Joe
Ter o corpo disposto de Demi tão perto quase me
enviou sobre a borda. Observar sua pequena mão envolver meu
eixo tinha enviado uma latejante corrida de sangue para meu pau. Eu era louco o
suficiente para acreditar que algo resultaria disso, além de uma amizade
centrada em torno de Madison e dos benefícios paralelos de
adorar seu corpo doce uma vez que o sol se punha? Certamente ela percebia que
eu não me encaixava na
sua vida, definitivamente. Mas queria aproveitar o que eu tinha, por tanto
tempo quanto eu conseguisse ter. Naquela noite eu adormeci com a memória da voz suave
de Demi lendo o livro favorito de Madison, e como ela animou as vozes de cada
personagem de um jeito diferente para fazer Madison rir. Com um sorriso
sonolento plantado em meus lábios, eu caí no sono.
No sábado, Demi ligou e perguntou se poderia pegar Madison
para um dia de meninas. Depois que me recuperei do meu silêncio atordoado, eu
concordei. Esta menina continuava a me destruir. Era como se ela soubesse o
caminho para o meu coração endurecido, através de Madison. Talvez
eu nunca tenha considerado um relacionamento sério antes porque ninguém nunca
tinha mostrado interesse em desenvolver um relacionamento com Madison também.
Uma vez que elas descobriam sobre a minha irmã, normalmente
corriam.
Uma hora mais tarde, Mad gritou o nome de Demi enquanto observava o pequeno
SUV BMW parar ao lado do meio fio. Nós encontramos Demi
na calçada.
— Então, o que vocês meninas farão hoje?
— Bem, eu estava pensando em deixar a senhorita Madison escolher. Nós poderíamos ter um dia
de beleza no spa, ou podemos ir a uma loja onde podemos escolher uma estatueta
de cerâmica para pintar.
— Yeah! — O rosto de Madison se iluminou.
— Qual, boneca? Você tem que escolher. — A generosidade de demi já era demais sem
abusar.
O rosto arredondado de Mad parou em concentração por um instante
antes que ela olhasse para Demi.
— Podemos fazer as duas coisas?
Demi sorriu aquele sorriso torto que eu adorava e assentiu.
— Claro meu docinho.
Eu ajudei a afivelar o cinto de Madison no banco de trás e coloquei seu
andador na mala, em seguida, me reuni com Demi na porta do motorista.
— Você tem certeza que está bem com isso?
— Absolutamente. Vá aproveitar seu sábado. Basta manter
as chamadas preocupadas em um mínimo. — Ela bateu no meu peito.
— Ok.
Eu as assisti ir embora. A menina que era dona do meu coração e a bonita Demi
que o estava levando para um rumo totalmente novo.
Aproveitei a oportunidade rara para uma sessão de treinos
extra com Ian, mas voltar para uma casa vazia parecia estranho. Após cerca de uma
hora de andar de um lado para o outro e sem nada para fazer, eu decidi ligar
para Demi para saber delas. Talvez ela estava ficando louca. Era
definitivamente a hora de ver como ela estava. Eu disquei seu celular e ela
respondeu ao primeiro toque.
— Oi Joe. — Ela parecia sem fôlego. — Nós terminamos o
local da cerâmica e já almoçamos. O que houve?
Eu ouvi um riso no fundo. — Onde vocês estão?
— No spa apenas no final da rua. Tudo bem se Madison cortar o cabelo?
Será apenas as
pontas.
— Ah, com certeza, sem problema. — Minha vizinha costumava corta-lo,
mas que se dane. — Onde vocês estão? Eu poderia me
encontrar com vocês e ver Madison.
— Claro. Ela adoraria, eu tenho certeza. — Ela me deu as instruções e eu parti em
minha camionete, precisando sair da minha casa demasiado silenciosa.
Quando entrei no spa, fui saudado pelos sons de música da ‘nova
era’, misturada com cantos de pássaros e o murmúrio de água, e cheiro de lavanda
que era tão forte que me deu um tapa no rosto.
Virei uma esquina e encontrei Demi e Madison sentadas em umas cadeiras
grandes, com os pés apoiados na sua frente.
— Joey! — Madison gritou uma vez que ela me viu.
Elas balançaram as unhas cor de rosa para mim. Eu não tinha certeza
do que era suposto eu elogiar.
— Olhe para isso. Duas garotas muito bonitas.
Elas sorriram para o meu elogio, por isso parecia que eu tinha dito a
coisa certa e nos dirigimos para a frente.
— Aqui. — Demi me entregou seu cartão de crédito. —
Você pode pagar? Eu quero ir a padaria ao lado. Vai ser apenas um minuto.
— Claro.
Eu tomei o cartão, mas planejava pagar com o meu próprio, uma vez que
Demi saísse. Ela já tinha feito
muito por nós. Mas quando a garota no balcão me disse que o
valor era de trezentos dólares, eu relutantemente entreguei o cartão de Demi.
Trezentos dólares para pôr veniz na unha e dois cortes de cabelo?
Seu cabelo nem sequer parecia diferente para mim. Uma coisa estava clara, Demi
levava um estilo de vida que eu nunca seria capaz de oferecer. E eu certo como
a merda não precisava que Mad se acostumasse a este tipo de
tratamento.
Demi voltou alguns minutos depois carregando uma pequena caixa rosa de
bolo, parecendo presunçosa. Ela assinou o recibo do cartão de crédito,
pegou o cartão do balcão e saiu
juntamente com Madison para o carro.
— Vejo você de volta em casa. — Ela falou.
Eu as fiquei olhando inutilmente até se afastarem, em seguida, fui
para a minha camionete. Parei no caminho para pegar o jantar para nós três,
precisando fazer algo para que as coisas ficassem novamente sob controle.
Uma vez que cheguei em casa eu podia ouvir Madison cantando e
brincando em seu quarto e encontrei Demi sentada no sofá esperando por
mim. Coloquei os sacos de comida na mesa e me virei para ela.
— Você não tinha que fazer tudo o que fez hoje. —
Minha voz saiu mais severa do que eu pretendia.
Ela se levantou e colocou as mãos nos quadris.
— Eu sei, Joe. Eu queria. Eu
nunca tive uma irmã mais nova. Você já pensou que
talvez eu goste de passar tempo com ela?
Merda. Eu parecia um idiota. Esfreguei a parte de trás do meu pescoço.
— Desculpe, apenas é que isto é tudo muito novo para mim.
Não havia como negar que a maneira como Demi tratava Madison
complicava mais as coisas entre nós. Torcia meu
interior, e trazia meus instintos protetores.
Sua expressão se suavizou. — É novo para mim
também. — Ela inclinou seu quadril contra o balcão, chegando
inconscientemente mais perto de mim.
Eu ergui minha mão para tocar seu rosto, incapaz de resistir
a tocar sua pele macia. Alisei meu polegar calejado ao longo de sua mandíbula.
— Hey. — Seus olhos encontraram os meus. — Sinto muito. Eu fico sensível quando o
assunto é ela.
— Sim, eu notei. Essa é a última vez que eu
tento fazer algo de bom.
Seu tom estava sério, mas ela olhou para mim com aquele sorriso torto malicioso
dela. Eu queria beijar o sorriso de seu rosto lindo.
— Ah, não seja assim, docinho. Vamos. Fique para
o jantar.
Ela olhou para o relógio. — Isso provavelmente poderia
ser arranjado.
— Você tem algum lugar para ir? Não me diga que é
outro encontro quente com a jóia do clube de campo.
Ela riu. — Não, na verdade Peter não ligou mais. É só a minha mãe que fica me
perseguindo para eu ir jantar. Deixe-me ligar para ela e ver se consigo adiar
para amanhã à noite.
— Claro. Venha para dentro quando você tiver acabado.
Madison veio pelo corredor para mostrar suas unhas rosa combinando com
as dos pés e a fada rosa de cerâmica que ela tinha pintado. Era uma explosão de rosa invadindo
a minha casa, inferno, a minha vida.
— Vou colocá-la no meu quarto. — ela falou, já descendo o
corredor.
Demi voltou e veio direto para mim, com um sorriso no rosto. Eu a
puxei para um abraço.
— E aí? Você vai poder ficar?
Ela se aninhou em meu pescoço e inalou. — Sim, mas eu tive que fazer
um acordo com a minha mãe.
Beijei seus lábios, em seguida, me afastei para olhar
para ela.
— O quê?
— Eu disse a ela que estava com meu amigo Joe e ela insistiu que você
se juntasse a nós para o jantar. Você está livre amanhã?
— Jantar? Com seus pais?
Afastei-a um pouco, avaliando-a. Ela não podia estar
falando sério. Pensei que estávamos apenas nos divertindo, mas
isso... encontrar os pais era algo mais, não era?
Seu lábio inferior destacou-se.
— Tudo bem?
— Ah, com certeza. Eu provavelmente posso pedir a Sophia para ficar
aqui.
Seu sorriso vacilou momentaneamente a menção do nome de
Sophia.
— Ok.
Demi ajudou Madison a lavar as mãos enquanto eu
arrumava a mesa. Eu tinha parado no restaurante da vizinhança, e por não saber o que Demi
gostava, eu peguei um hambúrguer e uma salada de frango
grelhado para ela, junto com meu hambúrguer normal e um
sanduíche para Madison
de queijo grelhado.
Quando estávamos todos sentados em torno da mesa, Demi
escolheu a salada de frango grelhado no jantar e Madison anunciou que queria
salada, também. Demi graciosamente compartilhou a salada, dividindo-a em dois
pratos enquanto eu guardava a comida extra na geladeira para o jantar da outra
noite.
Conversamos um pouco enquanto comíamos, Demi e Madison
relembrando seu dia de meninas. Assim que terminou com o jantar, Demi pulou da
cadeira.
— Ah, eu quase esqueci. Trouxe a sobremesa. — Ela pegou a caixa rosa
da padaria do balcão.
Balancei minha cabeça lentamente. — Você está nos estragando.
O que você comprou?
— Cupcakes , o que mais? — Ela
sorriu.
Eu ri e Mad bateu palmas, completamente inconsciente do apelido de Demi.
Eu me inclinei para trás, pousndo um braço nas costas da
cadeira de Demi e observei enquanto Demi removia um cupcake rosa fosco da caixa
e o colocava na frente de Mad, tirando a película de papel. Os
olhos de Madison arregalaram e ela não perdeu tempo
mordendo o deleite enorme. Por seu entusiasmo, você pensaria que eu nunca
alimento essa pobre criança. Demi riu e limpou a cobertura rosa da ponta do
nariz de Mad.
Nós assistimos Mad terminar seu cupcake em relativo
silêncio.
— Você não tem que fazer tudo isso sabe.
— Eu queria. — ela falou de volta.
Eu sabia que não adiantava discutir com ela, mas algo
sobre isso não me parecia bem. Ela estava aqui cuidando de Madison
e ficando comigo porque ela tinha pena de nós? Nós não precisávamos de sua
maldita caridade.
Parecendo sentir o meu humor, Demi mergulhou seu dedo indicador na cobertura
de um cupcake e trouxe-o para minha boca, seus olhos brilhando com desafio. Eu
estendi a mão e agarrei-lhe o pulso, meus olhos presos nos dela enquanto
eu girava a minha língua suavemente em todo o comprimento de
seu dedo.
Demi soltou um gemido áspero. Mad riu ao nos ver,
chamando a nossa atenção para o fato de que nós tínhamos compania. Eu
limpei minha garganta, tentando recuperar alguma compostura e parar a dor
latejante nas minhas bolas.
— Você quer mostrar a Demi como toma seu banho, enquanto eu limpo a cozinha?
Madison pulou e com uma mão segurando seu
andador, ela agarrou a mão de Demi com a outra.
— Vamos, Dê. Eu vou te mostrar onde eu guardo as minhas bolhas.
Observar as duas juntas me fez questionar se Mad precisava mais de uma
companhia feminina estável em sua vida. O pensamento me
preocupou.
Eu limpei a cozinha ouvindo aos sons agradáveis de riso
feminino e esguichos de água que vinham do fundo do corredor. Uma
vez que tinha terminado, olhei para o banheiro, encontrando Madison coberta de
bolhas, brincando com seus brinquedos de banho e Demi ajoelhada ao lado da
banheira, balançando sua bela bunda para mim.
Eu tomei um momento para inspecionar sua parte traseira bem torneada,
a forma como os jeans abraçavam suas curvas e como a blusa tinha subido,
expondo a curva da parte inferior das costas. Ela era sexy como o inferno e nem
mesmo sabia disso.
E ver seu lado afetivo com Mad, porra, isso trazia todos os lados de
macho alfa em mim. Eu a queria.
Elas me viram olhando, e Demi se endireitou, puxando a camisa para
baixo para cobrir a carne nua de costas.
— Dê, você pode tomar um banho e usar minhas bolhas quando eu acabar, se
você quiser. — Disse Mad.
Os olhos de Demi se arregalaram, vermelho subindo em suas bochechas.
Ela deu à menina um sorriso trêmulo.
— Oh não, obrigado querida. Está tudo bem.
— Termine o banho. É hora de dormir. — Eu rosnei.
Elas notaram a aspereza da minha voz e os olhos de Demi permaneceram
nos meus.
— Vamos lá, vamos te secar. — Ela instruiu, sua voz
ficando instável assim como a minha.
Demi colocou Madison na cama e me encontrou na sala de estar. Sem uma
palavra ou um único momento de hesitação, Demi
atravessou a sala, e abaixou-se no meu colo. Eu coloquei a mão na bunda dela,
puxando-a mais para perto, e a beijei. Seus beijos suaves e carinhosos estavam
mexendo com a minha cabeça. Isso já não parecia apenas
para diversão. Parecia mais. Muito mais.
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