Demi
- Meu pai é controlador, odeio minha madrasta, meu irmão
morreu e minha mãe têm, digamos, problemas. Como você acha que estou?
Era assim que eu adoraria ter respondido a pergunta da Sra.
Collins, mas meu pai dava importância demais as aparências para eu responder
com honestidade. Em vez disso, pensei duas vezes e disse:
- Bem.
A Sra. Collins, a nova assistente social da Eastwick High,
agiu como se eu não tivesse falado nada. Ela largou uma pilha de casos no canto
da mesa já abarrotada e folheou vários papéis. Minha nova terapeuta gemeu quando
encontrou minha pasta, com sete centímetros de espessura, e tomou um
reconfortante gole de café, deixando uma marca de batom vermelho na borda da
xícara. O fedor de café barato e de lápis recém- apontado pairava no ar.
Na cadeira a minha direita, meu pai olhou o relógio e, a
minha esquerda, a Bruxa Má do Oeste se remexia impaciente. Eu estava perdendo a
primeira aula de cálculo e meu pai estava perdendo uma reunião muito
importante. E minha madrasta de Oz estava perdendo o que? Tenho certeza de que
estava perdendo o cérebro.
- Vocês não adoram o mês de janeiro? - perguntou a Sra.
Collins enquanto abria meu histórico. - Novo ano, novo mês, uma ficha em branco
para começar do zero. - Sem esperar uma resposta, ela continuou:
- Vocês gostam das cortinas? Eu que fiz.
Em um movimento sincronizado, meu pai, minha madrasta e eu voltamos
nossa atenção para as cortinas de bolinhas cor-de-rosa nas janelas que davam
para o estacionamento. As cortinas pareciam coisa de roça, com uma cor que
chegava a doer. Nenhum de nós respondeu, e nosso silêncio criou um embaraço
pesado.
O BlackBerry do meu pai vibrou. Com um esforço exagerado,
ele o puxou do bolso e rolou a tela. Ashley batucava com os dedos na barriga inchada
e eu lia as diversas placas pintadas à mão penduradas na parede para me
concentrar em qualquer coisa que não fosse ela.
O fracasso é seu único inimigo.
A única maneira de subir e nunca olhar para baixo.
Temos sucesso porque acreditamos.
Num ninho de mafagafos sete mafagafinhos há; quem os
desmafagafizar bom desmafagafizador será.
OK, a última frase não estava na parede de ditados, mas eu
acharia sensacional.
A Sra. Collins me lembrava de um enorme labrador, com os
cabelos loiros e uma atitude amigável demais.
- As notas da Demi são fantásticas. Vocês devem ter muito
orgulho da sua filha.
Ela me deu um sorriso sincero, mostrando todos os dentes.
Liguem o cronômetro. Minha sessão de terapia começou oficialmente.
Cerca de dois anos atrás, depois do incidente, os Serviços de Proteção a
Criança tinham "recomendado fortemente" a terapia e meu pai sabia que
era melhor dizer "sim" a qualquer coisa "recomendada fortemente".
Eu costumava ir à terapia como as pessoas normais, em um consultório separado
da escola. Graças a um financiamento do estado do Kentucky e uma assistente
social empolgada, eu tinha me tornado parte desse programa piloto. O único
trabalho da Sra. Collins era lidar com algumas crianças da minha escola. Sorte
a minha.
Meu pai se endireitou na cadeira.
- As notas de matemática foram baixas. Quero que ela refaça
as provas.
- Tem um banheiro por aqui?- interrompeu Ashley. - O bebê
adora sentar na minha bexiga.
Na verdade, Ashley adorava transformar tudo em assunto de
Já. A Senhora Collins deu um sorriso amarelo e apontou para a porta.
- Vá até o corredor principal e vire à direita.
Pelo modo como ela manobrou para sair da cadeira, Ashley
agia como se carregasse uma bola de quinhentos quilos, em vez de um bebê minúsculo.
Sacudi a cabeça com desprezo, o que só fez meu pai me lançar um olhar
congelante.
- Sr. Lovato - continuou a Sra. Collins depois que Ashley
saiu da sala -, as notas da Demi estão bem acima da média nacional e, de acordo
com o histórico, ela já se candidatou as faculdades que quis.
- Tem algumas faculdades de administração com prazos
estendidos que eu gostaria que ela tentasse. Além disso, esta família não
aceita "acima da média". Minha filha e muito mais do que isso.
Meu pai falava como um deus. Ele poderia ter acrescentado à
frase "Que isso fique muito claro aqui".
Coloquei o cotovelo no braço da cadeira e escondi o rosto
com as mãos.
- Estou vendo que isso realmente o chateia, Sr. Lovato -
disse a Sra. Collins em um tom irritantemente calma. - Mas a Demi praticamente gabarita
as provas de inglês...
E foi aí que eu me desliguei deles. Meu pai e a orientadora
anterior tiveram essa briga no meu segundo ano, quando fiz o exame nacional como
treino. Depois, de novo, no ano passado, quando fiz para valer pela primeira
vez. Em algum momento, a orientadora percebeu que meu pai sempre ganhava e
começou a desistir depois do primeiro round.
Minhas notas nos testes eram a menor das minhas
preocupações. Conseguir dinheiro para consertar o carro do Aires era a
preocupação que ocupava meu cérebro. Desde a morte do Aires, meu pai tinha
ficado irredutível no assunto, insistindo que deveríamos vendê- lo.
- Demi, você está satisfeita com as suas notas? - perguntou
a Sra. Collins.
Espiei através do cabelo vermelho cacheado pendurado sobre
o meu rosto. A última terapeuta entendia a hierarquia da nossa família e falava
com o meu pai, não comigo.
- Como?
- Você está feliz com suas notas no exame? Quer fazer as
provas de novo? - Ela cruzou as mãos e as colocou sobre a minha pasta. – Você
quer se candidatar a outras faculdades?
Fitei os olhos cinza cansados do meu pai. Vamos ver. Fazer
as provas mais uma vez significaria meu pai me pressionando a cada segundo para
estudar, o que no fim das contas significaria ter de madrugar aos sábados, passar
a manhã toda fritando meu cérebro e depois me preocupar por semanas com os
resultados. Quanto a me candidatar a outras faculdades?
Prefiro fazer as provas de novo.
- Na verdade, não.
As rugas de preocupação marcadas para todo o sempre ao
redor dos olhos e da boca dele se aprofundaram em desaprovação. Mudei meu tom.
- Meu pai está certo. É melhor eu fazer de novo sim.
A Sra. Collins escreveu na minha ficha com uma caneta.
Minha última terapeuta conhecia muito bem meus problemas com autoridade.
Não havia necessidade de reescrever o que já estava ali.
Ashley cambaleou de volta para a sala e se jogou na cadeira
ao meu lado.
- Perdi alguma coisa?
Eu sinceramente tinha esquecido que ela existia. Ah, se meu
pai fizesse o mesmo...
- Nada - respondeu meu pai.
A Sra. Collins finalmente parou de escrever.
- Antes de ir para a aula, pergunte a Sra. Marcos quando
são as próximas provas. E, como estou fazendo o papel de orientadora, gostaria de
discutir sua agenda para o período de inverno. Você ocupou seus horários livres
com várias aulas de negócios. Eu gostaria de saber por que.
A resposta verdadeira - porque meu pai me obrigou – provavelmente
irritaria várias pessoas na sala. Então improvisei:
- Elas vão me ajudar a me preparar para a faculdade.
Uau. Eu disse isso com todo o entusiasmo de uma criança de
seis anos esperando para tomar injeção. Péssima escolha de minha parte. Meu pai
se remexeu de novo na cadeira e suspirou. Pensei em dar uma resposta diferente,
mas imaginei que essa resposta também seria desanimada.
A Sra. Collins examinou minha ficha.
- Você demonstrou um talento incrível para arte,
principalmente pintura. Não estou sugerindo que você abandone todas as aulas de
negócios, mas poderia trancar uma delas e fazer artes no lugar.
- Não. – rosnou meu pai. Ele se inclinou para frente,
apontando para ela. – A Demi não vai fazer nenhuma aula de artes, está claro.
Meu pai era uma mistura de instrutor militar e Coelho
Branco da Alice: sempre tinha algum lugar importante para ir e adorava mandar
em todo mundo.
Tive de dar crédito a Sra. Collins; ela não piscou uma
única vez antes de se render.
- Como água.
- Bem, agora podemos ir... - Ashley e seu bebê protuberante
ficaram na ponta da cadeira, se preparando para levantar. - Sem querer marquei compromissos
demais para hoje e vou fazer ultrassom. Pode ser que a gente descubra o sexo do
bebê.
- Sra. Lovato, os estudos da Demi não são o motivo desta
reunião, mas vou entender se tiver de sair. - Ela pegou uma carta oficial na
gaveta superior enquanto Ashley, corada, se sentou de novo. Eu já tinha visto aquele
cabeçalho várias vezes nos últimos dois anos. Os Serviços de Proteção a Criança
gostavam de matar florestas.
A Sra. Collins leu a carta em silêncio enquanto eu
secretamente desejava entrar em combustão espontânea. Meu pai e eu nos largamos
na cadeira. Ah, as alegrias da terapia em grupo.
Enquanto a esperava terminar de ler, percebi um sapo verde
de pelúcia ao lado do computador, uma foto dela com um cara possivelmente o
marido e, no canto da mesa, uma faixa azul. Daquelas enfeitadas que as pessoas
recebem quando ganham uma competição. Algo estranho borbulhou dentro de mim. Hummm...
Esquisito.
A Sra. Collins fez dois furos na carta e a colocou na minha
pasta, já lotada.
- Pronto, sou oficialmente sua terapeuta.
Quando ela não disse mais nada, voltei o olhar da faixa
para ela.
Ela estava me observando.
- E uma bela faixa, não, Demi?
Meu pai engoliu em seco e lançou um olhar mortal para a
Sra. Collins. OK era uma reação estranha, mas, por outro lado, ele estava irritado
de estar ali. Meus olhos se voltaram de novo para a faixa. Por que parecia
familiar?
- Acho que sim.
Os olhos dela se esgueiraram para as plaquetas de metal que
eu distraidamente remexia ao redor do pescoço.
- Sinto muito pela perda da família. Qual ramo das Forças Armadas?
Ótimo. Meu pai ia ter um ataque do coração. Ele tinha
deixado claro umas setenta e cinco vezes que as plaquetas de identificação do Aires
deveriam ficar na caixa debaixo da minha cama, mas eu precisava delas hoje -
nova terapeuta, os dois anos da morte do Aires ainda recentes e o primeiro dia
do meu último semestre na escola. A náusea revirava meu estômago. Evitando a
testa franzida de desaprovação do meu pai, fiz um esforço enorme para buscar
pontas duplas no meu cabelo.
- Marinha - respondeu meu pai de forma breve. - Olha, tenho
uma reunião ainda de manhã com clientes potenciais, prometi pra Ashley que iria
ao médico com ela e a Demi esta perdendo aula. Quando vamos encerrar este
assunto?
- Quando eu determinar. Se dificultar essas sessões, Sr. Lovato,
ficarei muito feliz em ligar para a assistente social da Demi.
Eu me segurei para não rir. A Sra. Collins sabia conduzir
as coisas.
Meu pai recuou, mas minha madrasta, por outro lado...
- Eu não entendo. A Demi vai fazer dezoito anos daqui a
pouco. Por que o estado ainda tem autoridade sobre ela?
- Porque é isso que o estado, a assistente social dela e eu
achamos que é melhor para ela. - A Sra. Collins fechou minha pasta. - A Demi
vai continuar a terapia comigo até se formar, na primavera. Então o estado do Kentucky
pode libera- la... e a vocês.
Ela esperou Ashley acenar com a cabeça aceitando a situação
em silêncio antes de continuar.
- Como você está, Demi?
Maravilhosa. Fantástica. Melhor do que nunca.
- Bem.
- É mesmo? - Ela batucou com um dedo no próprio queixo. - Porque
eu acharia que o aniversário da morte do seu irmão pudesse despertar emoções
dolorosas.
A Sra. Collins me olhava enquanto eu a encarava sem
expressão.
Meu pai e Ashley observavam o espetáculo desagradável. A
culpa me incomodava.
Tecnicamente, ela não me fez uma pergunta; então, na
teoria, eu não precisava responder, mas a necessidade de agradar a Sra. Collins
foi maior. Mas por quê? Ela era mais uma terapeuta na história. Todas elas me
faziam as mesmas perguntas e prometiam me ajudar, mas todas me deixavam nas
mesmas condições em que me encontravam: arrasada.
- Ela chora. - A voz aguda de Ashley cortou o silêncio como
se ela estivesse contando uma fofoca no cabeleireiro. – O tempo todo. Ela
sentiu muita falta do Aires.
Meu pai e eu viramos a cabeça para olhar para a perua
loura. Eu queria que ela continuasse, enquanto meu pai, tenho certeza, queria
que ela calasse a boca. Deus me ouviu pela primeira vez. Ashley continuou:
- Todos nós sentimos falta dele. É muito triste pensar que
o bebê nunca vai conhece- lo.
E, mais uma vez, bem- vindos ao espetáculo de Ashley, com o
patrocínio do meu pai. A Sra. Collins escrevia muito rápido, sem dúvida registrando
todas as palavras descuidadas de Ashley na minha ficha enquanto meu pai
resmungava.
- Demi, você quer falar do Aires na sessão de hoje?-
perguntou a Sra. Collins.
- Não. - Essa possivelmente foi a resposta mais honesta que
eu dei durante toda a manhã.
- Tudo bem - disse ela. - Vamos deixar esse assunto para
outro dia. E a sua mãe? Você tem algum contato com ela?
Ashley e meu pai responderam ao mesmo tempo:
- Não.
Enquanto eu soltei:
- Mais ou menos.
Eu me senti prensada pelo modo como os dois se inclinaram
na minha direção. Não sei muito bem o que me levou a contar a verdade.
- Tentei ligar pra ela durante as férias. - Como ela não
atendeu, fiquei sentada ao lado do telefone por dias, esperando e rezando para
que minha mãe se lembrasse de que dois anos antes, meu irmão, filho dela, tinha
morrido.
Meu pai passou a mão pelo rosto.
- Você sabe que não tem permissão para ter contato com a
sua mãe. - A raiva na voz indicava que ele não acreditava que eu tinha dado a terapeuta
essa informação irresistível. - Você tem um mandado de restrição. Demi foi pelo
telefone fixo ou pelo celular?
- Pelo fixo - eu estava sufocada. - Mas eu não falei com
ela. Juro.
Ele mexeu no BlackBerry e o número do advogado apareceu na
tela.
Agarrei as plaquetas de identificação, com o nome e a
identidade militar do Aires se encaixando na palma da minha mão.
- Por favor, pai, não - sussurrei.
Ele hesitou, e meu coração quase parou. Então, pela graça
de Deus, ele largou o telefone no colo.
- Agora vamos ter que mudar o número do telefone.
Concordei com a cabeça. Era uma droga que minha mãe nunca pudesse
ligar para minha casa, mas aceitei o golpe... Por ela. Entre todas as coisas que
a minha mãe precisava, a prisão não era uma delas.
- Você teve contato com a sua mãe desde então?- A Sra.
Collins deixou a simpatia de lado.
- Não. - Fechei os olhos e respirei fundo. Tudo em mim
doía. Eu não conseguiria manter a cara de paisagem por muito tempo. Essa linha
de questionamento cutucava as feridas recém- cicatrizadas da minha alma.
- Para confirmar que estamos falando a mesma língua: você
sabe que, enquanto houver um mandado de restrição, o contato entre você e a sua
mãe é proibido, mesmo que a iniciativa seja sua?
- Sei. - Respirei fundo de novo. O nó na minha garganta
impedia a entrada do precioso oxigênio. Eu sentia saudade do Aires e, meu Deus,
da minha mãe, e Ashley ia ter um bebê, e meu pai me cobrava o tempo todo, e...
eu precisava de alguma coisa, qualquer coisa.
Indo contra qualquer bom senso, deixei as palavras
escaparem da minha boca.
- Eu quero consertar o carro do Aires. - Talvez, e era
apenas uma suposição, restaurar algo dele fizesse minha dor sumir.
- Ah, não, isso de novo... - resmungou meu pai.
- Espera. Isso o que? Demi, do que você está falando? -
perguntou a Sra. Collins.
Encarei as luvas nas minhas mãos.
- O Aires encontrou um Corvette 1965 num ferro- velho. Ele passava
todo o tempo livre consertando o carro e estava quase terminando antes de ir
para o Afeganistão. Eu quero restaurar o carro. Pelo Aires. – Por mim. Ele não
deixou nada para trás quando partiu, além do carro.
- Isso me parece um jeito saudável de lembrar o seu irmão.
Qual sua opinião sobre isso, Sr. Lovato? - A Sra. Collins sabia fazer cara de cachorro
pidão, um talento que eu ainda precisava dominar.
Meu pai, presente de corpo, mas com a mente sempre no
trabalho, rolou a tela do BlackBerry.
- Isso custa dinheiro, e não vejo por que consertar um
carro quebrado se ela tem um que funciona.
- Então me deixa arrumar um emprego - soltei. - E podemos
vender o meu carro depois que o do Aires estiver funcionando.
Todos os olhares estavam voltados para ele, e agora o dele
estava voltado para mim. Sem querer, eu encurralei meu pai. Ele queria dizer "não",
mas isso provocaria a ira da nova terapeuta. Afinal, tínhamos que ser perfeitos
na terapia. Deus nos livre de aproveitar a oportunidade para discutir nossos
problemas.
- Está bem, mas ela vai ter que pagar pelo carro sozinha, e
a Demi sabe as minhas regras sobre emprego. Ela tem que achar um emprego flexível
que não interfira nos assuntos da escola, nos acordos que fizemos e nas notas.
Então, assunto encerrado?
A Sra. Collins olhou de relance para o relógio.
- Ainda não. Demi, sua assistente social estendeu sua
terapia até a formatura por causa das avaliações dos seus professores. Desde o
início do terceiro ano, todos os seus professores perceberam um retrocesso
nítido na sua participação em sala de aula e na interação com os colegas. - Os
olhos acolhedores encararam os meus. - Todo mundo quer que você seja feliz, Demi,
e eu gostaria que você me desse a oportunidade de ajudar.
Ergui uma sobrancelha. Até parece que eu tinha escolha
quanta a terapia. E, quanta a minha felicidade... boa sorte.
- Claro.
A voz animada da Ashley me assustou.
- Ela tem um encontro no Dia dos Namorados.
Agora foi a vez de o meu pai e eu falarmos ao mesmo tempo.
- Tenho?
- Tem?
Os olhos da Ashley se alternavam nervosos entre mim e meu
pai.
- Claro, não se lembra, Demi? Ontem à noite falamos sobre o
novo carinha que você está paquerando, e eu disse que você não devia largar seus
amigos na escola porque estava obcecada por um cara.
Pensei em qual parte me perturbava mais: o namorado
imaginário ou o fato de ela dizer que realmente conversamos. Enquanto eu estava
decidindo, meu pai se levantou e vestiu o casaco.
- Esta vendo, Sra. Collins? A Demi está bem. Só um pouco
abalada pela paixão. Por mais que eu goste dessas sessões, a consulta da Ashley
e daqui a vinte minutes, e não quero que a Demi perca mais aulas.
- Demi, você realmente esta interessada em ganhar dinheiro
para consertar o carro do seu irmão?- perguntou a Sra. Collins enquanto acompanhava
meu pai e minha madrasta até a saída.
Puxei as luvas que eu estava usando para cobrir a pele.
- Mais do que você pode imaginar.
Ela sorriu para mim antes de sair pela porta.
- Então eu tenho um emprego pra você. Espere aqui para discutirmos
os detalhes.
Os três se reuniram no outro canto do escritório,
sussurrando entre si. Meu pai colocou o braço na cintura da Ashley, e ela se
recostou nele enquanto os dois concordavam com a cabeça ouvindo as palavras murmuradas
da Sra. Collins. A conhecida pontada de ciúme e raiva me revirou por dentro.
Como ele podia amá- la, mesmo ela tendo causado tanta destruição?
XOXO Neia :)
Oiee
Como prometido é devido...ai está o 1º cap.
Espero que tenham gostado gente...próximo fim de semana há mais, ou se me apetecer, ate no meio da semana postarei outro...mas ainda não sei!
Bem, espero que esteja tudo bom com vocês e claro, comente né ;)
Até ao próximo capitulo.
Kisses amo vocês <3
Já adorei! A Demi precisa enfrentar esse pai dela, pelo amor de Deus!! Já não gostei dele! E estou louca pro Joe tudão aparecer!!
ResponderEliminarContinua..
Fabiola Barboza :*
Já to amando essa fic
ResponderEliminarPosta logo!!!