Poderiam existir n motivos
para eu poder ver Joe -agora-com- sobrenome Jonas. Mas estes cinco estavam
passando pela minha cabeça diariamente:
1 — Eu estou tendo
alucinações.
2 — Tumor dos grandes no meu
cérebro.
3 — Eu matei Joe no meu
sonambulismo desconhecido e ele está atrás de mim por vingança.
4 — Eu estou completamente
pirada, o que faz de mim uma esquisitona de primeira.
5 — Eu estou morrendo.
Afinal, muitas pessoas dízem ver espíritos quando estão em seus últimos dias.
Vai saber, essas dores de cabeça, cansaço, vômito e outros sintomas poderiam
significar que estou doente, e que provavelmente vou morrer.
Esperei Joe pelos próximos
dias e nada de ele aparecer, estava começando a ficar nervosa. Por que eu estava
nervosa? Por que eu queria vê-lo novamente? Será que ele só estava aqui entre
os vivos para dizer à tia que a amava? Eu queria pensar que sim, mas eu sentia
ali no fundo do meu coração que havia mais na história em relação a Joe. Talvez
ele estivesse passando mais tempo perto da tia, observando-a, ou ele podia ter perdido
a noção do tempo. Ele estava morto, afinal de contas, tudo pode mudar no outro
lado. Odeio, odeio admitir isso, mas eu PRECISAVA vê-lo e isso já estava bem
evidente para todos.
— Está procurando alguém.? —
perguntou Sterling, no meu lado, na aula de histologia.
— Nope. Ninguém, por quê? — eu sabia o porquê
dessa pergunta.
Meus olhos ficavam
perambulando por toda a sala a procura de Joe.
Até a minha esquisitice
estava agora visível para todos.
Sterling estava prestes a
dizer algo extremamente maldoso quando Bradley começou a dar sua aula. E todo
mundo sabe que quando Bradley começa a falar absolutamente ninguém pode
interrompê-lo ou atrapalhá-lo. Fiquei contente por esta interrupção, não queria
responder a Sterling que estava à procura de uma pessoa que todos já sabiam estar
morta.
— Eu ainda não consigo
acreditar que ele esteja morto disse Vanessa no refeitório toda tristonha. —
Ele podia não ser um cara totalmente legal, mas ele iluminava esse lugar por
ser tão gatinho.
— Por mim, ele está bem onde
que está, no fundo daquele cemitério. Esse mundo está melhor por não haver mais
uma pessoa idiota e sem noção como ele — confessou Ster bruscamente, o que me
deixou muito zangada.
— Como você pode falar isso?
Ninguém está melhor morto, Ster. A tia dele está arrasada — eu queria sair
correndo para não ouvi-lo mais falar, ou até mesmo socar o Sterling bem aqui na
frente de todos por dizer algo tão maldoso.
— Ah, qual é meninas, não...
— Desculpe Ster, mas tenho
que concordar com a Demi — Vanessa o interrompeu, deixando-o constrangido.
— Claro que concorda — ele
murmurou secamente e se levantou.
Jogou a mochila no ombro e
caminhou até o lixo com sua bandeja. Depois que jogou fora os restos de comida,
ele largou a bandeja quase que furiosamente na mesa das bandejas usadas. Nem
olhou para trás quando saiu porta afora do refeitório, parecendo muito bravo connosco.
Ou só comigo?
— O que há de errado com
ele? — eu perguntei depois que assisti àquela cena.
— Talvez seja ciúme. Você
não para de falar no Joe desde que ele morreu.
— Isso não é verdade —
respondi boquiaberta.
— É sim, querida — ela
confirmou sacudindo sua enorme cabeleira com cachos ruivos. — Joe isso, Joe
aquilo. Você adora comentar de quando viu ele morto naquela mesa no necrotério,
isso realmente não é agradável. E você sabe, Demi... Sterling tem uma grande
queda por você. Então, por favor, parede falarem um cara morto e vai se
divertir, você está precisando.
— GRAÇAS A DEUS! — eu
gritei. Mas eu não estava gritando por causa do que Vanessa havia dito, mas
porque Joe havia aparecido. Ele estava sentado ao lado de Vanessa, gargalhando
perante minha expressão de felicidade por tê-lo visto. E também porque todos
perto de minha mesa no refeitório estavam olhando para mim com olhos curiosos.
— Ahhhh, hummm, graças a
Deus alguém está me entendendo. Você leu a minha mente, Vanessa. Estou
precisando me divertir — eu sussurrei porque as pessoas ainda olhavam para mim
com as testas franzidas. Vanessa era uma delas, mas, depois do que eu disse,
ela pareceu acreditar que eu realmente estivesse falando com ela e não sendo
uma maluca que grita no refeitório chamando a atenção de todos.
— Bom. Vou conversar com
alguns dos amigos de Joe mais tarde para descobrir se tem alguma festa marcada
para esta semana — disse Vanessa encarando sua comida. Ainda bem que Vanessa
não estava prestando atenção em mim, porque meu olhar estava preso na pessoa
que estava sentado ao lado dela. E eu sorria sem parar.
— Vai ter uma festa amanhã à
noite no quarto do Brian — informou Joe para o que Vanessa havia acabado de
comentar.
— Vai ter uma festa amanhã à
noite no dormitório do Brian — eu repeti o que Joe disse.
— Como você sabe? —
perguntou Vanessa parando de comer e me encarando.
— Ah, a notícia está
correndo por aí.
— Realmente, Demi, você tem
que aprender a mentir melhor — murmurou Joe descansando seus cotovelos na mesa
e se inclinando para ficar mais perto de mim. Eu Iimpei minha garganta para não
rir e tentei não encará-lo.
— Legal, está marcado então
— Vanessa disse sorridente. Nós duas não íamos a uma festa desde o começo do
semestre, então eu podia ver que ela estava animada. — Connor pode estar lá —
ela sorriu mais ainda, eu não pude deixar de sorrir também.
— Coitada de Vanessa, esse
tal de Connor está transando com uma garota qualquer da sala dele. Mas, se
serve de consolo, ele tem uma quedinha pela Vanessa, afinal, ela é bonitinha —
cantarolou Joe parecendo estar com muito tédio. Ele segurava a cabeça com as
mãos diante de mim. Ele estava quase tapando a minha visão de Vanessa. Eu tenho
a total certeza de que ela piraria se escutasse Joe dizendo que ela era bonitinha.
— Acho melhor você esquecer
esse tal. Que tal o Brian? Ele é um cara legal — eu tentei convencer Vanessa a
tirar Connor totalmente de seu caminho. Ela não merece ficar arrasada por um
cara que provavelmente irá quebrar seu coração em milhares de pedacinhos.
— Por quê? Você está tão
estranha ultimamente! — Joe riu com o comentário de Vanessa, como se estivesse
dizendo: Viu, eu disse que você tem que
aprender a mentir melhor, Demi. Eu queria responder para ele que eu nunca menti
assim tão descaradamente antes em minha vida. Mas eu acho que teria que me
acostumar, porque quem vai acreditar em mim quando eu disser que estou falando
com um fantasma?
— Só estou comentando. Vi
Connor com uma menina no outro dia, não queria te contar porque não queria te
magoar — acho que essa mentira foi até acreditável. Pelo menos Vanessa
acreditou, enquanto Joe me encarava com um sorriso no rosto.
— Ah, eu não acredito...
Bom, mas a gente nem está junto — disse Vanessa, mas, depois de pensar
seriamente no assunto, continuou: — Acho que você tem razão, Brian parece ser
muito legal — admitiu Vanessa, terminando sua refeição.
— Na verdade você não tem
razão, Demi, Brian fica com umas dez garotas a cada festa.
— E agora que você me diz
isso? — sussurrei de volta para Joe sem olhá-lo.
— O quê, Demi?
— Nada, apenas me lembrei
que tenho que ligar para o Sr.T... vou hegar mais tarde hoje.
— Essa foi até convincente —
murmurou Joe quase que orgulhoso — Sabe, Demi... você é realmente muito, muito
bonita. Eu deveria ter ficado com você quando era... — e ele bufou. Ele estava
tão perto de mim que agora eu não conseguia mais ver Vanessa. Joe estava praticamente
em cima da mesa, a centímetros de meu rosto.
— Você está bem, Demi? Você
está muito, vermelha — ouvi Vanessa dizer.
— Ahhh... sabe... eu v-v-vou
para a aula, estou praticamente atrasada — levantei-me aos trancos e fui
caminhando até a porta. Ouvi
Vanessa gritar:
— Mas ainda faltam 15
minutos, Demi.
Mas eu segui em frente com Joe
a meu lado. Ele acabou de dizer que eu era bonita e isso me deixou sem jeito.
Como Vanessa disse, eu estava vermelha, eu podia sentir que estava como um
tomate. Eu só via Joe rindo em minha visão periférica.
Lembram-se quando eu queria
mesmo poder ver Joe novamente? Isso se dissipou no instante que ele começou a
falar comigo em público. Eu não podia simplesmente falar com, ele nos
corredores da universidade e nem podia pedir que ele calasse a boca. É
realmente muito estranho estar caminhando com ele quando de repente as pessoas atravessam
ele. Quando eu olho para Joe ele parece estar vivo, nada em sua aparência
sugere que ele esteja morto, então é estranho para mim quando vejo as pessoas
passando através dele e nem sentirem nada, nem mesmo um arrepio.
— Você deve vestir uma roupa
bonita para a festa de amanhã — ele falava e eu claramente não respondia.
— Não quero ser chato, mas
já sendo... Você pode vestir sei lá, uma saia curta pra mostrar essas pernas grossas.
Você parece ser uma líder de torcida. Você foi uma, na época da escola? — ele
perguntou, mas eu não respondi. Minha paciência estava quase se esgotando
quando entrei na sala de aula e sentei em meu lugar de sempre. A Sterling
apareceu depois de um tempo.
— Aposto que você foi líder
de torcida. Você é morena de olhos castanhos, quase todas as líderes de torcida
são assim. Mas você é inteligente, pelo menos eu acho que é, está cursando
medicina afinal de contas... — Joe começou a falar e não parou mais.
— Por que você nunca para de
defender o cara morto? Sinceramente Demi, ele nunca foi um cara decente, ainda
mais com você... — Sterling também começou a falar e não parou mais. Minha cabeça
estava prestes a explodir.
— E agora eu começo a pensar,
eu nunca vou ser um médico, o que é uma pena porque eu iria salvar tantas
vidas...
— O cara não ia nem ser um
médico bom, pra começo de conversa. O jeito arrogante dele iria espantar todos
os pacientes...
Os dois deviam estar
sincronizando suas conversas. Eu estava prestes a explodir a qualquer momento.
— Não gosto desse cara, Demi,
quero dizer, olha para ele. Todo engomadinho, e ainda tem uma queda por você.
Ele devia arrumar uma vida ao invés de ficar te perturbando...
— O cara tá morto Demi,
esquece o cara. Eu tô aqui, você sabe, não é?
— Eu não acredito nesse
cara. Eu poderia socá-lo, se pudesse — retrucou por fim Joe.
— EU PRECISO SAIR DAQUI - eu
gritei já me levantando.
— Aonde você vai, Demi? A
aula nem começou ainda
— perguntou Ster enquanto
descia as escadas.
— Dor de cabeça — gritei
quando estava prestes a sair pela porta.
Eu corri para o meu quarto a
toda velocidade.
— O que você está fazendo? —
perguntou Joe e eu me assustei, e quase esbarrei feio em uma garota. Joe não
estava correndo, ele estava apenas flutuando ao meu lado.
Quando cheguei ao meu
quarto, largueí minha mochila na cama e fui verificar se Vanessa não estava por
ali em algum lugar.
— O que você está fazendo, Demi?
Você tem aula, não pode perder. Você quer ser uma boa médica ou não? — enquanto
Joe falava, eu fui fechar e trancar a porta do quarto.
— CALE A BOCA! CALE A BOCA!
CALE A BOCA, JOE! — gritei desesperada e irritada. Dei graças a Deus por quase
todas as pessoas do alojamento estar em aulas naquele horário, ou então eles
iriam acabar me ouvindo e saberiam de fato que eu estava louquinha da silva. —
Por favor, apenas cale a boca — sussurrei cansada e sentei em minha cama. O silêncio
não durou nem cinco minutos.
— O que foi que eu fiz? —
perguntou ele seriamente provavelmente pela primeira vez, mas meu olhar se
encontrava no chão e não nele.
— Como vou estudar se você
não cala a boca? Como vou prestar atenção em minhas aulas se você não cala a
boca? Como vou conversar com meus amigos quando você não CALA A MALDITA BOCA? —
gritei por final, agora o encarando.
— Desculpe — ele falou, mas
agora eu estava à flor da pele.
— Você não pode ficar conversando
comigo quando estou conversando com outras pessoas. Você sabe que eu não posso
olhar e nem conversar com você, Joe. Ninguém pode te ver a não ser eu. Você não
está vivo, por favor, lembre-se disso — ele parecia prestar atenção no que eu
dizia e até concordou com a cabeça enquanto encarava o chão.
— Vou tentar. Isso é
novidade pra mim.
— Pra mim também.
Caminhei até ele, e como ele
encarava o chão, e é muito alto, eu entrei no lugar que ele estava encarando,
quase encostando nele, até que seus olhos caíram nos meus. Eu queria tocá-lo,
mas não podia. Minha mão iria provavelmente passar através dele, como se nada
houvesse ali.
— Eu vou para a aula.
Encontro-te aqui mais tarde? — sussurrei. Reparei que ele levantou a mão
esquerda até meu rosto, mas deteve-se ao pensar que não conseguiria me tocar,
assim como eu.
— Claro — ele respondeu
depois de segundos de constrangimento.
XOXO Neia *-*
Tá ai o novo capítulo, espero que tenham gostado :-)
Comentem e divulguem pra mim pff...Kiss
Wow cara kkk amei, você divo haha
ResponderEliminarEu ri demais quando a bocuda da Demi gritou "GRAÇAS A DEUS" e todomundo ficou olhando pra ela kkkkkkk, e também graças a Deus que você postou u.u brincadeira xuxu kk
Posta logo viu? Besitos.
Primeira o/ ~le dança~
EliminarPOSTA LOGO
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