domingo, 27 de julho de 2014
O Sussurrar de Uma Garota Apaixonada – Capitulo 18 - Penúltimo
Uma semana se passou desde a descoberta da identidade do serial killer e eu ainda tinha pesadelos durante a noite. Mas Joe sempre estava ao meu lado quando acordava suada e assustada. Eu o abraçava quando podia tocá-lo, ou apenas memorizava cada centímetro de seu rosto até conseguir dormir novamente.
A notícia sobre Olivia ser a serial killer do campus apareceu nos jornais e até na televisão. As aulas voltaram, mas ninguém conseguia ainda acreditar que Olivia poderia ter sido a causadora de tanta dor e sofrimento. Ela, que ainda havia fingido se importar.
Joe queria conversar comigo sobre algo que eu sabia muito bem o que era, mas eu sempre o interrompia ou apenas o ignorava. Senti ódio de mim mesma por pensar que eu pudesse mantê-lo aqui. Eu o queria feliz, mas não estava dando a ele o que ele mais queria: voltar para seus pais e descansar na luz, em paz. Então, quando ele tocou no assunto novamente, eu aceitei.
— Demi, precisamos conversar — ele começou dizendo enquanto eu procurava algo para vestir para ir me encontrar com Ster e Vanessa na festa de Aaron. Não, ele não estava mais bebendo, era apenas seu aniversário de 24 anos.
Joguei os dois vestidos que tinha nas mãos sobre a cama e disse com uma dor em minha voz.
— Eu sei. Você tem que ir.
Ele assentiu com um longo movimento de cabeça e caminhou até mim. Não consegui olhar em seus olhos enquanto ele falava.
— Eu fiquei aqui porque queria que minha tia soubesse o quanto eu a amava. Eu fiquei porque queria uma conclusão sobre a minha morte. E eu fiquei porque eu queria que você soubesse o que eu sentia por você. Você foi a única pessoa que eu vi em minha mente quando morri, acho que foi por isso que eu apareci em seu quarto. Eu queria estar com você. — Eu senti as lágrimas chegando. — Tudo o que eu queria se realizou. Eu sinto que agora eu posso ir.
— Eu queria tocar em você — sussurrei de olhos fechados quando as primeiras lágrimas caíram.
— Acho melhor não.
Não fiquei brava com sua resposta, na verdade eu até a esperava.
Apenas fiz um sim com a cabeça para mostrar a ele que entendia.
— Olhe para mim — ele pediu. Eu o fiz. Eu sabia que ele sentia a mesma dor que eu, mas eu vi naqueles olhos uma felicidade que eu nunca havia visto antes. Seus olhos brilhavam. — Eu sempre vou estar com você.
— Não, você não vai — disse bruscamente e virei as costas para ele.
Meu coração doía, parecia se partir cada vez mais e a qualquer momento iria se despedaçar com toda a força. Em milhares de pedacinhos que levaria meses, anos para juntá-los e colá-los novamente. Eu sabia que isso iria acontecer desde o momento em que comecei a sentir algo por ele. Por que eu não fiquei longe? Por que eu tinha que ser tão tola e infantil? Eu sabia que não poderia tê-lo, mas mesmo assim fui atrás dele. O que havia de errado comigo?
— Você sabe que eu te amo... mas meu lugar não é aqui — o ouvi dizer. Comecei a soluçar de tanto chorar.
— Então eu posso ir com você — disse chorosa quando me virei para encará-lo. — Eu... vou sair daqui e ficar no meio da rua até alguém passar por cima de mim... Ou eu posso me matar agora mesmo — peguei uma tesoura que estava perto de mim e, com lágrimas escorrendo, a levei até meu pulso.
Joe foi rápido e jogou a tesoura longe. Colocou ambas as mãos em meus braços e me segurou em sua frente. Também havia lágrimas em seus olhos.
— Eu nunca te deixaria fazer algo assim.
— Mas eu q-q-quero morrer, eu quero ficar com você pra s-s-s-sempre.
Ele me envolveu em um abraço forte e apertado. Tudo que eu podia fazer era chorar e implorar a Deus que me tirasse daquele mundo.
— Pense em Vanessa, Ster, Aaron, seus pais, Troy... todos eles precisam de você mais do que eu.
— Mas eu preciso de você — teimei.
— Ficaremos juntos — começou meu Joe, afastando a cabeça e olhando nos meus olhos molhados, em minha alma machucada — Eu prometo que ficaremos juntos. Você é minha Lois Lane. Clark e Lois sempre ficam juntos, apesar de tudo que passam, não é?
— Sim.
— Ficaremos juntos, eu prometo. Mas prometa que você não vai fazer algo estúpido como tentar se matar. Prometa-me.
Eu hesitei.
— PROMETA-ME, DEMI! - gritou ele enquanto apertava mais meus braços.
— SIM. Tudo bem.
— Diga.
— EU PROMETO! — gritei.
Seus lábios caíram nos meus e nos beijamos pela última vez. Eu diria que foi perfeito, mas eu chorava feito uma condenada. Lágrimas se misturaram ao nosso beijo, tudo que eu queria era que aquele momento nunca acabasse. Mas nem sempre podemos ter o que queremos.
— Eu te amo — sussurrou Joe.
— Eu te amo mais.
Enquanto ele dava pequenos passos para longe de mim, acenou um não com a cabeça e com um sorriso ele me disse:
— Isso não é possível.
Quando Joe parou, ele começou a brilhar fortemente. Meus olhos doíam, mas eu queria e iria ficar de olhos abertos para vê-lo me deixar. Depois de um grande sorriso em minha direção ele lentamente começou a desaparecer. Primeiro seus pés, suas pernas, seu peito e por último seu rosto. Ele sumiu, mas ouvi:
— Eu amarei você para sempre, Lois Lane.
Eu sorri. Eu deveria sorrir?
Um mês se passou e eu ainda esperava encontrar Joe em algum lugar perto de mim. Observando-me, cuidando de mim como ninguém nunca havia feito. Sonhei com ele, sonhei com ele todas as noites. Era isso o que me deixava sã, isso e Vanessa. Queria pensar que ele ainda estava por aí, invisível, cuidando de mim e me amando com seu jeito único. Era isso que eu estava fazendo. Decidi visitar a tia dele todo mês, ela me contava histórias sobre ele e sobre as coisas que costumava fazer. Isso fazia com que Joe se tornasse real, e também tudo o que passamos juntos. A cicatriz em meu braço esquerdo também me fazia lembrar o quanto real aquilo foi.
Uma coisa é certa. Eu não me arrependi de nenhuma escolha que fiz. Acho que a minha melhor escolha na vida foi no dia em que decidi amá-lo. Ele está sempre comigo e sempre o amarei. Meu Clark Kent.
XOXO Neia *-*
O Joe se foi pra sempre???
GENTE!! Só falta 1 capitulo para terminar :'(
Vá dêem sugestões para aproxima fic :)
Kisses <3
terça-feira, 22 de julho de 2014
O Sussurrar de Uma Garota Apaixonada – Capitulo 17
Meu coração
pulou. Eu agradeci a Coca Cola com um sorriso forçado. Não queria pensar no que
havia visto e nem no que aquilo significava. Joe devia ter cometido um erro,
talvez ele se lembrasse do relógio de Olivia em outro lugar, não no momento de
seu assassinato.
Tinha que
haver alguma explicação. Eu apenas não queria acreditar naquilo, então eu
fiquei lá sorrindo para ela e bebendo minha Coca até que acabasse.
— Há quanto
tempo você é professora? — perguntei.
— Eu tenho
29, leciono desde os 21.
— Você
gosta dessa profissão? — O que você está
fazendo, Demi?
— Gosto.
Quando vejo uma nota alta em uma prova ou trabalho eu me sinto realizada. O
aluno sabe aquilo por minha causa, e isso é uma ótima sensação — falou ela
enquanto caminhava pelo quarto. Por fim ela descansou e se sentou em sua cama,
ficou de frente para mim. Como uma pessoa tão doce como ela poderia ser algo
tão horrível? Eu não conseguia acreditar.
— Você é
uma ótima professora, minha favorita.
— Obrigada,
Demi, e você é uma ótima aluna — ela sorrindo.
— Então,
depois de todo esse caminho que você correu, não entendo como uma pessoa gentil
como você poderia ser uma assassina. Ou melhor, uma serial killer — dei um gole
em minha Coca e sussurrei: — Inacreditável.
Eu esperava
que ela começasse a rir ou me olhasse como eu estivesse maluca. Ou até mesmo eu
esperaria por ela em cima de mim para me matar. Mas tudo que ela fez foi dizer:
— Eu sabia
que você iria descobrir — disse, fechando os olhos e bufando. Ela não era nem
um pouco ameaçadora, na verdade nem o tom de sua voz mudou. Estava gentil
adorável como sempre. — Quando você me viu naquele dia, eu soube que era uma
questão de tempo.
— Ótima
fantasia, afinal — disse eu, em relação à roupa preta. — Nem imaginava que
fosse uma mulher — eu não sei por que eu estava tão calma, conversar assim
normalmente com uma assassina não era normal.
Mas eu
tinha a sensação de que ela não me machucaria. De que ela NUNCA me machucaria.
Acho que ela descobriu o que eu estava pensando.
— Eu não
vou machucá-la — é, por algum motivo ela só atava rapazes.
— Por quê?
Por que você os matou? — não me segurei e tive que perguntar, aliás, eu queria
e necessitava de algumas resposta.
— Eles
mereceram. Garotos que abusam de mulheres não devem viver— respondeu ela
cruamente. Eu me arrepiei toda e não foi simplesmente pela maneira que ela
disse o que disse, mas pela resposta também. Joe havia abusado de alguma pobre
garota? Ele não poderia... ele nunca faria mal a ninguém. Olivia se levantou e
cruzou os braços. —
Exceto
talvez aquele garoto, o Joe. Ele foi apenas um erro, não deveria ter acontecido
— ela confessou quase envergonhada, o que me deu nojo.
A partir
daquele momento eu comecei a sentir nojo daquela pessoa que eu pensei que
amasse.
— Esclareça
isso, por favor — pedi com os dentes cerrados.
— Eu pensei
que Brian estava sozinho no quarto. Eu não sabia que Joe estava lá. Quando me
dei conta, era Joe quem estava adormecido em meus braços, e não Brian.
— Então por
que você o matou se viu que tinha cometido um erro?
— Porque eu
tinha certeza absoluta de que ele viu que era eu antes de fechar os olhos. Não
podia correr o risco de ele contar para a polícia quando acordasse. Tive que
mata-lo e eu sinto muito por isso.
Eu fiquei a
olhando para Olivia e sentindo pena por existir alguém tão miserável no mundo.
Como eu pude confiar nessa pessoa? Como eu deixei ela me confortar em momentos
de tristeza mais de uma vez, se ela mesma era a culpada? Como eu não vi isso
antes? Como ninguém viu isso antes?
— E o que
Brian fez de tão terrível por merecer esse destino? — perguntei com desdém e
isso a deixou zangada.
— Aquele
parasita estuprou a minha irmã casula. Apenas 16 anos e ele a violou —
respondeu Olivia quase aos gritos.
— E quanto
ao Gabriel?
— Ele
estava se gabando com os amigos quando chegou de férias.
Disse que
deu um trato total em uma garota que ele odiava.
— Como você
sabe se era verdade? Poderia ser uma brincadeira.
— Era
verdade porque eu pesquisei na internet as notícias onde seus pais moravam.
Nancy Cassidy, 14 anos, estuprada e quase surrada até a morte. Gabriel foi
embora depois do ato e Nancy não pôde contar à polícia porque estava em coma —
Deus! E eu pensando que Gabriel era uma pessoa decente e adorável. Eu estava
julgando mal o caráter das pessoas ultimamente. — Todos os garotos mereceram
morrer.
Meu coração
começou a bater tão rapidamente que eu pensei que ele fosse fugir. Tudo o que
eu conhecia de Olivia desapareceu, até mesmo o sentimento de que ela não
poderia me machucar. Ela era tão fria, comecei a odiá-la.
— Você não
tinha o direito de fazer a justiça com as próprias mãos. Isso é errado. Pensei
que uma pessoa inteligente como você saberia disso.
Que cena hilariante.
Uma aluna passando um sermão em uma professora. Virei as costas e fui até a
porta, virei a maçaneta e estava trancada.
—
Procurando isso? — ouvi sua voz atrás de mim e um tilintar de chaves.
Virei para
encará-la e ela balançava o molho de chaves de um lado para o outro com um
sorriso no rosto. Joe a havia visto em ação e morreu por isso. Eu iria morrer
como ele, morrer por saber a verdade.
Não, eu não
iria morrer. Eu não iria deixar isso acontecer, eu tinha que chamar a polícia e
revelar a verdade para Lewis.
— Deixe-me
sair. Eu prometo que não irei dizer nada a ninguém sobre isso — tentei usar a
minha habilidade de mentir. Mas não funcionou, pela primeira vez não funcionou.
Olivia apenas riu.
— Não seja
tão ingênua, Demi. Eu te conheço.
— Você não
sabe nada sobre mim — disse com uma cara de nojo.
Ela
caminhou ligeiramente até mim e me deu um soco tão forte que eu quase caí no
chão. Meu lábio superior começou a sangrar.
— Eu sei
muito mais que você imagina. Como, por exemplo… que você não tem superpoderes
como a maioria das pessoas daqui gosta de pensar. Não, a pessoa por trás disso
é Joe, não é? Seu precioso Joe, o namorado que você nunca teve.
— Como
vo...
— Eu
instalei um microfone no seu quarto. Sei tudo o que você e seus amigos disseram
desde quando você me viu com Aaron.
— Ele
mudou, ele...
— Me poupe.
Eles nunca mudam, Demi. Aaron abusou muitas garotas antes de você aparecer. E é
por isso que eu tenho que matá-lo na próxima vez que ele aparecer por aqui.
— Você vai
estar presa até lá — disse com firmeza.
— Aí é que
você está errada. Eu gosto de você, Demi... — começou ela passando a mão em meu
rosto e depois o segurando com ambas as mãos. Ela me encarou a centímetros de
mim, eu pensei que ela fosse me beijar quando ela foi se aproximando mais e
mais, mas ela foi até meu ouvido e sussurrou — ... mas você tem que morrer — e
me deu um beijo no rosto.
É óbvio que
depois do que ela me disse eu não fiquei parada. Depois do beijo que ela me
deu, Olivia virou as costas e eu a empurrei. Ela caiu no chão e a chave foi
parar em baixo na cama inutilizada. Eu dei um chute muito forte em seu estômago
para impedi-la de se levantar e fui rapidamente para o chão para tentar pegar a
chave. Estendi minha mão para debaixo da cama, mas estava muito longe. Quando
tentei ir mais para o fundo senti uma dor alucinante nas costelas, Olivia havia
me chutado. Eu gritei de dor e ela me fez levantar.
Eu tentei
socá-la, mas ela se defendeu. Tentei novamente, ela me bloqueou e me socou pela
segunda vez. Para uma professorinha ela sabia muito bem lutar. Eu não era páreo
para Olivia e ela sabia disso. Eu já estava me sentindo derrotada, mas quando
ela tirou uma faca muito maior que as normais de cozinhas de dentro de uma de
suas gavetas eu entrei em pânico. Queria gritar e pedir socorro, mas não iria
funcionar de qualquer maneira. A porta estava trancada e, antes mesmo que eu conseguisse
dar um grito qualquer, ela poderia cortar minha garganta com aquela lâmina.
Ela me
chutou e eu caí no chão, tremendo e me sentindo encurralada. Não tinha para
onde ir e não tinha ninguém para me ajudar.
Ou melhor,
nenhum ser humano, mas um fantasma... isso eu tinha e quando ele atravessou a
porta do quarto de Olivia e me viu naquele estado... digamos que seus poderes
ficaram instáveis. Se você fosse um fantasma e sua assassina estivesse prestes
a matar a pessoa que você ama, o que você faria?
Eu nunca vi
Joe daquela maneira. Seus olhos cravaram nos de Olivia quando eu olhei para a
porta e ela se virou. Em um momento Joe estava parado em frente à porta, no
outro ele estava a centímetros do rosto de Olivia com um olhar amedrontador. A
imagem dele estava diferente, ele ficava transparente e depois ficava em seu
estado normal.
Tudo, e eu
digo absolutamente tudo, começou a levitar no quarto de Olivia, menos eu. Foi
como se um tornado estivesse se centrando ali, centenas de folhas voaram pelo
quarto, todos os móveis levantaram do chão. O vento estava tão forte que eu não
conseguia ficar de olhos abertos por muito tempo.
Vi Olivia a
centímetros do chão, procurando pasma para o que pudesse estar causando tudo
aquilo. Enquanto isso, Joe ainda olhava para dentro de seus olhos, mesmo ela
estando muito acima do chão.
Quando eu
pensei que tudo iria parar, Olivia foi arremessada para a parede mais próxima.
Ouvi um som forte e ela caiu no chão totalmente inconsciente. E foi quando tudo
voltou ao normal. Os móveis caíram no chão com um estrondo, o vento parou e as
coisas voando desceram.
Apesar de
Olivia estar inconsciente Joe ainda a olhava com uma fúria inacabável.
Levantei-me e fui ao seu encontro.
— Eu vi o
rosto dela. Eu vi o rosto dela quando estava te esperando no seu quarto —
murmurou ele sem tirar os olhos de Olivia. — Quando Vanessa acordou e disse em
voz alta o que possivelmente você estaria fazendo com Olivia eu vi o momento
final da minha vida. E era ela. Desculpe-me por não ter chegado antes —
sussurrou ele com tristeza.
— Ei, estou
bem — afirmei segurando seu rosto com minhas mãos.
Ele me
olhou surpreso por tocá-lo em um momento que ele tanto precisava. Ele chorou
pela primeira vez.
— Ela
machucou você — ele sussurrou enquanto passava a mão em meu rosto. Eu murmurei
que estava bem novamente e ele me apertou contra seu corpo. — Temos que ligar
para a polícia — ele lembrou-me.
Saí de seus
braços e fui à procura do celular dela. Encontrei-o dentro de sua bolsa Gucci.
Liguei para Lewis e contei o que aconteceu.
Disse que
Olivia era a assassina e que ela havia tentado me matar. Ele soou tão surpreso
quanto eu. Contei onde eu estava e disse para se apressar. Como não sou
estúpida, contei a ele já no telefone quem eles deveriam procurar. Olivia podia
estar inconsciente, mas quem poderia garantir que ela não acordasse e
terminasse o serviço de me matar?
Enquanto
pegava a chave debaixo da cama, Joe estava agachado no chão e não tirava os
olhos da mulher que lhe tirara a vida. Destranquei a porta e a deixei
entreaberta. Esperamos pacientemente por Lewis, eu e Joe trocando olhares. Fui
até ele em um momento e pedi que se levantasse Certifiquei-me de que podia
tocá-lo antes de beijá-lo, e eu podia. Passei levemente minha mão em seu rosto
e encarei aqueles olhos claros brilhantes. Quando fui beijá-lo ele me empurrou
fortemente e eu caí no chão.
Olivia
havia acordado e se atirava em minha direção. Fui para trás enquanto ela
avançava. Ela conseguiu me cortar com a faca no braço direito, e eu gritei de
dor. Quando ela levantou a mão para tentar me cortar novamente ouvi dois tiros.
Sentei-me no chão, apertei meu braço que doía sem parar e olhei para o corpo de
Olivia que jazia no chão sangrando, morta.
— Você está
bem, querida? — perguntou Lewis enquanto me ajudava a levantar.
— Melhor
impossível.
Quando
olhei para a porta, outros tantos policiais entraram no quarto e um paramédico
foi até mim. Teria que ir para o hospital para receber pontos, o corte foi
profundo. Joe agora me olhava aliviado e sorriu quando nossos olhos se
encontraram. Eu queria sorrir, mas notei que o hematoma em seu pescoço havia
sumido. Com todas as informações que havia lido nos livros de minha avó eu
sabia o que aquilo significava: que ele estava pronto para ir embora, ir para a
luz, um lugar onde pessoas o esperavam... um lugar sem mim.
XOXO Neia *-*
Ta ai um novo capitulo :)
Quem diria que o serial killer era a Olivia hem?! E o Joe, será que vai sumir de vez??
Bem gente com isto vos tenho a dizer tmb que só faltam 2 capítulos pra terminar a fic :/ tá mesmo no fim.
Queria vos pedir opiniões pra proxima fic....deixem nos comentários sff!!
Comentem pra o próximo.
Kisses love u guys <3
quarta-feira, 16 de julho de 2014
O Sussurrar de Uma Garota Apaixonada – Capitulo 16
Outro
garoto foi assassinado pelo serial killer do campus. O nome dele? Ninguém menos
que Brian Gobdy, ex-amigo de Joe. Ele foi encontrado ontem à noite, mas somente
hoje pela manhã os rumores entraram em ação e chegaram aos meus ouvidos. A
polícia não saía mais da Universidade de Stanford e a partir daquele momento as
aulas foram canceladas. As pessoas que gostariam de permanecer nos alojamentos
da faculdade teriam que cumprir o toque de recolher e muitas outras medidas de
segurança seriam tomadas. Todo mundo se olhava com suspeitas, ninguém mais
falava um com outro, o clima se tornou mais tenso do que antes estava.
Parecíamos uma cambada de zumbis.
Minha mãe
foi até meu alojamento e me mandou ar rumar minhas coisas porque iria me levar
para casa. Eu gritei e disse que não. Sentei na cama irritada com braços
cruzados e fiquei encarando o chão, esperando talvez que ela virasse as costas
e fosse embora. Mas não foi assim tão fácil.
Eu disse
não, não, não, não e ameacei ligar para o papai, porque ele entenderia e faria
a minha vontade. Ela pela primeira vez em muito tempo ficou brava comigo. Eu me
senti mal por falar aquilo, mas eu não iria deixar Vanessa absolutamente
sozinha em nosso quarto. E, além disso, eu tinha que ajudar Joe, e eu tinha que
pensar em meu trabalho. Não podia deixar Troy sozinho com os defuntos, tinha
que ajudá-lo, agora mais que nunca.
Minha mãe
somente me deixou ficar por que:
1) Eu disse
que não sairia dali. Ela poderia esperar para sempre, mas eu não sairia dali;
2) Disse
que não sairia do quarto, e quando saísse para as refeições, Vanessa e Ster
iriam comigo;
Mas a opção
que a deixou mais tranquila foi a última:
3) O serial
killer do campus só mata garotos.
Ela cedeu.
Saiu bufando do meu quarto, resmungando coisas que eu não consegui entender.
Ainda bem que Joe não estava presente quando eu e minha mãe discutíamos, porque
eu sabia que ele ficaria do lado dela. É claro que ele precisava da minha ajuda
para encontrar o assassino, mas isso não estava na questão daquele momento. Ele
me queria segura. “Eu não quero que nada aconteça com você, eu posso esperar” —
palavras dele. Eu tinha que ficar, ainda mais agora que Joe estava começando a
se lembrar de tudo, quase todas as memórias de sua vida.
Nós apenas
estávamos esperando a memória certa para sabermos quem era o assassino e para
colocá-lo atrás das grades.
— Eu não
acredito que você não foi com sua mãe — Joe disse quase aos gritos. Vanessa lia
um livro quando a nossa discussão começou, ou pelo menos ela fingia que lia.
— Eu tenho
que ficar aqui. Muitas pessoas precisam de mim — retruquei irritada.
— Vanessa e
Ster podem muito bem se virar sem você e Troy pode contratar outra pessoa para
ficar no seu lugar.
Eu não
podia acreditar que ele estava falando aquelas coisas para mim. Não sei por que
ele estava tão obcecado pela minha segurança, o serial killer só ia atrás de
garotos. Eu não estava sofrendo nenhuma ameaça.
— Não me
importo com o que você pensa, vou ficar aqui e ponto final — cruzei os braços e
desviei os olhos dele.
— Ótimo,
mas quando você aparecer morta em algum lugar não venha colocar a culpa em mim
— resmungou ele ainda muito irritado.
— É, talvez
seja isso mesmo que eu queira — sussurrei muito baixo, mas ele ouviu.
— NÃO DIGA
ISSO! - ele gritou. — Não acredito que você possa pensar em uma coisa dessas —
eu continuava sem encará-lo, mas conseguia sentir sua fúria. — Acho que não
devemos nos ver por algum tempo — disse ele afinal.
— Você não
pode fazer isso, você sabe como eu fiquei na última vez.
— Isso vai
ser para o seu próprio bem, você vai me agradecer um dia.
— Não se
atreva — eu disse entredentes
— Adeus, Demi
— ele começou a desaparecer aos poucos, quase como para me provocar. Então eu
gritei:
— EU TE
ODEIO! — e peguei um livro e atirei contra ele, mas o livro o atravessou
Quando
finalmente ele desapareceu, eu me joguei na cama e comecei a chorar, e Vanessa
correu até mim e me abraçou. Ela não escutou a briga toda entre mim e Joe, mas
ela sabia o que estava acontecendo, portanto apenas me abraçou e não disse
nada. Agradeci pela milésima vez por ter Vanessa em minha vida e amaldiçoei o
dia em que Joe apareceu em minha vida.
Os dias
passavam devagar. Sem ter muito o que fazer, Vanessa, Ster e eu passávamos a
maior parte do tempo no alojamento montando quebra- cabeças ou nos entretendo
com jogos de tabuleiro. Não era tão ruim assim, podíamos nos divertir. Ainda
mais quando Ster conseguiu uma televisão e um aparelho de DVD para o nosso
quarto. Assistíamos a filmes até tarde da noite e comíamos pipoca. Ster dormia
no chão com o colchão que ele havia trazido. Não era permitido garotos no
alojamento, mas os tempos eram difíceis e queríamos Ster seguro.
Aaron não
se juntou a nós porque ele não tinha voltado mais para a faculdade depois do
ataque que sofrera, nem mesmo para visitar Vanessa.
Eles ainda
estavam namorando, mas não se viam tanto quanto antes.
Quando
voltava para o quarto, encontrei Olivia cheia de papéis e toda enrolada. Ela
parecia nervosa e os deixou cair no chão. Corri até ela e ajudei a juntar todas
as provas e trabalhos que pareciam livros de tão grossos.
— Ah,
obrigada, querida.
— Você está
bem? — perguntei.
— Estou
só... sabe... um pouco agitada, eu acho, como todo mundo.
— Eu
assenti e lhe entreguei todos os papéis que consegui pegar antes que ela.
— Você não
devia estar em casa? — perguntei. Achei estranho ela estar caminhando pelo
alojamento. Ainda mais porque as aulas haviam sido canceladas.
— Oh, não,
alguns professores se ofereceram para ajudar a cuidar do campus, principalmente
à noite, então o diretor me ofereceu um quarto aqui, já que eu moro muito
longe.
— Gentil da
sua parte.
— Não gosto
da ideia de ter um assassino por aqui, mas tenho que ajudar — e dizendo isso
ela deu um sorrisinho. Ela parecia muito assustada, mas ainda assim estava
disposta a ajudar os alunos.
— Porque
toda essa carga pesada? — perguntei sorrindo e olhando para a pilha de provas e
trabalhos.
— Como
tenho algum tempo livre fui até minha sala e peguei os trabalhos que precisam
ser corrigidos e as provas que precisam ser corrigidas — respondeu ela, sem
muito entusiasmo.
— Você quer
ajuda? — ofereci e ela franziu a testa. — Eu também tenho muito tempo livre
agora, então, sabe, posso ajudar um pouco.
— É sério?
Ah, eu iria adorar, Demi. — acho que nunca a vi sorrir tão abertamente antes.
Ela parecia aliviada, quem dera se todos os professores fossem tão dedicados e
legais como ela.
— Claro.
— Pode me
encontrar em meu quarto dentro de dez minutos?
Tenho que
fazer algo antes, mas depois estou livre.
Eu assenti.
— Ótimo. É
no quarto andar, numero 62.
— Tudo bem,
encontro você lá.
Segui para
meu próprio quarto e encontrei Vanessa adormecida.
Esparramada,
como se não dormisse há dias, e ainda eram quatro horas da tarde. Eu sorri e
escrevi em um bilhete que estaria com Olivia. Voltaria mais tarde depois de meu
turno no necrotério e então poderíamos assistir a algum filme. Quando estava
quase chegando para abrir a porta, Joe se materializou em minha frente. Soltei
um gritinho, mas não acordei Vanessa.
— O que
está fazendo aqui? Disse que não iria mais me ver — eu soei séria até demais.
— Lembrei
de algo importante do meu ataque.
— Fale
rápido, tenho que ir.
— Ir aonde?
Você disse que não sairia sem seus amigos — resmungou ele. Eu ameacei ir sem
deixá-lo falar e ele mudou assunto. — Eu não cheguei a ver o rosto da pessoa
que me matou, mas eu vi um relógio. Sei que já o vi antes, mas não estou
lembrando a quem pertence — ele me contou. Eu apenas o encarei.
— Um
relógio... tudo bem. Como ele era?
— Vi de
relance antes de o assassino me fazer cheirar clorofórmio. Mas ele era de
prata, pequeno e tinha urna pulseira de couro fina que estava um pouco rasgada.
Sei que já vi antes. Você se recorda de alguém que tenha um relógio assim?
— Não, não
sou dessas pessoas que reparam em coisas pequenas — respondi triste por não
saber. Por um momento, esqueci de nossa briga e tudo que dissemos. Ah, como eu
queria beijá-lo. Esquece, Demi, você tem que ir se encontrar com Olivia. — Vou
ficar atenta, agora tenho uma noção do que procurar, você deve fazer o mesmo —
ele assentiu e eu saí para ir encontrar Olivia.
Bati na
porta dela e esperei até ela abrir. Olivia me saudou muito sorridente e me
deixou entrar. O quarto dela era parecido com o meu e de Vanessa, mas no lugar
de minha escrivaninha ela tinha uma mesa grande e redonda onde havia colocado a
imensa pilha de papéis. A cama estava feita, enquanto a da esquerda estava sem
lençóis. Havia poucas coisas dela ali, nem foto nem nada parecido. Parecia um
quarto triste.
— Quer algo
para beber antes de começarmos?
— Não,
obrigada.
— Então
vamos ao trabalho.
Sentamos
nas duas cadeiras que nos esperavam e me ofereceu uma caneta azul e outra
vermelha. Enquanto ela lia os trabalhos eu iria corrigir as provas de múltiplas
escolha. Ela me deu o gabarito e fomos ao trabalho. Percebi que Olivia era
muito séria, e isso era algo bom em uma mulher. Eu admirava Olivia por ser tão
legal com os alunos principalmente comigo.
Pela
primeira vez eu a via de jeans o que pareceu estranho para mim.
Talvez
porque ela usava saias até o joelho. Ficamos ali por mais ou menos duas horas.
Eu tinha que ficar atenta no horário para no me atrasar para meu turno no
necrotério.
— Que horas
são? — perguntei.
— Dez
minutos para as seis horas. Você tem que ir para o necrotério?
— Sim, Troy
não me dá descanso — respondi sorridente.
Ela tirou o
casaco curto e leve, e se levantou. Olivia me ofereceu uma Coca Cola antes de
ir, ela havia lido meus pensamentos. Foi quando ela estendeu a mão esquerda para
pegar a lata que eu o vi. Aquilo que Joe havia me perguntado se eu tinha visto
antes, você provavelmente deve se lembrar: um relógio de prata, pequeno e com
uma pulseira de couro fina e um pouco rasgada.
XOXO Neia :)
Sorry gente não me matem pff!! Sei que demorei mais que o costume pra postar, mas realmente a minha imaginação não tem andado nos seus melhores dias e queria um capitulo perfeito :)
Bem ta ai, espero que gostem, comentem pro proximo que tmb ja ta quase quase pronto.
Kisses <3
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