domingo, 15 de junho de 2014

O Sussurrar de Uma Garota Apaixonada – Capitulo 13


O Natal estava chegando, portanto quase metade dos alunos estava na casa de seus entes queridos, inclusive a minha colega de quarto e melhor amiga Vanessa. Ela foi para casa de sua grande família havia uns três dias e eu já estava começando a sentir sua falta. Estava sozinha naquele quarto por dias que pareciam não passar, e estava quase enlouquecendo.
Se ao menos Joe aparecesse eu não ficaria nessa frustração. É claro que eu saía para o café da manhã, quando não estava com preguiça, e para o almoço e o jantar, mas não era a mesma coisa quando Vanessa e Ster não estavam ali para me contar as fofocas do dia ou todas as besteiras que eles diziam para deixar meu dia melhor.
Joe não passava mais todo o tempo comigo. Ele não conseguiu alcançar o assassino, afinal de contas. Se punia diariamente por ter fracassado. Passava então quase que dia e noite observando as pessoas, observando se alguma coisa estava fora do comum. Ele talvez esperasse que, assim com naquela noite, pudesse topar com o assassino no ato. Para mim o herói daquela noite havia sido Troy, porque se não fosse ele eu não estaria lá para salvar Aaron, em primeiro lugar. Eu ainda estaria catalogando papéis enquanto Aaron era sufocado até a morte.
A história de Aaron sobre o acontecimento foi breve. Um momento ele estava naquela ruazinha indo encontrar Vanessa e no segundo depois ele estava acordando no hospital. A chave de tudo foi o clorofórmio: isso explicava o porquê de os rapazes não reagirem ao assassino.
Eu ainda não estava com a minha família por uma questão muito, muito simples. Eles eram advogados muito famosos e bem pagos, os clientes requeriam mais tempo deles e eu acabava ficando sozinha até alguns dias antes do Natal. Naquele momento, então, eu me encontrava na cama jogando xadrez comigo mesma, o quão idiota isso era? Eu tinha lido Amanhecer, de Stephenie Meyer, quase que o todo, então logicamente eu precisava tratar de fazer alguma coisa, não importando o quão idiota pudesse parecer.
— Acho que você está totalmente perdida aí.
— AH MEU DEUS, QUAL O SEU PROBLEMA? — gritei para Joe, que apareceu ao meu lado sem eu sequer nota-lo e quase me matou de susto. — Já disse pra você parar de fazer isso. Qual é a sua? Tem prazer de me ver morrendo de susto toda vez que você aparece? Deus do céu!
— Nossa, já vi que você está nervosinha. Acho que vou embora — ele disse virando-se para a porta, como se estivesse vivo e pudesse atravessá-la.
— NÃO! — gritei com desespero quase que me levantando da cama para impedi-lo. Respirei fundo antes de dizer: — Desculpe-me, tá legal? Eu estou sozinha por tanto tempo que parece que eu surtei. Sinto muito mesmo — murmurei timidamente e vi que ele andava para mais perto de mim, o que me deixou feliz e menos deprimida pela minha solidão.
Por que ainda está aqui? Não deveria estar com seus pais, como todo mundo? — perguntou ele sentando-se na ponta de minha cama. Joe estava vestindo a mesmíssima roupa de sempre, uma calça jeans preta largada com uma camiseta branca e com tênis Adidas, mas quando ele se sentou em minha cama a luz refletiu nele de uma maneira angelical. Seu rosto gentil naquele momento parecia brilhar, seus olhos ficaram mais claros que o normal, pude ver os braços fortes pela musculação diária de quando estava vivo e bem. Ele parecia estar mais vivo do que nunca.
— Hum, eu deveria, mas meus pais são pessoas ocupadas demais — respondi bufando lenta e tristemente.
— Eles podiam fazer um esforço para ficarem mais com você, ainda mais com tudo o que você está passando. EIes deveriam trabalhar menos — murmurou ele delicadamente e mais sutil que nunca. Hoje devia ser um dia bom para ele, geralmente seu humor variava, o que me deixava à flor da pele. Nunca sabia quando ele iria começar a ser rude comigo.
— Você não entenderia. Eles me amam, é claro, faze de tudo para me verem feliz. Eu posso dizer que eles são os melhores país do mundo. Você os amaria.
— Adoraria conhecê-los — disse Joe. — Ou melhor, adoraria observá-los quando você for para lá. Posso ir? Você não ficaria envergonhada comigo na presença deles? — e pude perceber quando ele limpou sua garganta na hora dai perguntas, com medo de ser rejeitado.
Seus olhos não me olhavam e ele encarou o chão. Como se algum dia eu pudesse negar alguma coisa para ele. Por que ele não sabia disso?
— Hum, deixe-me pensar... É claro que você pode ir engraçadinho. Quero que você conheça a minha mãe, ela a pessoa mais divertida e amorosa da face da terra. E me pai é a pessoa mais doce — respondi animada e com um sorriso largo no rosto, isso o fez sorrir, ou melhor, soltou umas gargalhadas fofas. Depois de um momento de silêncio ele começou a encarar meu jogo de xadrez; eu não sou nisso, estava esperando que ele não notasse.
— Então você costuma jogar xadrez... sozinha? — ele perguntou franzindo a testa e com um divertimento em sua voz, como se estivesse prestes a cair na gargalhada novas mente. Eu assenti sem me importar com o que ele poderia pensar de mim. — Isso é estranho.
— Uau, como você é esperto. É óbvio que isso é estranho, mas isso não me impede de jogar... nunca — disse sorridente, e ele soltou o sorriso que estava guardando de dentro de si. Ele sentou com as pernas cruzadas como índio, como eu, na frente do tabuleiro. Eu podia sentir o que aconteceria depois.
— Vamos ver se você pode me vencer — ele desafiou levantando apenas uma sobrancelha e fazendo uma careta que me fez abrir um enorme sorriso. O que estava acontecendo? Será que estávamos mesmo trocando sorrisos idiotas feito um casal de apaixonados?
— Você vai ganhar todas, eu não sou muito boa nisso — confessei, mas ele nem ligou. Pediu que eu colocasse as peças nos lugares iniciais e eu o fiz. Eu era a cor branca e ele, o preto. Eu comecei movimentando meu peão, ele pediu que eu movimentasse um dele também. E assim fomos jogando xadrez, pelo menos eu não estava jogando sozinha e nem estava quase entrando em depressão por estar tão solitária.
Eu estava com uma das pessoas que mais amava nesse mundo. Pela primeira vez fiquei feliz por Vanessa não estar ali comigo.
Jogamos xadrez por horas a fio até chegar à noite e eu não estava nem um pouco cansada, na verdade estava me divertindo à beca.
— Assim não vale, você não disse xeque-mate antes de me vencer — o ameacei com o indicador de uma maneira brincalhona.
— Você disse que era ruim e já ganhou quase todas as partidas. Estamos quites — disse Joe.
— Na verdade você é tão ruim quanto eu. Posso ser ruim, mas você é pior — ele sorriu e eu dei um soquinho de leve em seu ombro como um bom amigo camarada provavelmente o faria. O rosto sorridente de Joe se transformou em algo aterrorizante, como se acabasse de saber que alguém conhecido dele tivesse morrido. Eu não entendi aquela expressão, e o olhei confusa por um certo tempo. Somente quando ele olhou para seu próprio ombro e para mim que eu me dei conta da situação que havia se passado.
Minha respiração começou a se elevar rapidamente, meu peito até doía de tão forte que o coração batia. Eu estava tão distraída que nem havia me dado conta de que eu realmente havia tocado em Joe. Eu tinha dado um soquinho nele e nem tinha me passado pela cabeça que ele estava morto e que nada daquilo poderia sequer acontecer.
— Isso aconteceu não é? Eu realmente toquei em você — sussurrei lentamente e estremeci. Ele assentiu com a cabeça e eu praticamente perdi o controle. Joguei todo meu jogo de xadrez no chão em um ato de desespero me sentei a meros centímetros dele. Eu queria me certificar de que eu podia tocar nele novamente antes de pular em seu pescoço.
Minha mão tremia quando a levantei para tocá-lo, Joe dessa vez não me impediu. Ele sempre me impedia quando tentava tocá-lo, sempre.
A questão de ele não estar me impedindo deixou-me mais nervosa. Ele não se mexia, não mexia um único músculo, como se o efeito pudesse passar se ele se mexesse. Minha mão esquerda foi lentamente até seu peito, eu tremia mais ainda quando estava quase, quase o tocando. Quando senti o tecido de sua roupa em minha mão trêmula uma lágrima caiu em meu rosto e respirei fundo, como se o pior já tivesse passado. Joe fechou seus olhos agora aliviados e felizes e sentiu minha não passando de seu peito e indo até seu ombro. Ele abriu os olhos com desejo quando descansei minha mão em seu braço musculoso debaixo de sua camiseta.
Joe finalmente se mexeu e levou sua mão direita até meu rosto, e tirou a lágrima que eu não havia secado.
— Isso realmente está acontecendo? — perguntei aos sussurros, ele assentiu rapidamente e chegou mais perto de mim. Pôs uma mão em minha cintura e a outra mão passava em meu rosto sem parar. Seus olhos pareciam satisfeitos, até mesmo realizados.
— Sua pele é tão... macia. Você é perfeita — ele disse sinceramente quase que hipnotizado. — Eu nunca pensei que poderia tocá-la, eu... — eu percebi que ele estava prestes a atropelar as palavras, que não sabia o que dizer. Ele estava sem palavras, ele me olhava como se eu fosse um diamante raro que nunca poderia perder. Aquele olhar, aquela sensação me fez sentir a pessoa mais feliz e sortuda de todo o planeta. E como eu poderia pensar assim se ele estava morto? Eu não sabia o que estava acontecendo, eu com certeza não havia pedido nada assim de Natal e nem havia feito pedido algum para qualquer realizadora de desejos.
Eu queria senti-lo em mim, levantei-me me posicionei em cima dele. Ele separou as pernas para que eu me encaixasse perfeitamente no centro dele. Ele me envolveu com seus braços, apertando-me mais contra ele, como se nunca pudéssemos estar perto o suficiente. Eu toquei em seu rosto pela primeira vez, no seu belo rosto que muitas garotas matariam para sentir. Nossas testas e narizes se tocavam e meus olhos se fecharam.
— Beije-me, Joe, por favor — sussurrei em desespero. Senti sua mão passar para minha nuca e então aconteceu. Nossos lábios se moviam devagarzinho para conhecer o território, mas isso não durou muito tempo. Queríamos nos beijar havia tanto tempo que movimentos gentis e doces não seriam suficiente para nós. Ele colocou primeiro a língua dentro de minha boca e eu gemi quando nossas línguas se tocaram. Levei minha mão para passar entre seus cabelos macios e trouxe mais para perto de mim. Como se já não estivéssemos perto o bastante. Mas eu o queria, eu nunca pensei que isso poderia acontecer. Será que estava acontecendo? Será que eu estava sonhando? Diante do que aconteceu depois, eu soube realmente que não era sonho algum.
— Eu te amo. Tanto... tanto — confessou Joe quando parou ofegante depois de nossos beijos. Meu coração derreteu, mas ainda assim batia desesperadamente como se quisesse fugir. Eu peguei a mão de Joe que descansava em minha coxa e a levei até meu coração acelerado. Eu queria que ele soubesse como ele estava fazendo me sentir.
— Eu te amo... mais que tudo nesse mundo — sussurrei em seu ouvido e depois encarei seus olhos brilhantes e felizes. Eu queria que aquele momento durasse para sempre. Eu vou me lembrar daquele momento para sempre. Ele entrelaçou seus dedos nos meus e voltamos a nos beijar ferozmente. Eu não queria parar de beijar nunca aqueles lábios carnudos e perfeitos. Joe sabia o que fazia, e o mais estranho ainda era que ele sabia o que me deixava mais excitada. Ele colocou sua mão por debaixo de minha camiseta e tocou em minhas costas. Eu tive que deixar sua boca e soltar um alto gemido, segundos depois seus lábios estavam em meu pescoço. Eu estava à beira da loucura, mas isso não durou muito tempo. Ouvi alguém abrindo minha porta com um tilintar de uma chave.
Eu e Joe nos olhamos rapidamente e ele desapareceu. Quando a porta se abriu eu perdi o equilíbrio por não estar mais em cima de Joe e me estatelei toda no chão gelado.
— O que você está fazendo no chão desse jeito como uma louca doida? — perguntou Vanessa espantada quando me viu com uma perna ainda na cama, mas o resto todo no chão. Aquilo doeu, realmente doeu muito. Joe podia ter me avisado que ele cairia fora, mas que covarde.
— VANESSA, VOCÊ VOLTOU — gritei como se eu estivesse surda de um ouvido, ou talvez dos dois. Ela se espantou ainda mais com a minha gritaria.
— Você está drogada, Demi? Bebeu alguma coisa? Ou isso é natural? Meu Deus, realmente não entendo essas suas viradas de humor e loucura — perguntou ela indo até seu armário e o abrindo. Enquanto isso, eu me movimentava devagarzinho para não doer tanto minhas costas. Eu não respondi ao comentário de Vanessa, ela riu depois de perguntar, então ela devia estar brincando, foi o que pensei.
— Por que voltou tão cedo? — perguntei sentando me novamente em minha cama devagarzinho como se eu fosse uma velhinha.
— Como sou a pessoa mais inteligente da face desse lindo planeta, me esqueci completamente dos presentes de Natal. Dá pra acreditar? — e com isso ela tirou várias caixas de presente bem do fundo do armário e colocou mochila, que parecia ser maior que ela. — Eu jurava que eles já estavam na mala, mas quando fui pegá-los para deixa-los sob a árvore de Natal, não os encontrei e pirei. Vim correndo pra cá.
— Ah, ainda bem que isso não aconteceu na véspera Natal, você nunca iria vir pra cá e voltar a tempo — conclui, e ela concordou. Depois de um tempo parada na porta olhando para mim e em seguida para o canto do meu lado  do quarto, ela disse:
— O que você estava fazendo quando entrei, afinal? Perguntou desconfiada. Eu sorri um pouco para ter tempo de inventar algum tipo de desculpa, e o que eu consegui encontrar em alguma parte de meu cérebro foi:
— Ah, você sabe que eu adoro Natal, Vanessa. Eu estava pulando na cama e quando vi alguém entrando me assustei — isso não me pareceu muito convincente, mas aparentemente Vanessa acreditou. A minha habilidade de mentir estava ficando cada vez melhor, e isso graças a Joe Jonas.
— Hum, tome cuidado na próxima vez. Você pode, sei lá, bater a cabeça em algum lugar. E se isso acontecer, ninguém vai estar aqui pra te ajudar — disse ela muito séria.
— Vou tomar cuidado... eu prometo.
Vanessa largou a mochila de presentes no chão e veio até mim, abraçou-me fortemente e me desejou um Feliz Natal, e me entregou um pacote bem embrulhado com árvores de Natal como estampa.
— Obrigado por pensar em mim — agradeci sorridente.
— Sempre — Vanessa respondeu, como se nunca pudesse me esquecer, e isso me fez parar de querer mata-la por ter interrompido o amasso com Joe.
— Comprei algo para você também — eu corri para meu armário e tirei um tubo embalado, que continha um pôster de Titanic. Eu sabia que Lucy amava romances e que tinha uma grande coleção de pôsteres dos seus filmes preferidos. Ela me disse há algumas semanas atrás que nunca conseguia achar o pôster de Titanic, que era impossível. Desde e então, eu revirei praticamente todos os lugares de pôsteres que eu podia pensar e encontrei um bem conservado em uma lojinha quase que caindo aos pedaços. Eu sabia que Vanessa iria pirar quando o abrisse. — Espero que goste — ela sorriu feliz e depois de outro abraço ela saiu do quarto. Eu fiquei parada onde estava e me vi sozinha novamente. Havia apenas alguns minutos tudo estava tão perfeito... como um sonho.









XOXO Neia :)
AHHHHH ELES TOCARAM-SE FINALMENTE!!!!! VANESSA PQ TINHAS DE TER ENTRADO LOGO NESSA ALTURA!!! Kkkkk desculpem....prontos mais um capitulo :)
Desculpem não ter postado mais cedo mas voces não estavam comentando :( e (respondendo ao comentário) ainda não entrei de ferias infelizmente, ainda tenho exames. Mas não há de ser nada. Continuem a comentar a sigam  pff
Kiss <3

5 comentários:

  1. Que perfeito,eles se beijaram <3 *-*
    Ansiosa para o próximo
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  2. Aí caramba. Meu Deus o que dizer depois disso? Como eles podem se tocar? Gente ele morreu alguém me explica por favor? Vanessa tem que chegar na melhor hora mesmo... E eu ri com a Demi caindo kkkkkk
    Preciso de mais por favooor ...
    E quando você entra de férias? Sabe eu gostaria de uma maratona u.u
    Fabíola Barboza

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