Então gente, antes do capitulo tenho de vos avisar que possivelmente este será o único capitulo desta semana... mas não se preocupem que vou continuar a postar!! Esta semana vai ser assim porque vou ter testes terça, quarta e quinta... e tenho de estudar. Se tudo correr bem ate sexta posto de tarde, senão no sábado sem falta!!
Bom era isso... agora o capítulo.....
Demi
A súbita aparição de Madison na cozinha não poderia ter vindo em melhor
hora. Eu precisava de uma dose de cala a boca. Eu tinha praticamente admitido a
Joe que tinha visto ele no vídeo. Deus, eu provavelmente soei como uma pessoa bizarra. Mas não era por isso que eu estava aqui.
Era essa doce menina.
O fato de que seu irmão me fazia mais quente que o inferno era um assunto a
parte.
Segui-a até o quarto dela e ajudei-a a se despir,
retirando suas calças e túnica, enquanto ela mantinha uma mão em seu andador, segurando-se
direita. Eu poderia dizer que, quando ela se cansava, sua coordenação e controle muscular caíam.
Ela apontou para a gaveta onde guardava seus pijamas,
informando-me que queria os de Cinderela. Eu não pude deixar de notar que a gaveta também tinha algumas
camisetas, suavemente gastas, e de tamanho adulto. Eu presumi que fossem de Joe.
Aqueles eram, provavelmente, vestidos para ela.
Eu encontrei a camisola rosa da cinderela com rendas
amarelas e a coloquei sobre sua cabeça. Notei uma pequena cicatriz enrugada de
uma recente cirurgia e uma ondulação acentuada onde sua coluna não conseguiu se formar
adequadamente antes do nascimento. Pobrezinha. Eu delicadamente toquei em sua
cicatriz, desejando que minhas mãos tivessem o poder de cura-la.
Levei-a até a cama e a cobri. — Descanse um pouco,
docinho. — Eu escovei seus cachos loiros para trás de sua testa e me inclinei para dar-lhe um beijo
em sua testa. Ela sorriu para mim, sonolenta, com os olhos já começando a fechar.
— Boa noite, Joey, — Ela sussurrou.
Eu me virei e vi sua grande forma preenchendo a porta
aberta, sua expressão estava séria.
Joe permaneceu em silêncio, mas seus olhos estavam fixos
em mim.
Observando tudo o que fazia, cada movimento meu com ela. A
intensidade de seu olhar enviou um arrepio ao longo da minha espinha. Seu olhar
era ao mesmo tempo curioso e possessivo.
Arrastei-me do quarto e ele se afastou da porta,
permitindo-me fecha-la atrás de nós. Eu estava diante dele no
corredor, que de repente parecia apertado e esteito.
— Você provavelmente tinha coisas melhores a fazer do que
tomar conta dela durante toda a tarde. — Sua voz era suave, cuidadosa.
— Não, está tudo bem. — Eu não podia acreditar que já estava aqui há seis horas. A verdade era que era
bom estar aqui, sentindo-me útil e necessária. Melhor do que ficar sozinha
no meu apartamento vazio, estudando.
Ele deu um passo para mais perto e levantou a mão para o meu rosto, acariciando
com o polegar a linha do meu queixo.
— Obrigado por... ter cuidado dela, — disse ele
sussurrando e com o polegar calejado traçou um delicado caminho ao longo da
minha pele.
Eu assenti, não confiando em minha voz para falar.
— Você tem que ir... ou tem tempo para ficar para uma
bebida?
Eu assenti novamente.
— Você tem que ir? — Ele deixou cair sua mão.
— Não, eu posso ficar.
Um sorriso preguiçoso surgiu no canto dos lábios dele. — Vamos lá. Eu tenho cerveja, e acho que eu
poderia até mesmo abrir uma garrafa de vinho.
— Cerveja está ótimo. — Alguma coisa gelada para
me refrescar seria perfeito.
Dirigi-me à sala enquanto ele pegou duas garrafas da
geladeira e se juntou a mim no sofá. A cerveja foi refrescante após um longo dia, e eu me inclinei
para trás contra o sofá, apoiando meus pés em cima da mesa
de café. Ele sorriu para mim, como se concordando que era cansativo cuidar dela.
Eu devolvi o sorriso, sabendo que valia a pena cada segundo de trabalho.
Olhei ao redor da sala de estar pequena. Não tinha toque feminino aqui. Não tinha almofadas, decorações ou velas, ou qualquer das
outras coisas que davam a uma casa a sensação de um lar. A sala continha uma grande janela
eficientemente coberta com persianas de madeira, um sofá verde-caçador, uma poltrona e um conjunto
de mesa de centro e mesa de apoio de sofá, uma delas com um abajur iluminado suavemente. Era
escasso, mas era o suficiente. Você poderia dizer que essa casa era cheia de
amor. Estava em completo desacordo com a forma como eu imaginei a vida de Joe.
Quando eu finalmente olhei para o próprio homem, percebi que ele estava
me olhando preguiçosamente com os olhos cobertos pelas pálpebras. Tomei um gole da minha
cerveja e quebrei a conexão.
— O que é? — Ele perguntou.
— Você disse que está com a Madison desde que tinha 18 anos. Eu só estou imaginando... o que
aconteceu com seus pais?
Ele tomou um gole saudável de sua própria cerveja antes de responder. — Essa é uma palavra
demasiado generosa para eles.
Fiquei quieta, envolvendo meus dedos em torno da garrafa gelada,
esperando que ele continuasse.
— Fui criado pelos meus avós, e herdei esta casa quando eles faleceram. Eu tinha
apenas 17 anos quando minha mãe deu a luz a um bebê e deixou a criança aqui. Madison não estava andando ainda e precisava
de mais cuidados do que eles estavam preparados para dar a ela.
Eu não poderia deixar de comparar o quão diferentes eram nossas vidas.
Meus pais e eu passávamos as férias na Itália e os natais em nossa estância
de esqui, e eu nunca quis nada quando crescesse, exceto, talvez mais liberdade.
Joe foi deixado com uma criança com necessidades especiais.
— Assim que olhei para essa menina, ela roubou meu coração. Eu me formei no ensino médio e
começei a trabalhar cedo, determinado a dar a Madison a vida que meus pais não podiam. Mais tarde, eles foram
presos por tráfico de drogas e ainda hoje estão na prisão.
‘Uau.’
Sentindo minha agitação interna, ele deu um aperto na minha mão. — Eu prometo a você que nós estamos bem.
— Eu sei, posso ver isso.
E eles realmente estavam. Joe ou Joey como Madison o
chamava, estava fazendo o melhor que podia, proporcionando um lar seguro e
amoroso, mesmo que ele tivesse que pagar as contas de formas não convencionais. Quem era eu para julgar?
— Por que você veio hoje?
Eu sabia que a questão não tinha sido esquecida. Hesitei
por um segundo, antes de me recuperar.
— Para ver Madison. — O que era, na maioria, verdade.
Ele esperou, olhando-me com curiosidade.
— Você tem certeza de que é só por isso?
As imagens do vídeo sexy se repetiram na minha mente, a curva sensual de
sua boca enquanto ele devorava a dela com beijos. Suas mãos grandes e ásperas suavemente acariciando sua
pele. A maneira hábil como os seus dedos a abriram e
esfregaram em círculos lentos o seu ponto certo.
— Eu... eu não sei. — respirei.
Ele esfregou a mão na parte de trás do seu pescoço, deixando escapar um suspiro.
— Foda-se. Não me tente, Dê.
Sua voz era um apelo forte no silêncio da sala. O meu
apelido em seus lábios soou muito mais íntimo do que deveria. Amigos me
chamavam assim o tempo todo, mas nunca antes tinha feito meu coração disparar.
Eu me virei para encará-lo no sofá, sabendo que isso era uma loucura. Ele era uma maldita estrela pornô.
Um bad boy com um B maiúsculo. Não alguém por quem eu devia me
interessar, mas isso não fazia o meu peito parar de
pulsar forte.
Era um querer louco, um desejo feroz que eu não podia nomear. Algo que eu definitivamente
não deveria explorar. Eu queria
receber aquele toque. Queria ter aquelas mãos grandes, fortes e calejadas de trabalho de construção, mas ainda gentis, em todo o meu
corpo.
Eu me perguntava se poderia ser uma paixão simples, como o tipo que você sente
por uma estrela de cinema. Eu o vi no mais íntimo dos momentos, talvez por isso o meu cérebro tivesse
criado algum tipo de fascínio bizarro que não era baseado em nada exceto o seu
corpo sexy que excitava o meu corpo virgem.
Mas quando Joe se virou para mim e ergueu sua mão para segurar a parte de trás do meu pescoço, para me puxar
mais perto e na direção de seus lábios, todo pensamento coerente me
escapou.
Ele se inclinou lentamente, dando-me tempo para me afastar
antes que sua boca segurasse a minha em um beijo ardente. Oh, Deus, era tão bom, de dar água na boca. Lento e sensual,
adorando a minha boca, mordiscando meus lábios, saboreando-me e me fazendo ficar com meu sexo
molhado e necessitado dele.
Minha língua saiu para lamber seu lábio inferior e ele respondeu, por sua vez, colidindo com a
minha em um emaranhado de calor úmido. Seus dedos enfiaram-se mais firme no meu cabelo
enquanto o polegar traçava círculos lentos sobre a pele sensível na parte de trás do meu pescoço.
Uma mistura de emoções inundou minha cabeça. Tudo desde desejo por este homem
sexy, medo de que a Madison podia nos pegar, a vergonha de que os meus pais nunca
o aprovariam como meu namorado. Eu sabia que estava avançando demasiado
depressa ao pensar nisso, quando Joe parou de repente e puxou sua cabeça para
trás.
Seus olhos me estudaram, tentando entender o que acabara
de acontecer entre nós.
— Você vai ser a minha morte, docinho. — Ele limpou a
umidade do meu lábio superior com o dedo indicador.
Olhei para baixo e avistei o vulto enorme lutando contra
seus jeans. Eu pressionei meus lábios em uma linha apertada, tentando evitar um sorriso
idiota ao pensar que eu o tinha afetado tanto quanto ele fez comigo.
Ele levantou meu queixo com um único dedo e me fez encontrar seus
olhos.
— Ei, está tudo bem. Não fique tímida comigo agora.
Eu engoli e relaxei na sua mão. Seu polegar acariciou minha bochecha e eu automaticamente
me aproximei para as suas carícias, meus olhos se fechando lentamente.
— Assim está melhor. — Ele sorriu e soltou sua mão. — Eu não sei o que está acontecendo na sua cabeça, mas se
você realmente quer isso, eu vou ser o único a fazê-lo. Inferno, eu ficaria honrado. Mas você só deve fazer quando estiver pronta,
e com alguém especial.
Eu assenti, mordendo meu lábio inferior para que Joe não pudesse vê-lo tremendo.
— É tarde. Você provavelmente deveria
ir para casa. — Ele levantou-se e ajustou sua ereção. —Pode voltar e ver Madison a
qualquer momento.
Ele abriu a porta e me direcionou para fora da casa, e se
eu não soubesse melhor teria pensado
que ele estava tentando desesperadamente se livrar de mim.
Fui para casa, exausta, mas acima de tudo confusa. Mas
quando eu afastei os pensamentos de Joe e lembrei do rostinho de Madison
sorrindo para mim, ou sua determinação para acertar em cada exercício que eu mostrei a ela, isso apertou meu coração e eu me segurei nessas memórias, me perguntando se ia ver
qualquer um deles novamente.
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