segunda-feira, 4 de agosto de 2014

O Sussurrar de Uma Garota Apaixonada – Capitulo EXTRA - Último


Arrependo-me e tê-la tratado mal naquele dia de madrugada quando acabei dormindo em frente ao seu quarto. Eu agiria de maneira completamente diferente se eu soubesse. Eu a teria beijado se soubesse que nunca mais poderia tocá-la. Eu a quero muito, mas nada podemos fazer para que alguma coisa mude para... melhor. —  pensamentos de Joe.

Sonhava com aquele garoto chamado Joe quando ouvi um baque em minha porta e sobressaltei. Olhei para Vanessa, que dormia pacificamente. Decidi ver o que havia sido aquilo.
Calcei meus chinelos e fui até a porta. Quando a abri, um garoto que estava sentado diante de minha porta caiu sobre minhas pernas, indo ao chão. Mas ele não estava apenas sentado, ele estava dormindo.
Ajoelhei-me ao seu lado e lhe dei um leve tapa na cara para acorda-lo.
— Acorde, Joe — eu disse. Porque fui logo pensar em abrir a porta?, pensei. Tentei chamá-lo novamente e ele começou a gemer.
Agarrou-se em minha perna, e quando tentei tirá-lo fui eu que caí para trás, batendo a cabeça na porta aberta. Eu arfei de dor e foi aí que ele acordou.
— O que aconteceu? — ele perguntou enquanto se sentava, totalmente acordado. — Por que estou aqui com você? — perguntou novamente, só que agora ele parecia constrangido.
— Você se “atirou” na minha porta, seu idiota. Quando vim ver o que era, você caiu em cima de mim e ainda por cima me atacou me fazendo bater a cabeça — respondi á sua pergunta ainda com a mão na cabeça, sabia que ali ficaria um galo logo, logo. E chamei Joe de idiota porque ele simplesmente me viu gemer de dor e não disse nada, nem um pedido de desculpas.
— E o que eu estava fazendo aqui, garota? — perguntou ele ainda sentado em meu chão, praticamente dentro de meu quarto, no vão da porta aberta. Ele se levantou e começou a encarar todas as coisas em sua volta. Eu, meu quarto, o corredor. Achei aquilo estranho.
— Como é que eu vou saber, foi você quem me acordou.
— Hum.
Ele me encarava como se já me conhecesse. Encarei-o enquanto ele me encarava. Quando seus olhos bateram em minha camiseta do Superman, ele disse algo estranho:
— Você é minha Lois Lane — ele sussurrou, quase inaudível.
— O quê? Qual é o seu problema? Eu nem te conhe...
Eu parei de tagarelar. Senti um déjã vu tão grande... Eu conhecia aquelas palavras. Lois Lane. Alguém já havia me chamado de Lois Lane antes, mas quem?
JOE!
JOE!
JOE!
JOE!
JOE!
JOE!
JOE!
JOE!
JOE!
JOE!
— Joe! — sussurrei seu nome quase não acreditando em quem estava parado na minha porta.
— Você se lembra — disse Joe sorridente.
— Você se lembra também?
— Sim.
Aquela cena estava tão estranha, decidi beliscá-lo.
— Eeeiiiiiiiiiiiii!
— Você não está morto.
Ele pensou por alguns segundos e avaliou a nossa situação.
— Não estava morto neste dia — fez uma pausa. — Somente daqui a duas semanas.
— Isso não é real — eu disse colocando a mão na cabeça como se estivesse doendo muito.
— Eu me lembro de estar te dizendo “adeus”. E quando eu abri os olhos vi você. Talvez isso seja o céu — ele chutou.
— Não seja idiota, eu não estou morta.
Avaliamos a situação novamente. Eu fui até meu relógio de cabeceira que marcava quase três horas da madrugada, peguei o celular e voltei para Joe, que esperava na porta aberta.
— Não é possível. Aqui diz que estamos ainda em 2013.
— Como isso é possível? — ele perguntou confuso.
— Talvez tenhamos voltado no tempo — eu disse, animada com a ideia.
— Isso importa? — ele perguntou do nada. O quê?
— Importa por que e como estamos aqui?
— Não.
— Que bom — ele disse, e depois me beijou.
Foi diferente da primeira vez. Talvez porque eu estivera beijando um fantasma, quem sabe. Esse sonho estava mais do que bom... mas o estranho disso tudo é que não parecia sonho algum. Deixei isso de lado e me concentrei na língua de Joe, que buscava a minha sem parar. Suas mãos que massageavam minha cintura e nuca estavam em um ritmo tão perfeito que eu queria gemer. Ele me apertou contra porta e ficamos conectados. O nosso beijo quente continuou até que ouvi Vanessa falar enquanto dormia.
— Aaron está em seu quarto? — perguntei esperançosa.
— Não me lembro... ahh...
— Pense rápido.
— Não, nesse dia ele estava em uma festa. Ele só apareceu no dia seguinte.
Joe e eu nem discutimos, juntamos nossas mãos e corremos até o quarto dele e de Aaron. Trancamos a porta quando entramos e comecei a tirar minhas roupas como se estivessem pegando fogo. Joe fazia o mesmo. Nossas bocas se conectaram e fomos, nus, dando passinhos para a frente até chegarmos à sua cama. Ele me deitou delicadamente e se colocou sobre mim. Suas mãos estavam em todo lugar, como se não tivéssemos tempo suficiente e o mundo fosse acabar amanhã. Sua mão deslizava em minhas pernas, minha cintura, estômago, seios, enquanto nos beijávamos com paixão. Eu passava minha mão em seus cabelos macios e perfeitos e fazia carinho em suas costas.
— Eu senti tanto a sua falta — murmurei entre beijos e toques.
— Eu quero você — ele sussurrou.
— Eu quero você.
Ele tirou uma camisinha de dentro da gaveta do armário ao lado, a abriu e vestiu. Abri ainda mais minhas pernas e ele entrou em mim devagarzinho. Seus olhos se mantinham nos meus e gememos juntos quando ele estava por fim todo dentro de mim. Beijei sua testa, seus olhos fechados, suas bochechas e sua boca, como se tivéssemos todo o tempo do mundo. Quando ele começou a se mover eu me senti no paraíso. Fazer amor com a pessoa que você ama é o melhor êxtase que alguém possa ter.
Ele beijava meus ombros, pescoço e meus mamilos duros.
Nossos corpos se encaixaram como uma luva, era como se ele fosse feito especialmente para mim e ninguém mais. Entramos em um ritmo que deixou eu me sentindo a mulher mais satisfeita do mundo. A maneira que ele me tocava, como ele me tomava, era o que eu sempre quis.
Eu gemia, gemia e gritava seu nome. Porque ele era meu, finalmente, de uma maneira que nunca pensávamos que seria possível. Eu o amava mais que a qualquer outra pessoa no mundo, e ele era meu.
Estava dentro de mim e me fazia ser a pessoa mais feliz da terra.
Chegamos ao êxtase juntos, ele desabou sobre mim. Estávamos ofegantes e eu tremia. Beijei sua cabeça quando ele descansava em meu peito, e caímos no sono.
O curso da história mudou e agora estávamos juntos. Como Joe tinha me prometido. Acordamos naquela manhã como um casal em lua de mel, felizes por estarmos juntos. Ficamos no quarto nos beijando e fazendo amor até a hora em que éramos obrigados a nos levantar. As duas semanas seguintes passaram como mágica e finalmente chegou o dia. O dia em que Joe morreria, afinal de contas. Ele teria que estar lá quando acontecesse. Mas não se alarme, nós temos tudo planejado.
Joe foi brigar com Brian naquela noite, eu estava em algum lugar ali perto e Lewis estava comigo. Quando ele saiu do quarto, Olívia o seguiu. Quando ela o apagou e levantou as mãos para estrangulá-lo,
Lewis e seus companheiros entraram em ação. Olivia foi presa por tentativa de assassinato e Joe sobreviveu, assim como os outros três garotos que seriam mortos em seguida.
Eu e Joe estávamos juntos em nosso quarto rindo disso e daquilo quando alguém bateu na porta e entrou. Era a última pessoa que eu esperava ver.
— Que bom. Vocês estão juntos — disse ele aliviado.
— Troy?
— Sim, Demi. Bom vê-lo bem, Joe.
— Como você...? Você se lembra. Como você se lembra quando ninguém mais se lembra?
— Ora, porque fui eu quem fez isso tudo — disse ele, como se fosse a coisa mais normal do mundo. Joe e eu somente o encaramos.
— Você? Como? Como é possível?
— Querida, eu sou apenas um Ajudante.
— Ajudante? De quem? — perguntou Joe.
— Da Humanidade, é claro — Eu e Joe estávamos mais perdidos do que uma vovozinha procurando os óculos no próprio rosto. — Apenas um, em cada século, um Ajudante da Humanidade nasce. Essa única pessoa terá poderes que poderá ajudar a Humanidade.
— E essa pessoa é você? Aqui? Justo aqui em Jericho? Isso é loucura
— eu disse, boquiaberta.
— Por que você retrocedeu o tempo? — perguntou Joe.
— Nós, Ajudantes da Humanidade, sabemos quando vários desastres acontecem ao mesmo tempo. E, além disso, eu posso saber com apenas um toque em uma pessoa morta qual o futuro ela teria se estivesse viva. E o futuro de Joe foi muito grande para eu simplesmente ignorar.
— Mas isso não afeta o mundo de alguma maneira? Você afinal está desfazendo mortes— eu disse.
— Nada está definido quando a morte não é natural. Eu posso mudar o destino de algumas pessoas que foram assassinadas, tiradas de suas vidas que teriam sido ótimas.
— Como isso acontece?
— As mortes naturais não podem ser evitadas, mas os assassinatos... Bom, isso é outra história. Somente vocês dois impediram três mortes nos próximos meses, e, assim como vocês se lembram do que aconteceu, outras pessoas conhecem a verdade e com sorte farão a coisa certa.
— Você pode voltar no tempo quantas vezes quiser? — perguntei.
— Podemos retornar no tempo quantas vezes necessárias para consertar o que deve ser consertado. Por que vocês acham que os déjà vus acontecem? Algumas pessoas são fortes o bastante e têm uma leve impressão de que aquilo já aconteceu. Alguns déjà vus são tão fortes que a pessoa pode até prever o futuro, como premonições.
Joe e eu nos encaramos.
— Não precisarei dos seus cuidados em meu necrotério nos próximos meses, Demi. Estou certo de que poderei cuidar de tudo sozinho. Enquanto isso, apenas aproveitem o tempo que perderam — Troy disse, e deu uma piscadela. Quando ele estava quase saindo, eu o chamei.
— Troy?
— Sim, querida.
— Obrigada.
— Amor verdadeiro como o de vocês dois deve ser vivido — terminou, e, dito isso, ele saiu.
— Você ouviu isso, Demi? Meu futuro vai ser grande, acho que você escolheu o cara certo — disse ele sorrindo. Sentei em seu colo e o beijei.
Brian foi preso por estupro nas semanas seguintes, assim como Gabriel. Digamos que eu dei uma ajudinha aqui e ali. Apresentei Vanessa para Aaron quando fiquei sabendo por Joe que ele havia parado de beber. Foi como se os dois soubessem que já tivessem uma ligação anterior e rapidamente se entenderam.
Joe estava feliz por voltar às aulas que perdeu, e eu estava me lamentando porque teria que estudar tudo de novo. O meu laço de amizade com Vanessa estava no caminho certo e Ster não deu em cima de mim por saber que eu já estava comprometida. O professor Bradley anunciou que o trabalho de DNA de Joe seria publicado como livro.
Nós rimos, nós choramos, nós vivemos.
— Então esse é o grande rapaz de quem a minha princesa sempre fala? — perguntou meu pai sorrindo quando apresentei Joe no Natal, na maneira tradicional. Nada de fantasmas e nada de papos mórbidos.
Minha mãe o adorou, até já está fazendo planos de casamento. Essas mães só pensam nisso...
Quando deu meia-noite, no ano-novo, fizemos brindes.
— À minha Lois Lane.
— Ao meu Clark Kent.
— O que eles disseram? — perguntou meu pai confuso.
— Não tenho a menor ideia. — disse minha mãe por fim.


FIM!






XOXO Neia :)
Tá ai o último :') chegou ao fim
Mas prontos espero que todos tenham gostado :)
Agora vou -me concentra na proxima fic e daqui a uns dias virei postar a sinopse okey??
Kisses gente e ate daqui a uns dias....love you guys

1 comentário:

  1. Ahh eu não acredito que eles ficaram juntos, que perfeito!!!!
    Esperando ansiosa para a próxima fic.
    Bjs e até logo.

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