Eu era uma caloura.
Uma caloura caminhando pelos
corredores desconhecidos de um lugar desconhecido. Caminhava devagarzinho com
uma caixa imensa em meus braços, quase cedendo em alguns momentos. Ninguém
parecia estar disposto a me ajudar, todos arrumavam e organizavam seus quartos novos.
Seu novo lar. Um quarto que vamos compartilhar com uma pessoa estranha por
longos quatro anos, ou mais. Eu estava prestes a conhecer a garota que saberia
de todos os meus segredos mais íntimos e privados, ninguém nesta terra me
conhecia tão bem assim. Isso me assustava, e, além disso, uma nova experiência
estava bem na frente em minha cara.
Uma nova porta que me
levaria a lugares que eu nunca tinha ido antes.
Em dois dias começavam
minhas aulas na Universidade de Stanford, na cidade de Jericho, Califórnia.
Tenho 19 anos e começaria minha longa jornada cursando medicina, uma escolha
que fez minha família dar pulos de alegria. “Teremos uma médica na família!” —
disse minha mãe quando chegou a carta de aprovação da universidade. Naquele dia
eu fiquei feliz, provavelmente o dia mais feliz que uma pessoa possa ter. Eu
sou filha única, meu pai e minha mãe são advogados e adoram gastar sua fortuna comigo.
Gastar, por exemplo, em uma festa de comemoração. Centenas de pessoas
apareceram, eu me senti menor do que já era.
Meus pais não puderam ajudar
na minha mudança. Eles trabalhavam em um grande caso, como sempre. Não puderam acompanhar
a filha que estava partindo de sua linda casa de conforto.
Então tudo que ouvia era os
veteranos gritando pelos corredores a chegada dos calouros. Eu sorria quando
alguém sorria para mim e ficava séria com os olhares maldosos em minha direção.
Fiz o possível para parecer agradável, conseguir amigos no primeiro dia de
arrumação, mas meus planos não estavam dando muito certo.
— Hey, cuidado, caloura. —
gritou um garoto apressado, esbarrou em mim e derrubou minha caixa que antes se
encontrava tão equilibrada em minhas mãos. Quando levantei meus olhos para ele,
somente consegui ver seu corpo sem camisa seguindo em frente. Nem teve a
decência de me ajudar. Que grande cavalheiro!
— Deixe que eu a ajudo com
isso aí. — falou uma voz fina e agradável aos ouvidos. Levantei a cabeça para
olhar a garota que me ajudava a colocar meus pertences de volta ia minha caixa.
Ela possuía olhos escuros cativantes e sinceros, cabelos vermelhos muito cheios
encaracolados, um óculos gigante se encontrava em seu rosto oval e delicado.
— Obrigada. — eu agradeci
com um sorriso.
— Não há de que. Além do
mais, sou a sua colega de quarto. Vi sua foto do lado da minha na papelada dos
alojamentos. Sou Vanessa Hudgens. — ela estendeu a mão para mim e eu apertei.
— Demi Lovato.
— Muito prazer Demi — ela
disse com um sorriso amável.
Levantamos-nos e eu
equilibrei a grande caixa em meus braços novamente. Pensei se faltava muito
para meu quarto, ou melhor, nosso quarto. Quando segui em frente Vanessa me
impediu. — Nosso quarto é aqui, você deu sorte de aquele garoto se esbarrar com
você logo aqui em frente.
Por isso vi que era você. —
explicou ela apontando para o lado esquerdo com a porta já aberta revelando as
duas camas.
Entrei no quarto com passos
minúsculos e silenciosos. Descansei minha caixa na cama da esquerda e olhei em
volta. Vanessa escolheu o lado direito do quarto, que já estava todo arrumado.
Sua cama estava feita com lençóis rosa florido e havia ursinhos de pelúcia sobre
ela. Sua escrivaninha estava lotada de coisas logo em frente à cama, como cadernos,
livros, canetas, o laptop aberto e outras bugigangas. Havia um pôster acima de
sua cama do filme O diário da nossa
paixão. Sua parte estava impecável, e a minha parte estava nua e pedindo por
atenção.
— Você não fala muito, fala?
— perguntou Vanessa depois de ficar me observando memorizar todas as suas
coisas organizadas.
— Sou mais para reservada.
— Mas vai ter que começar a
abrir a boca logo, logo. Tem certos professores que adoram fazer perguntas no
meio da aula muito aleatoriamente. Isso faz as pessoas tímidas ficarem. “p” da
vida, — ela disse se atirando em sua cama, fazendo alguns de seus ursos de
pelúcia voarem para o chão.
Não sou tímida, sou apenas
reservada. É diferente. Esse é um dos motivos por que não tive muitos amigos na
escola. Sou morena de olhos castanhos, baixinha, rechonchuda e reservada.
Muitos rapazes adoram começar a puxar papo comigo e eu não digo uma palavra.
Isso os faz ficar um pouco irritados. E foi por isso que acabei conhecida como
“Garota sem palavras” ou, na boca dos maldosos, “Malcomida”, e até mesmo por
lésbica. Assim como todas as pessoas que são zoadas na escola, eu segui em
frente.
Estudei bastante e fui
aceita em uma boa faculdade, o que deixou meus pais orgulhosos.
— Você conhece o garoto que
esbarrou em mim? — perguntei a Vanessa, que encarava o teto branco. Enquanto
isso eu colocava meus pertences sobre a minha própria escrivaninha, que também
ficava logo em frente à minha cama.
— Joe alguma coisa. Ouvi
falar dele pela minha irmã. Ela está no último ano de Publicidade e Propaganda.
Você vai conhecê-la mais cedo ou mais tarde — eu sabia. Vanessa adorava ficar
falando. Ao contrário de mim. E não sei por que lhe perguntei do rapaz que
esbarrou em mim, acho que apenas saiu de minha boca sem mais nem menos. — E Joe
é muito grosso. Muitas pessoas o detestam por ser tão egoísta e um bad boy.
— É, notei isso quando não
parou pra me ajudar — disse com um sorriso de leve.
— Ele está no quarto ano de
medicina, tens uns 23 anos e muitas garotas são gamadas nele. Não me leve a
mal, o cara é lindo e tal, mas ele não trata ninguém bem.
Eu não disse mais nada,
apenas deixei Vanessa falando o que lhe vinha a cabeça, algo que ela adorava
fazer. Enquanto isso eu arrumava a minha parte do quarto. Meus pais trariam
mais caixas quando pudessem, então eu praticamente arrumei apenas minha
escrivaninha e alinhei meus livros em uma prateleira.
— Qual o seu curso? —
perguntei quando a voz de Vanessa se apagou do ambiente. Eu não falava muito,
mas gostava de ouvir os outros. Ainda mais a voz de Vanessa, que parecia ser de
um anjo infantil.
— Jornalismo. E você?
— Medicina.
— Não brinca? Eu nunca iria
imaginar você cursando medicina.
Nem em um milhão de anos.— Vanessa
disse enquanto mexia em seu celular rosa da Hello Kitty, sua voz soando
espantada. O que me deixou um pouco chateada. Já ouvi muito sobre medicina ser
para as pessoas fortes e inteligentes, e eu sou isso e muito mais. Mas as
pessoas em minha volta não pensam a mesma coisa, o que me deixa muito magoada.
— Por quê? — perguntei com
um sorriso sem graça.
—Olha para você. — ela pediu
e se sentou na cama e me encarou.
— Você tem um jeito deque
será uma professora de jardim de infância, ou até mesmo uma modelo. Você parece
ser tão inocente. Aposto que muitos caras ficarão gamados em você por aqui.
Eu apenas a encarei de volta
com olhos arregalados. Vanessa não apenas fala muito, mas fala tudo o que passa
em sua cabeça, inclusive a verdade nua e crua. Algo a que eu não estava
acostumada. Por um momento pensei que poderíamos não nos dar bem e notei também
que ela, como todas as garotas tirando eu, é vidrada em garotos. A única coisa que
eu quero na faculdade é estudar e me tornar uma médica. Não quero nenhum garoto
desviando a minha atenção sobre o que realmente é importante. Depois que for
médica profissional que quero um namorado.
— Desculpe se te assustei.
Eu sou assim mesmo, sabe. Não consigo mudar. Você é tão perfeitinha e doce, acho
que podemos nos dar bem.
— É. — eu disse envergonhada
por ter pensado um pouco mal de sua pessoa.
Vanessa com certeza não
seria a primeira e nem a última a me chamar de “professora de jardim de
infância”; medicina é para os fortes e destemidos e eu pareço ser frágil como
uma boneca de porcelana. Eu quero que isso mude, quero que as pessoas comecem a
me levar a sério.
Eu sou forte e destemida,
sou apenas calada e na minha.
— Está aqui faz quanto
tempo? —perguntei quando ela Ficou calada novamente.
— Desde hoje cedo. Estava
ansiosa para estar aqui, minha casa é um inferno danado. Sem contar comigo,
tenho cinco irmãos. CINCO. Dá pra acreditar ?!
— Acho que é melhor do que
ser sozinha que nem eu. Acho que esse é um dos motivos de eu ser tão calada e
Fechada — confessei. E pela primeira vez eu contei algo a uma pessoa que estava
disposta a ouvir.
Meus pais quase nunca
estavam em casa, não tinha irmãos e minhas amigas mais próximas se mudaram para
muito longe. Que sorte a minha, não é? Então a única opção que eu tenho é
conversar com elas on-line quando podem. O que acontece raramente.
— Acho que tem os pontos
altos e baixos. Adoro ficar com eles, brincar e tudo mais. Nunca fico sozinha e
me sinto bem. Mas as vezes fico tão irritada que quero jogá-las pela janela —
ela riu e eu a acompanhei.
— Olá —ouvi uma voz feminina
junto com batidas leves na porta.
Dei um sorriso enorme quando
vi que era minha mãe com mais coisas minhas. Ela é diferente de meu pai, sempre
arranja tempo para mim, não importa o que esteja fazendo.
— Mamãe, essa é Vanessa
Hudgens. Vanessa, essa é a minha mãe, Diana Lovato — apresentei as duas
enquanto estava nos braços de minha mãe.
Ela sorriu para Vanessa e
apertou sua mão. E também sorriu para mim, notando que eu já havia feito uma
amiga.
— Muito prazer, Vanessa.
Espero que você e minha filha se deem tão bem quanto eu e minha colega de
quarto quando tinha a idade de vocês — minha mãe sorriu enquanto dirigiu a
palavra para Vanessa. Minha mãe é morena, o cabelo quase loiro e olhos claros.
Sou mais parecida com meu pai, moreno de olhos castanhos. Algumas pessoas até
nos chamam de irmãs, porque minha mãe me teve quando era muito nova.
Mas com ajuda ela conseguiu
entrar na faculdade para cursar direito, aqui mesmo em Stanford. Ela deixou
minhas caixas excessivas no chão, me abraçou muito apertado e logo foi embora.
— Demizinha, sua mãe é
demais — disse Vanessa se atirando em sua cama novamente. — Ela é muito nova
para ser sua mãe. Vocês parecem. até irmãs — ela continuou falando bem de minha
mãe por um longo tempo. Estava começando mesmo a gostar dela, até já havia
adotado um apelido para mim.
— É, muitas pessoas pensam
assim. Ela é minha melhor
— Tipo aquele seriado, Gilmore Girls — ela deduziu. — Mãe filha que
são melhores amigas. E..
Eu a interrompi:
— É, eu conheço a série.
Gosto de pensar que somos agora eu finalmente estava colocando lençóis em minha
cama nua.
— Você tem sorte. A única
coisa que minha mãe diz para mim é: Você é uma imprestável.
— Isso é horrível — eu disse
parando de fazer minha cama e fiz uma cara assustada. Por que uma mãe seria
assim tão horrível para uma filha? Vanessa é extremamente adorável.
— Ah, talvez você possa me
emprestar sua mãe — disse sorrindo.
Apesar de as aulas somente
começarem em dois dias, tudo na universidade estava funcionando, morávamos ali,
afinal de contas. Fui jantar e Vanessa me acompanhou, ela sabia de tudo,
naturalmente. Ela não parou de falar nem um minuto quando sentamos no
refeitório. Eu me servi com uma maçã, suco em lata e macarrão com queijo. Não
estava tão ruim quanto pensei que fosse.
O refeitório era como
qualquer outro, como qualquer um que você assiste em filmes e séries de IV
Várias mesas azuis retangulares de no máximo dez pessoas eram postas aqui e ali
até o salão ficar lotado. Era tipo buffet, você escolhia o que queria e ia se
sentar. Naquele dia o refeitório não estava necessariamente lotado, mas até que
havia bastante gente.
— Aquele garoto, o de
moletom vermelho, é meio feinho, mas é muito simpático e faz tudo o que você
pedir — ela dizia enquanto eu comia e olhava para o menino de quem ela estava
falando.
— Aquela guria somente
entrou aqui porque os pais são ricos de morrer — Vanessa disse olhando para uma
menina super bem-vestida com chapinha nos longos cabelos loiros e perfeitos.
— Minha irmã não está aqui
ainda, mas quero muito que você a conheça. Enquanto isso, aquele é o namorado
dela, o nome dele é Jason — ela deu um grande assovio que chamou a atenção de
quase todos naquele ambiente e acenou para Jason, que olhou para ela com um
sorriso. Eu podia ver que ele estava um pouco envergonhado com aquela atitude
de Vanessa, mas o modo como ele sorriu para ela não notar foi uma grande atitude.
Ele parecia ter uns 24 anos e era muito charmoso, cabelos castanhos-claros e
bem encorpado. Não consegui decifrar a cor de seus olhos por ele estar a umas
quatro fileiras da gente.
— E lá está o Joe sentado
com várias garotas, é claro — Vanessa disse olhando por cima de meus ombros, e
eu me virei para observar. Não havia visto o seu rosto quando ele esbarrou em
mim, afinal de contas.
Joe era bonito sim, com toda
a certeza. E acho que bonito era pouco para ele. Ele tinha um ar à la Tom
Cruíse, mas Joe possuía olhos de mel muito, muito claros. Eu podia dizer que
ele era alto, somente vi seu ombro quando ele esbarrou em mim.. E era musculoso,
como aqueles caras que ficam em academias quase o dia todo para impressionar as
gatinhas.
Enquanto o observava com as
garotas e amigos, nossos olhos se conectaram por alguns segundos.. Eu me virei
ligeiramente, mas podia sentir seus olhos cravados em minhas costas.
— Ah lindo mesmo — disse uma
Vanessa sonhadora dando inúmeros suspiros.
— Vanessa, come e para de
ficar aí suspirando — pedi como se fôssemos amigas desde sempre, mas ela me
obedeceu.
Era tarde da noite e eu
encarava o teto. Vanessa dormia tranquilamente na cama ao meu lado. Ela não
roncava, apenas respirava em um modo esquisito e singular. Eu quis dormir, até
tentei deitar de barriga para baixo e fechar os olhos, mas tudo passava a mil
por hora em minha cabeça.
Estava longe de casa, longe
de meus pais pela primeira vez, e pronta pata encarar uma jornada sozinha. A
minha jornada era apavorante. Podia ser tarde da noite, mas em universidades
isso não significava nada. Havia uma festa em algum lugar do prédio, dava para
ouvir a música do meu quarto e eu ouvia vozes no corredor quase a cada nano
segundo. Eu estava acostumada com silêncio profundo na hora de meu sono.
Ouvi um baque em minha porta
e me sobressaltei. Olhei para Vanessa, que dormia pacificamente. Decidi ver o
que havia sido aquilo, calcei meus chinelos e fui até a porta. Quando a abri,
um garoto que estava sentado diante da porta caiu sobre minhas pernas, indo ao
chão. Mas ele não estava apenas sentado, ele estava dormindo, Ajoelhei-me ao
seu lado e lhe dei um leve tapa na cara para acordá-lo.
— Acorde, Joe — eu
disse. Por que eu fui logo pensar em
abrir aporta?, pensei. Tentei chamá-lo novamente e ele começou a gemer.
Agarrou-se em minha perna, e
quando tentei tirá-lo fui eu que caí para trás, batendo a cabeça na porta
aberta. Arfei de dor e foi aí que ele acordou.
— O que aconteceu? — ele
perguntou enquanto se sentava, totalmente acordado. — Por que estou aqui com
você? — perguntou novamente, só que agora parecia constrangido.
— Você se atirou na minha
porta, seu idiota. Quando vim ver o que era, você caiu em cima de mim e ainda
por cima me atacou me fazendo bater a cabeça — respondi à sua pergunta ainda
com a mão na cabeça, sabia que ali ficaria um galo logo, logo. E chamei Joe de
idiota porque ele simplesmente me viu gemer de dor e não disse nada, nem um
pedido de desculpas.
— E o que eu estava fazendo
aqui, garota? — perguntou ele ainda sentado em meu chão, praticamente dentro de
meu quarto, no vão da porta aberta.
— Como é que vou saber, foi
você quem me acordou.
— Eu com certeza não iria
parar aqui de propósito com você — ele disse agora se levantando, e eu fiz o
mesmo.
— Como assim não iria parar
aqui de propósito comigo? — perguntei aos sussurros, boquiaberta.
— Está na cara que você é
uma santa, que está aqui para ser uma professorinha no futuro — ele começou a
olhar meu corpo rechonchudo e frágil com a bermuda curta e uma blusa com o símbolo
de superman , e percebi que ele estava fantasiando sobre mim.
— Para sua informação
garoto, eu estou aqui para ser médica — afirmei cruzando os braços, e ele fez
uma cara de surpresa e começou rir.
— Isso quer dizer que irá
cursar Medicina. Uau, eu queria muito estar aqui para ver isso acontecer, mas
eu mesmo vou ser médico em poucos anos. Com certeza passarei aqui para ver como
você estará indo — disse ele debochando, assim como todo mundo fazia. Por que
ninguém me leva a sério? — quase gritei com muita irritação, mas antes que ele
pudesse dizer mais alguma coisa eu apontei para fora e disse:
— Saia, agora — ele bufou,
revirei os olhos e saiu de meu quarto.
Fechei a porta e ele bateu
fortemente, fazendo Vanessa saltar da cama.
— O que está acontecendo? —
perguntou ela, ainda de olhos fechados.
— Nada, volte a dormir. Foi apenas
um idiota na porta — respondi e fui diretamente para minha cama. Tapei-me até a
cabeça e tentei lavar todos os meus pensamentos e os sentimentos daquele
momento. Não demorou muito até eu cair num sono profundo.
XOXO Neia :-)
Então que acharam?? Espero os vossos comentários e POR FAVOR ajudem a divulgar o blog...kiss
Adorei. Joe tão gostoso mas tão arrogante. Parece que essa fic vai esquentar, com um encontro desses!
ResponderEliminarmuito legal!
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