terror sendo a garota que grita por ajuda.
Ouvi passos
quase que silenciosos vindos em minha direita. Olhei assustada e um rosto
amável apareceu para meu resgate das sombras.
— Liv —
disse seu nome com uma voz chorosa e fui correndo até ela. Abracei-a com muita
força, mas ela não reclamou. Ela me abraçou de volta e disse que tudo ficaria
bem. Sua voz estava muito assustada e seu coração batia a mil por hora. Tirei
minha cabeça de seu peito quando duas viaturas de policia chegaram quase que se
batendo. Senti uma pontada de felicidade quando vi o rosto de autoridade do
policial Lewis, e fiquei sabendo naquele momento que ele iria, sim, de fato,
pegar o assassino. E eu podia sentir que estava próximo, muito próximo, de isso
acontecer.
Uma
ambulância chegou momentos depois, antes mesmo de Lewis conseguir chegar até
mim e Olivia, a professora de Anatomia Descritiva. Dois paramédicos correram
até Aaron e o colocaram em uma maca. Quando um deles veio até mim, que ainda
permanecia nos braços amorosos de Olivia, eu disse que estava bem. Isso feito,
a sirene começou a tocar e levaram Aaron para o hospital em segurança. Um peso
saiu de meus ombros.
— Você está
bem, menina? — perguntou Lewis seriamente enquanto tocava em meu rosto
delicadamente.
— Estou bem
— murmurei e escondi meu rosto no peito de Olivia.
Eu parecia
uma criança assustada, e, na verdade, me sentia como uma.
Olivia
passou as mãos entre meus cabelos e disse para Lewis:
— Ela está
apenas muito assustada.
Lewis
entendeu e eu o ouvi caminhando para onde Aaron estava desmaiado. Enquanto ele
caminhava para lã e para cá tive tempo de me recompor. Respirei fundo e me
desapeguei de Olivia. Ela olhou-me nos olhos tristonha e passou uma mão muito
quente em meu rosto.
— Melhor? —
perguntou. Eu apenas assenti com um movimento de cabeça.
Observei
Lewis até ele querer falar comigo novamente. Olivia passou o braço sobre meu
ombro e aguardou comigo. Senti uma imensa afeição por ela. Olivia poderia me
deixar sozinha com aquele frio intenso.
Ela não
tinha visto nada de fato, então ela não precisaria contar muita coisa para
polícia, mas mesmo assim ela estava ali comigo.
As
perguntas de Lewis foram diretas. Como ele era? Assustador. Alto ou baixo? Nem
alto nem baixo, médio. Gordo ou magro? Magro. Homem ou mulher? Pensei muito e
fiquei indecisa. Tudo estava muito coberto, poderia ser uma mulher ou um homem.
Que roupa usava? Absolutamente tudo preto, não vi pele alguma para saber se era
branco ou negro. Ele tocou em alguma coisa? Somente em Aaron, mas isso não
importaria, ele usava luvas, senhor policial. Porque ele fugiu? Essa eu tive
que pensar por alguns segundos, disse que eu iria gritar muito se ele se
aproximasse e o ameacei com minha chave. Eu não fui muito convincente nesta
parte, mas, ei, eu não podia simplesmente dizer que meu amigo camarada chamado Joe
o assustou. Mas de uma coisa eu tinha certeza absoluta: a pessoa que eu vi não
era Brian, de maneira alguma poderia ser ele. Brian era muito musculoso, grande
como uma parede. Os dois maiores suspeitos de Lewis foram descartados na mesma
noite.
Depois
disso Olivia me levou para meu quarto. Eu disse que não era necessário, mas ela
me levou mesmo assim. Ela foi útil, porque quando me atirei em minha cama
branca como papel Vanessa ficou fazendo perguntas.
Eu hesitei
e contar sobre Aaron, então Olivia contou tudo a ela. Apesar de eu estar
supercansada, fui até Vanessa e a abracei fortemente quando ela começou a
soluçar. Ela me beijou na boca quando Olivia disse que eu havia salvado o homem
dela. Foi meio constrangedor, mas com esse ato eu percebi o quanto ela amava
Aaron. E com isso eu havia decidido que iria perdoá-lo totalmente pelo dia que
ele me atacou.
No fim eu
não consegui dormir. Depois que Olivia saiu de nosso quarto, Vanessa me pediu
para ligar para Lewis e perguntar para qual hospital Aaron havia sido levado.
Fomos de táxi até o hospital Mercy e esperamos até que alguém nos trouxesse
notícias sobre Aaron. Vanessa estava muito inquieta e não parava de roer as recém-pintadas
de preto. Dei um leve tapa em sua mão para ela parar, e ela estava prestes a
gritar comigo quando um médico nos chamou.
As notícias
eram boas. Aaron iria se recuperar totalmente sem nenhum dano permanente. Vanessa e eu sorrimos
e nos abraçamos, ficamos no hospital até o horário de visita. Aaron iria ficar
no hospital pelo menos por mais um dia.
Somente uma
coisa me incomodava. Onde Joe estava, e se ele tinha sido capaz de saber quem
era a pessoa por trás da máscara preta.
XOXO Neia *-*
Uffa...ainda bem que o Aaron se safou!! Quem diria que ele iria ser o próximo escolhido pelo assassino?? Com isto já sabemos que Brian não pode ser o serial killer, mas quem será?? Porque só escolhe rapazes?? São escolhidos ao acaso ou tem alguma coisa por de trás disso?? O Joe terá visto a cara por de trás da máscara?? Muitas perguntas no ar não é gente kkkkk
Comentem e divulguem pra mim pff :)
Kiss love u babes <3
Aí carona eu achava que era o Brian de verdade. Se não é ele é quem? É alguém que a gente não imagina tipo o Sterling??? OMG
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Fabíola Barboza
Eu to achando que pode ser o Sterling
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ResponderEliminarJá entraste de férias ? .... Posta logo :)
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