A notícia
sobre a festa de Brian se espalhou por todo o alojamento .
Todo mundo
estava falando sobre isso o tempo todo, até os professores avisaram para não
chegarmos para a aula no dia seguinte com ressaca. A minha vontade de ir para a
festa se extinguiu de uma hora para outra, eu detestava multidões, me sentia
como se não conseguisse respirar, mas eu iria fazer esse sacrifício por Vanessa,
ela estava tão excitada.
— Não sei o
que vestir. Essa blusa ou esse vestido? — ela balançava roupas e mais roupas em
minha frente há quase uma hora. A festa começaria dentro de 15 minutos e ela ainda
estava indecisa. Eu havia chegado do necrotério e me arrumado em minutinhos.
Vestia um vestido amarelo um pouco acima dos joelhos, meu cabelo estava solto e
eu usava una tiara. Eu não queria me arrumar muito, para mim essa festa não passava
de uma perda de tempo.
Enquanto Vanessa
balançava a blusa rosa pink e o vestido preto sexy, minha cabeça começou a
pensar em onde Joe poderia estar. Sei que havia dito que não queria mais vê-lo,
mas não saber onde ele estava ou se estava “bem” me deixava frustrada e agoniada.
Eu não gostava daquele sentimento, mas talvez assim fosse para o melhor de
todos.
— Terra
para Demi. Por onde você anda? Estou esperando a sua resposta por quase um
zilhão de anos e você nem está prestando atenção em mim — disse Vanessa
ansiosa.
— É claro
que estou prestando atenção em você. Só estava pensando... Ah acho melhor você
ir com o vestido preto. Vai deixar Connor com ciúmes e Brían excitado —
desabafei o que ela queria ouvír.
— Gostei da
observação. Então vai ser o preto — a deixei feliz, que bom. Agora a ansiedade
dela não estava tão evidente. Vanessa pegou todas as coisas que precisaria e
levou para o banheiro, eu quase não acreditei quando ouvi a água correr. Nós
vamos chegar atrasadas, pensei. Mas acho que em festas desse tipo ninguém
realmente se importa. Como Vanessa iria demorar pelo menos mais vinte minutos,
eu deitei em minha cama e fiquei encarando a prateleira de livros. Estava me levantando
para pegar Romeu e Julieta quando Joe atravessou a porta sem abri-la. Ele
estava diferente, parecia que sua pele estava mais pálida que o normal, e sua
expressão não era das melhores.
— Você está
bem? — perguntei, ainda de pé ao lado da cama, ele na frente de minha porta. A
distância era grande, gostaria que tivéssemos mais perto... como se isso
fizesse uma grande diferença.
—
Tecnicamente eu não estou bem, estou morto — respondeu Joe bruscamente. Sua
testa estava franzida, os olhos duros e maldosos.
O velho Joe
estava de volta. Eu queria conversar, mas como ele estava naquele seu estado
estúpido nada disso sairia bem. — Você está bonita — ele sussurrou com olhos
quase que doentes, olhando-me de baixo a cima.
— Espero
que se divirta com os garotos da sua idade... e, sabe... fique com algum deles.
Você está linda demais para ser desperdiçada.
Aquilo me
magoou muito mais que ele poderia imaginar. Eu não iria ficar com ninguém, eu
queria ser desperdiçada porque nenhum daqueles caras seria quem eu queria. Além
das palavras que ele usou, o tom com que Joe as pronunciou me deixou
completamente irritada.
Quando me
dei conta, eu estava indo rapidamente em sua direção com um olhar matador e o
dei um tapa em seu rosto. Na verdade eu tentei dar um tapa em seu rosto, tudo
que aconteceu foi minha mão dando um tapa no ar. Eu havia me esquecido que ele
estava morto como já pensara que algum dia aconteceria. Ele pareceu triste com
o meu feito, mas eu não sabia o motivo. Tudo bem que eu tentei dar um tapa
nele, mas ele nem sentiu, para começo de conversa.
Como se não
estivesse ruim o bastante, Sterling entrou feliz da vida pela porta, dando
diretamente comigo. Quando ele me viu parada ali, não se deu conta de que
alguma coisa estava errada. E como poderia, se ele estava olhando para meu
corpo.
— Você está
linda Demi — Ster disse com um sorriso maior que a cara e me abraçou. Joe não
se moveu nem um centímetro, nem mesmo quando Ster passou por dentro dele. Seus
olhos não desgrudavam dos meus. Quando Ster me abraçou, ele fez uma cara de
nojo como se não pudesse acreditar que Ster podia me tocar e ele não. Eu senti
naquele momento que ele poderia desaparecer para sempre e nunca mais voltar para
mim. Eu balancei minha cabeça dizendo um não para ele com lágrimas nos olhos,
mas ele.., desapareceu.
— Ah, você
já está aí, que bom. Agora podemos ir — ainda bem que Vanessa saiu do banheiro
naquela hora, fazendo Ster tirar suas mãos e sua atenção de mim para ir
abraçá-la. Eu fiquei onde estava, atordoada, encarando o lugar onde Joe havia
desaparecido. A mínima vontade de ir para a festa desapareceu em segundos.
Queria ficar no meu quarto esperando por ele, eu queria ficar aqui no meu
quarto sozinha até que ele aparecesse. Mas isso não aconteceu, Ster e Vanessa
se engancharam em meus braços e seguimos em frente para o corredor de Brian.
— Você está
bem, docinho? Está muito quieta — perguntou Ster, fazendo-me estremecer com a
palavra “docinho”
— Estou
ótima, Ster — respondi forçando um sorriso falso do qual ele nem desconfiou.
Levamos
mais tempo que o normal para encontrar o quarto de Brian e seu colega. Como
eles estão no terceiro ano de medicina, o alojamento deles era muito mais longe
modo da festa, eu me deparei com garotos bebendo cervejas, garotos beijando
garotas, garotas beijando garotas, garotas sem blusa e uma farra que não tinha
nada a ver comigo.
Vanessa, no
entanto, adorou o que viu, avistou Brian no fundo do quarto e já foi atrás
dele. Eu apenas a observei, Brian ofereceu a ela um copo de cerveja e ela
aceitou sem hesitar.
— Ah, meu
Deus. Eu conheço aquela garota — resmungou Ster ao meu lado, excitado por
conhecer uma garota que parecia ser muito mais velha do que ele. — E ela está
olhando para cá — disse ele nervoso.
— Bom, pra
mim que ela não está olhando — murmurei para ele. Ster saiu de perto de mim
quase como se estivesse hipnotizado pela garota ruiva com peitos enormes. Eu
pensei em ir embora depois que ele me deixou, mas Vanessa não tirava os olhos
de mim. Fazia sinais a todo o momento, compartilhando comigo como estava sendo
com Brian.
Meia hora
se passou e eu me encontrava sentada no chão perto da porta do lado de fora.
Apenas reparava em quem entrava e em quem saía, mas a quantidade de gente que
entrava dominava a quantidade que saia.
Então eu
tinha a certeza absoluta de que lá dentro havia uma multidão das grandes, não
dando nem para se mexer. Sobressaltei-me quando um garoto de cabelos escuros,
olhos escuros e bem arrumadinho saiu aos tropeços do quarto de Brian.
— E aí,
gatinha? — ele se sentou ao meu lado, eu podia sentir o bafo de álcool. Eu me
distanciei, mas ele se aproximou ainda mais. Ele estava totalmente tomando
conta do meu espaço privado. — Meu nome é Aaron, qual o seu? — ele começou a
puxar assunto, eu não queria dizer nada, mas como ele estava caindo de bêbado, ele
não se lembraria de nada na manhã seguinte mesmo.
— Demi —
respondi apertando a sua mão.
— Então Demi,
porque está aqui fora quando lá dentro está rolando uma festa irada?
— Posso te
perguntar a mesma coisa.
— Eu só
estou tomando um ar. Tive sorte de encontrar uma gatinha que nem você por aqui.
Eu não
disse nada, apenas lhe mandei um sorriso mínimo. Eu queria ficar sozinha,
quando ele entrasse, eu provavelmente iria para meu quarto. Mas o problema é
que Aaron não calava a boca, e estava demonstrando interesse em mim. Deu-me
vontade de vomitar.
— Então,
você conhecia o garoto que morreu? — perguntei para ele. Já que Aaron queria
tanto conversar, teríamos uma conversa da qual eu pudesse tirar algum proveito.
— Ah, o Joe?!
Claro que conhecia, o cara era meu colega de quarto. Muitas garotas eram gamadas
naquele cara. A morte dele foi uma perda para as garotas — e ele começou a rir,
dar gargalhadas na verdade.
— Como ele
era? — queria permanecer no assunto.
— Hummm. Joe
era odiado por muitas pessoas, principalmente umas garotas que eram apaixonadas
por ele, mas para quem ele nunca dava bola. Mas comigo ele era um cara legal,
ele me respeitava e eu o respeitava. Acho que devíamos agir assim porque,
afinal, éramos colegas de quarto as gargalhadas dele desapareceram e apenas um
sorriso falso permaneceu. Ele levou seu copo de cerveja à boca e o tomou tudo
em apenas um gole. Quando ele terminou parecia que estava tonto. — Vamos parar
de falar naquele cara morto e vamos nos divertir — eu achei que ele iria se
levantar para entrar para a festa novamente, mas em vez disso ele virou o rosto
e tentou me beijar. Eu consegui virar bem a tempo de os lábios dele não tocarem
nos meus, ele acabou beijando minha bochecha.
Quando ele
se deu conta de que eu havia virado o rosto, tentou me beijar novamente. Mas
dessa vez eu me levantei, o olhar dele estava quase ameaçador, penetrando nos
meus enquanto ele mesmo se levantava. Eu tentei dar alguns passos para ir para
meu quarto, ou qualquer outro lugar, mas ele segurou meus ombros e me jogou na
parede.
— O que
você está fazendo? Sai de perto de mim — eu tentei socá-lo, mas ele segurava
meus braços com força, então eu dei um chute em suas canelas. Ele gemeu de dor
e me soltou. Eu corri, meu coração saltando no meu peito, tudo que eu queria
era chegar a meu quarto e fingir que essa noite nunca havia acontecido.
— Hey,
vagabundinha. Não ache que vá escapar tão fácil. Nenhuma garota diz não pra mim
— ele gritou atrás de mim enquanto eu corria.
Eu soltei
um lamento quando virei o rosto para a frente e comecei a correr mais rápido. A
maioria das pessoas ou estavam dormindo ou estavam lá atrás na festa de Brian.
Enquanto corria tentava achar a chave que se encontrava cm algum dos bolsos do vestido
amarelo que combinava com meus cabelos. Quando cheguei à minha porta eu estava ofegante
demais, e meu coração parecia que ia sair através de minha boca.
Coloquei a
chave na fechadura, eu estava tremendo furiosamente, e a virei. Quando ouvi o
estalinho que havia destrancado, Aaron me pegou pelos ombros e me virou para
encará-lo.
— Não me
toque... ME LARGA! — gritei e me debati para tirá-lo de mim. Consegui lhe dar
um tapa e com isso consegui alguns segundos para me virar e abrir minha porta.
Ele me empurrou com toda a força quando consegui abrir a porta e caí no chão. As
luzes de meu quarto piscavam loucamente, permaneci no chão e recuava enquanto
Aaron entrava e se ajoelhou ao meu lado.
— NÃO...
não, pare... — ele tentou me beijar novamente e eu fíz de tudo para não
deixá-lo tocar em meus lábios. Agora lágrimas escorriam descontroladamente
enquanto pedia para ele me soltar e o tentava chutar e bater, mas ele era muito
forte.
De repente
eu avistei Joe ao nosso lado, ele pegou Aaron pelos ombros e o atirou tão longe
que ele parou fora da porta de meu quarto.
Aaron olhou
para todos os lados procurando a pessoa que o havia jogado longe, mas não
encontrou ninguém. Sua expressão era de pavor quando olhou para mim enquanto se
levantava. As lâmpadas de meu quarto e as do corredor piscavam furiosamente até
que estouraram; eu gritei, protegi meu rosto com as mãos e me levantei. A
atitude de Joe lembrou à daqueles assassinos quando avistam sua presa, seus
olhos vidrados nos de Aaron e seus punhos cerrados. De repente a porta se
fechou sozinha, dando um estouro. Aaron não entraria mais ali, disso eu tinha
certeza.
— J-Joe —
gaguejei. Meus nervos ainda estavam à flor da pele.
Quando seu
corpo se virou para mim, ele relaxou. Seus punhos não estavam mais cerrados,
seus olhos eram amáveis e sua expressão era de pura preocupação. Eu dei passos apressados
em sua direção para poder abraçá-lo, mas ele recuou. — Mas... você o tocou.
Jogou Aaron pra fora do meu quarto. Eu posso tocar em você agora — eu dei mais
alguns passos à frente.
— Não — ele
disse decidido, estendendo a mão para eu parar, e eu obedeci. Ficamos parados
frente a frente até que o silêncio começou a nos incomodar. — Você está bem? —
ele perguntou ainda preocupado. Eu assenti enquanto limpava de meu rosto as
lágrimas secas e os cacos de vidro em meus cabelos.
— Sim,
estou Ótima. O-o-brigado.
— Desculpe.
— Pelo quê?
— perguntei, curiosa. Ele havia acabado de salvar a minha vida, não tinha nada
para se desculpar.
— Pelo
Aaron — começou Joe respirando fundo. — Ele costuma ficar violento quando bebe
muito, devia ter te avisado. Sinto muito Demi, eu sinto muito — ele parecia tão
arrependido, eu queria abraçá-lo e dizer que estava tudo bem.
— Você não
tinha como saber nada disso. Nem que iamos nos conhecer naquela festa. Joe,
você não tem nada de que se desculpar.
— Mas... eu
devia ter dito alguma coisa. Eu tenho que proteger você.., ah, eu vou matá-lo —
ele resmungou muito irritado, cerrando seus punhos novamente. Eu tive que
sorrir face à ideia de que ele estava todo superprotetor em relação a mim. E
isso me fez amá-lo ainda mais.
Enquanto Joe
resmungava para si mesmo caminhando para lá e para cá, eu me posicionei em seu
caminho, o que quase nos nos fez chocarmos um no outro. Ele deu um passo para
trás e eu um para frente, e fiquei na ponta nos pés, assim ficando na altura
perfeita de sua boca.
— Eu não
sei como fiz aquilo com o Aaron, Demi. Por favor, não... — ele tentou me
convencer, mas eu não queria ouvir. Eu estava a meros centímetros de seus
lábios, minha respiração elevada, olhos abertos para ver aquilo realmente
acontecer. Joe molhou seus lábios carnudos e eu sabia que ele queria também...
mais do que tudo. Mas ele desapareceu.
Eu quis
gritar, eu quis espernear, eu faria de tudo para tê-lo de volta.
Enquanto Vanessa
ainda estava se divertindo na festa eu limpei os cacos de vidro do chão e
peguei minha chave que havia ficado do lado de fora da porta. Tranquei-a e
deitei na cama, abraçando as pernas. Fiquei repassando a cena do ataque de novo
e de novo em minha cabeça perturbada. Eu não queria pensar naquilo, não mesmo,
mas queria descobrir como Joe havia atirado Aaron tão longe. Ele tinha sim
tocado em seus ombros e o jogado, eu vi, Joe o tocou.
Se eu
descobrisse como Joe conseguiu fazer isso nós poderíamos nos tocar, nem que
fosse por alguns minutos. Além de tocar em Aaron, Joe conseguiu estourar as
lâmpadas do meu quarto e as do corredor, e sem falar no movimento forte da
porta se fechando. Joe estava muito irritado; eu já tinha lido em alguns livros
sobre fantasmas que, quando se enfurecem, podem fazer coisas desse tipo.
— Por que voltou?
Eu procurei você por toda parte, achei que tinha acontecido alguma coisa —
perguntou uma Vanessa preocupada ao adentrar a porta.
— Minha
cabeça começou a doer e eu voltei pra cá — respondi tentando soar convincente,
mas alguma coisa dentro de mim disse para não mentir. Respirei fundo e disse: —
É mentira... Eu voltei porque Aaron, o colega de quarto de Joe, me forçou a
beijá-lo, e quando eu recusei quis voltar pra cá, mas ele me seguiu... ele
tentou... — eu não consegui terminar o que estava dizendo, senti uma vontade
terrível de cair em lágrimas. O rosto de Vanessa se contorceu em pavor, veio
correndo até mim cama e se ajoelhou diante de minha cama.
— Ah Demi,
ele fez alguma coisa com você? Se sim, eu vou voltar lá agora mesmo e MATAR AQUELE
FILHO DA M ÃE! ELE ACHA QUE PODE AGIR ASSIM E FORÇAR AS GAROTAS A FAZEREM O QUE
ELE QUER? AH, EU VOU DENUNCIÁ-LO E DEIXAR-LO PELADO NA FRENTE DA FACULDADE
TODA. JURO, DEMIZINHA EU VOU ESGANAR AQUELE CARA! — gritou Vanessa, e levantou as
mãos para o ar fazendo como se estivesse esganando alguém. A vontade de chorar
desapareceu quando ela começou a gritar e gesticular. Eu comecei a rir, na
verdade, porque Vanessa se importava mesmo comigo e estava disposta a esganar o
cara que me tinha me feito mal.
— Não, Vanessa,
relaxa. Ele não fez nada, portanto não precisa esganar ninguém nem deixar
ninguém pelado... — soltei umas risadinhas e ela passou a mão em meus cabelos
parecendo muito preocupada.
— Você está
bem mesmo? Posso voltar para a festa e sabe... Não, está tudo bem, Jo... hummm,
um rapaz conseguiu me salvar. Foi como uma cena de cinema agora eu estava
deixando vanessa muito curiosa, vi uma luz extrema brilhar no canto de seus
olhos arregalados.
— Que
irado! Ah, por que isso não acontece comigo? Eu quero ser salva por um cara
bonito. Ele era bonito não era? Tinha que ser bonito, você tem que me mostrar
quem ele é no refeitório amanhã.
— Claro que
ele é bonito, lindo de morrer é pouco — contei a ela.
Eu queria
tirar o peso de minha alma e contar sobre Joe para Vanessa, mas não queria que
ela pensasse que eu era maluca. Agora teria que inventar uma desculpa para o
fato de meu salvador não se encontrar nunca no refeitório nem em qualquer outro
lugar da faculdade. Vanessa não iria vê-lo, somente eu conseguia vê-lo. Pensei
que dormir naquela noite não seria muito fácil, mas me enganei: estava tão
cansada que apaguei rapidamente.
É claro que
a notícia de meu incidente já estava circulando pela manhã. Aaron provavelmente
contou o acontecido para um amigo confiável, e o amigo confiável contou para
outro amigo confiável e assim foi alastrando aquele veneno pelo campus inteiro.
Aquela falação toda não era nada boa para Aaron, afinal agora ele era um
agressor. Sterling estava tão irritado com Aaron que ele mal conseguia conter
sua raiva no refeitório. Apenas ficou encarando o Aaron durante todo o almoço.
Todos olhavam para mim com tristeza e outros se distanciavam quando eu passava
como se tivessem medo de ficar perto de mim. A falação não girava apenas em
torno do ataque de Aaron, mas também em quem teria me salvado. Falava-se em um
tipo de fantasma me protegendo ou então que eu tinha poderes. Eu ria quando Vanessa
ou Ster comentavam sobre isso, ria tentando parecer convincente, não queria que
eles soubessem que alguém estava mesmo me protegendo, e que esse alguém era um fantasma.
Então continuei com minha história de que um garoto havia me salvado. Vanessa e
Sterling queriam conhecer o tal rapaz, mas eu sempre dizia que ele não estava
no refeitório, que na verdade poderia ser um dos funcionários do alojamento
porque parecia ser mais velho.
A história
sobre meu fantasma pessoal e os possíveis poderes como Carrie, a estranha
desapareceram quando outro garoto da turma de Joe foi encontrado morto. A
maneira como Vincent foi morto foi igual à de Joe, estava com o Sr. T quando
ele realizou a autópsia e indo o trabalho. A polícia apareceu lá novamente e
eles me perguntaram se eu conhecia aquele rapaz também, mas eu não tinha nada a
dizer, pois eu realmente não o conhecia.
Fiquei
paranoica quando pensei que veria o fantasma daquele garoto também, mas, depois
de dias sem nenhuma aparição, me senti aliviada.
Pouco a
pouco, porém, eu ia ficando agoniada: já fazia mais de vinte dias que Joe não
aparecia para mim. Ele havia dito claramente que não gostava de ficar em outros
lugares, porque não se sentia bem. Será que Joe realmente não se lembrava de
seu assassino? Ele poderia estar escondendo este fato para me proteger? Fazia
algum sentido, mas ele não poderia fazer nada a respeito dos assassinatos.
Gostaria que ele aparecesse para que eu pudesse lhe perguntar se existia alguma
possibilidade de Aaron ser o seu assassino. Aaron era seu colega de quarto e
teria oportunidade, e eu mesma o vi em ação, e vi a fúria seus olhos quando ele
me perseguia pelo alojamento e me aterrorizava. Estava fazendo o possível para
prestar atenção nas aulas e estudar para as provas. Mas como poderia me dedicar
cem por cento, enquanto houvesse um assassino à solta e um fantasma que não
aparecia mais para mim?
XOXO Neia *-*
Oi gente :) Gostaram do cap?? Que acham que irá acontecer??
Comentem mt para o próximo...Kiss
P.S: OMG viram o live chat da Demi à conta do #DEMIVERSARY?? Eu vi e fiquei tão jfhbhsbfhb
Ahhhhh amei!
ResponderEliminarPosta mais!!
Posta maaaais, amei!
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