Arrependo-me
e tê-la tratado mal naquele dia de madrugada quando acabei dormindo em frente
ao seu quarto. Eu agiria de maneira completamente diferente se eu soubesse. Eu
a teria beijado se soubesse que nunca mais poderia tocá-la. Eu a quero muito,
mas nada podemos fazer para que alguma coisa mude para... melhor. — pensamentos de Joe.
Sonhava com
aquele garoto chamado Joe quando ouvi um baque em minha porta e sobressaltei.
Olhei para Vanessa, que dormia pacificamente. Decidi ver o que havia sido
aquilo.
Calcei meus
chinelos e fui até a porta. Quando a abri, um garoto que estava sentado diante
de minha porta caiu sobre minhas pernas, indo ao chão. Mas ele não estava
apenas sentado, ele estava dormindo.
Ajoelhei-me
ao seu lado e lhe dei um leve tapa na cara para acorda-lo.
— Acorde, Joe
— eu disse. Porque fui logo pensar em abrir a porta?, pensei. Tentei chamá-lo
novamente e ele começou a gemer.
Agarrou-se
em minha perna, e quando tentei tirá-lo fui eu que caí para trás, batendo a
cabeça na porta aberta. Eu arfei de dor e foi aí que ele acordou.
— O que
aconteceu? — ele perguntou enquanto se sentava, totalmente acordado. — Por que
estou aqui com você? — perguntou novamente, só que agora ele parecia
constrangido.
— Você se
“atirou” na minha porta, seu idiota. Quando vim ver o que era, você caiu em
cima de mim e ainda por cima me atacou me fazendo bater a cabeça — respondi á
sua pergunta ainda com a mão na cabeça, sabia que ali ficaria um galo logo,
logo. E chamei Joe de idiota porque ele simplesmente me viu gemer de dor e não
disse nada, nem um pedido de desculpas.
— E o que
eu estava fazendo aqui, garota? — perguntou ele ainda sentado em meu chão,
praticamente dentro de meu quarto, no vão da porta aberta. Ele se levantou e
começou a encarar todas as coisas em sua volta. Eu, meu quarto, o corredor.
Achei aquilo estranho.
— Como é
que eu vou saber, foi você quem me acordou.
— Hum.
Ele me
encarava como se já me conhecesse. Encarei-o enquanto ele me encarava. Quando
seus olhos bateram em minha camiseta do Superman, ele disse algo estranho:
— Você é
minha Lois Lane — ele sussurrou, quase inaudível.
— O quê?
Qual é o seu problema? Eu nem te conhe...
Eu parei de
tagarelar. Senti um déjã vu tão grande... Eu conhecia aquelas palavras. Lois
Lane. Alguém já havia me chamado de Lois Lane antes, mas quem?
JOE!
JOE!
JOE!
JOE!
JOE!
JOE!
JOE!
JOE!
JOE!
JOE!
— Joe! —
sussurrei seu nome quase não acreditando em quem estava parado na minha porta.
— Você se
lembra — disse Joe sorridente.
— Você se
lembra também?
— Sim.
Aquela cena
estava tão estranha, decidi beliscá-lo.
—
Eeeiiiiiiiiiiiii!
— Você não
está morto.
Ele pensou
por alguns segundos e avaliou a nossa situação.
— Não
estava morto neste dia — fez uma pausa. — Somente daqui a duas semanas.
— Isso não
é real — eu disse colocando a mão na cabeça como se estivesse doendo muito.
— Eu me
lembro de estar te dizendo “adeus”. E quando eu abri os olhos vi você. Talvez
isso seja o céu — ele chutou.
— Não seja
idiota, eu não estou morta.
Avaliamos a
situação novamente. Eu fui até meu relógio de cabeceira que marcava quase três
horas da madrugada, peguei o celular e voltei para Joe, que esperava na porta
aberta.
— Não é
possível. Aqui diz que estamos ainda em 2013.
— Como isso
é possível? — ele perguntou confuso.
— Talvez
tenhamos voltado no tempo — eu disse, animada com a ideia.
— Isso
importa? — ele perguntou do nada. O quê?
— Importa
por que e como estamos aqui?
— Não.
— Que bom —
ele disse, e depois me beijou.
Foi
diferente da primeira vez. Talvez porque eu estivera beijando um fantasma, quem
sabe. Esse sonho estava mais do que bom... mas o estranho disso tudo é que não
parecia sonho algum. Deixei isso de lado e me concentrei na língua de Joe, que
buscava a minha sem parar. Suas mãos que massageavam minha cintura e nuca
estavam em um ritmo tão perfeito que eu queria gemer. Ele me apertou contra
porta e ficamos conectados. O nosso beijo quente continuou até que ouvi Vanessa
falar enquanto dormia.
— Aaron
está em seu quarto? — perguntei esperançosa.
— Não me
lembro... ahh...
— Pense
rápido.
— Não,
nesse dia ele estava em uma festa. Ele só apareceu no dia seguinte.
Joe e eu
nem discutimos, juntamos nossas mãos e corremos até o quarto dele e de Aaron.
Trancamos a porta quando entramos e comecei a tirar minhas roupas como se
estivessem pegando fogo. Joe fazia o mesmo. Nossas bocas se conectaram e fomos,
nus, dando passinhos para a frente até chegarmos à sua cama. Ele me deitou
delicadamente e se colocou sobre mim. Suas mãos estavam em todo lugar, como se
não tivéssemos tempo suficiente e o mundo fosse acabar amanhã. Sua mão deslizava
em minhas pernas, minha cintura, estômago, seios, enquanto nos beijávamos com
paixão. Eu passava minha mão em seus cabelos macios e perfeitos e fazia carinho
em suas costas.
— Eu senti
tanto a sua falta — murmurei entre beijos e toques.
— Eu quero
você — ele sussurrou.
— Eu quero
você.
Ele tirou
uma camisinha de dentro da gaveta do armário ao lado, a abriu e vestiu. Abri
ainda mais minhas pernas e ele entrou em mim devagarzinho. Seus olhos se
mantinham nos meus e gememos juntos quando ele estava por fim todo dentro de
mim. Beijei sua testa, seus olhos fechados, suas bochechas e sua boca, como se
tivéssemos todo o tempo do mundo. Quando ele começou a se mover eu me senti no
paraíso. Fazer amor com a pessoa que você ama é o melhor êxtase que alguém
possa ter.
Ele beijava
meus ombros, pescoço e meus mamilos duros.
Nossos
corpos se encaixaram como uma luva, era como se ele fosse feito especialmente
para mim e ninguém mais. Entramos em um ritmo que deixou eu me sentindo a
mulher mais satisfeita do mundo. A maneira que ele me tocava, como ele me
tomava, era o que eu sempre quis.
Eu gemia,
gemia e gritava seu nome. Porque ele era meu, finalmente, de uma maneira que
nunca pensávamos que seria possível. Eu o amava mais que a qualquer outra
pessoa no mundo, e ele era meu.
Estava
dentro de mim e me fazia ser a pessoa mais feliz da terra.
Chegamos ao
êxtase juntos, ele desabou sobre mim. Estávamos ofegantes e eu tremia. Beijei
sua cabeça quando ele descansava em meu peito, e caímos no sono.
O curso da
história mudou e agora estávamos juntos. Como Joe tinha me prometido. Acordamos
naquela manhã como um casal em lua de mel, felizes por estarmos juntos. Ficamos
no quarto nos beijando e fazendo amor até a hora em que éramos obrigados a nos
levantar. As duas semanas seguintes passaram como mágica e finalmente chegou o
dia. O dia em que Joe morreria, afinal de contas. Ele teria que estar lá quando
acontecesse. Mas não se alarme, nós temos tudo planejado.
Joe foi
brigar com Brian naquela noite, eu estava em algum lugar ali perto e Lewis
estava comigo. Quando ele saiu do quarto, Olívia o seguiu. Quando ela o apagou
e levantou as mãos para estrangulá-lo,
Lewis e
seus companheiros entraram em ação. Olivia foi presa por tentativa de
assassinato e Joe sobreviveu, assim como os outros três garotos que seriam
mortos em seguida.
Eu e Joe
estávamos juntos em nosso quarto rindo disso e daquilo quando alguém bateu na
porta e entrou. Era a última pessoa que eu esperava ver.
— Que bom.
Vocês estão juntos — disse ele aliviado.
— Troy?
— Sim, Demi.
Bom vê-lo bem, Joe.
— Como
você...? Você se lembra. Como você se lembra quando ninguém mais se lembra?
— Ora,
porque fui eu quem fez isso tudo — disse ele, como se fosse a coisa mais normal
do mundo. Joe e eu somente o encaramos.
— Você?
Como? Como é possível?
— Querida,
eu sou apenas um Ajudante.
— Ajudante?
De quem? — perguntou Joe.
— Da
Humanidade, é claro — Eu e Joe estávamos mais perdidos do que uma vovozinha
procurando os óculos no próprio rosto. — Apenas um, em cada século, um Ajudante
da Humanidade nasce. Essa única pessoa terá poderes que poderá ajudar a Humanidade.
— E essa
pessoa é você? Aqui? Justo aqui em Jericho? Isso é loucura
— eu disse,
boquiaberta.
— Por que
você retrocedeu o tempo? — perguntou Joe.
— Nós,
Ajudantes da Humanidade, sabemos quando vários desastres acontecem ao mesmo
tempo. E, além disso, eu posso saber com apenas um toque em uma pessoa morta
qual o futuro ela teria se estivesse viva. E o futuro de Joe foi muito grande
para eu simplesmente ignorar.
— Mas isso
não afeta o mundo de alguma maneira? Você afinal está desfazendo mortes— eu disse.
— Nada está
definido quando a morte não é natural. Eu posso mudar o destino de algumas
pessoas que foram assassinadas, tiradas de suas vidas que teriam sido ótimas.
— Como isso
acontece?
— As mortes
naturais não podem ser evitadas, mas os assassinatos... Bom, isso é outra
história. Somente vocês dois impediram três mortes nos próximos meses, e, assim
como vocês se lembram do que aconteceu, outras pessoas conhecem a verdade e com
sorte farão a coisa certa.
— Você pode
voltar no tempo quantas vezes quiser? — perguntei.
— Podemos
retornar no tempo quantas vezes necessárias para consertar o que deve ser
consertado. Por que vocês acham que os déjà vus acontecem? Algumas pessoas são
fortes o bastante e têm uma leve impressão de que aquilo já aconteceu. Alguns déjà
vus são tão fortes que a pessoa pode até prever o futuro, como premonições.
Joe e eu
nos encaramos.
— Não
precisarei dos seus cuidados em meu necrotério nos próximos meses, Demi. Estou
certo de que poderei cuidar de tudo sozinho. Enquanto isso, apenas aproveitem o
tempo que perderam — Troy disse, e deu uma piscadela. Quando ele estava quase
saindo, eu o chamei.
— Troy?
— Sim,
querida.
— Obrigada.
— Amor
verdadeiro como o de vocês dois deve ser vivido — terminou, e, dito isso, ele
saiu.
— Você
ouviu isso, Demi? Meu futuro vai ser grande, acho que você escolheu o cara
certo — disse ele sorrindo. Sentei em seu colo e o beijei.
Brian foi
preso por estupro nas semanas seguintes, assim como Gabriel. Digamos que eu dei
uma ajudinha aqui e ali. Apresentei Vanessa para Aaron quando fiquei sabendo
por Joe que ele havia parado de beber. Foi como se os dois soubessem que já
tivessem uma ligação anterior e rapidamente se entenderam.
Joe estava
feliz por voltar às aulas que perdeu, e eu estava me lamentando porque teria
que estudar tudo de novo. O meu laço de amizade com Vanessa estava no caminho
certo e Ster não deu em cima de mim por saber que eu já estava comprometida. O
professor Bradley anunciou que o trabalho de DNA de Joe seria publicado como
livro.
Nós rimos,
nós choramos, nós vivemos.
— Então
esse é o grande rapaz de quem a minha princesa sempre fala? — perguntou meu pai
sorrindo quando apresentei Joe no Natal, na maneira tradicional. Nada de
fantasmas e nada de papos mórbidos.
Minha mãe o
adorou, até já está fazendo planos de casamento. Essas mães só pensam nisso...
Quando deu
meia-noite, no ano-novo, fizemos brindes.
— À minha
Lois Lane.
— Ao meu
Clark Kent.
— O que
eles disseram? — perguntou meu pai confuso.
— Não tenho
a menor ideia. — disse minha mãe por fim.
FIM!
XOXO Neia :)
Tá ai o último :') chegou ao fim
Mas prontos espero que todos tenham gostado :)
Agora vou -me concentra na proxima fic e daqui a uns dias virei postar a sinopse okey??
Kisses gente e ate daqui a uns dias....love you guys
Ahh eu não acredito que eles ficaram juntos, que perfeito!!!!
ResponderEliminarEsperando ansiosa para a próxima fic.
Bjs e até logo.